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Engenharia de Computação tem profissões com maior potencial de crescimento até 2027

Projeção é do Fórum Econômico Mundial em um contexto no qual o desenvolvimento de soft skills, cada vez mais exigidas pelo mercado, é tão importante quanto conhecimentos técnicos

Projeção é do Fórum Econômico Mundial em um contexto no qual o desenvolvimento de soft skills, cada vez mais exigidas pelo mercado, é tão importante quanto conhecimentos técnicos

 

Bruno Toranzo

 

As profissões de Engenharia de Computação aparecem entre aquelas com maior potencial de crescimento entre 2023 e 2027, de acordo com estudo do Fórum Econômico Mundial. Quase 75% das 803 empresas pesquisadas, que empregam 11 milhões de pessoas em 45 países de todas as regiões do mundo, acreditam que adotarão a inteligência artificial nos seus negócios, sendo essa uma das principais tendências identificadas para os próximos anos. Nessa lista de trabalhos com demanda aquecida, a liderança ficou com “especialista em inteligência artificial e aprendizado de máquina”. Destaque também para “analista de segurança da informação”, “analista de dados e cientista de dados” e “especialista em Big Data”, outras três ocupações relacionadas ao curso de Engenharia de Computação.

“Tão importante quanto os conhecimentos técnicos para esses profissionais são as chamadas soft skills (habilidades e competências comportamentais). O curso do Insper tem o objetivo de desenvolver esses dois aspectos para oferecer ao mercado o profissional mais preparado e completo possível”, diz Raul Ikeda, coordenador do curso de Engenharia de Computação. “Para estimular o desenvolvimento das soft skills, promovemos o trabalho em grupo ao longo da graduação, preparando as salas de aula para a colaboração entre os alunos. O objetivo é tornar o futuro profissional apto a solucionar todo tipo de problema real por meio de projetos práticos com pensamento aberto a diferentes opiniões e voltado para o empreendedorismo”.

O curso, acreditado recentemente pela ABET, comissão internacional de acreditação de engenharia, colocou o Insper ao lado de poucas instituições no mundo que obtiveram esse mesmo reconhecimento pela excelência do ensino voltado para o mercado de trabalho.

Quem faz Engenharia de Computação aprende a elaborar sistemas computacionais, atuando nas áreas em que os conhecimentos de software e hardware são essenciais e complementares. As opções vão desde design e planejamento até o desenvolvimento e teste de sistemas computacionais. Essas aplicações podem variar bastante em tamanho, partindo de pequenos processadores embarcados até massivas redes de servidores. Ikeda concorda com o estudo do Fórum Econômico Mundial e destaca as profissões a seguir relacionadas ao curso:

 

1) Arquiteto de solução

É o profissional responsável pelo desenvolvimento de arquiteturas de software. “Formamos muito mais do que um desenvolvedor, já que, além de propor a solução, o aluno dimensiona e implanta o produto criado, considerando as características de negócio das organizações”, diz Ikeda.

 

2) Engenheiro de machine learning ou aprendizado de máquina

O professor esclarece que inteligência artificial não se resume a machine learning, embora muitas vezes exista essa relação, já que o aprendizado de máquina faz parte do ecossistema de IA. Nesse contexto, o banco de dados aparece como um dos elementos mais importantes, pois são essas informações que vão direcionar o comportamento do sistema de IA.

“O engenheiro não se habilita apenas para a construção e manutenção do banco de dados de IA, mas para diversos outros aspectos relacionados a essa tecnologia. Isso significa que ele está apto para gerir não apenas os dados, mas também o planejamento e a arquitetura da solução como um todo, a forma de implantação via nuvem, bem como o dimensionamento dos custos dessa tecnologia e o atendimento aos requisitos do projeto, inclusive de negócios”, diz Ikeda.

 

3) Profissional em cibersegurança

Apenas 26% das empresas brasileiras têm maturidade suficiente para identificar e conter ataques cibernéticos, de acordo com estudo recente da Cisco. Quase sete em cada dez esperam que um incidente de segurança cibernética interrompa suas atividades. O Brasil está entre os países que mais sofrem ataque de ransomware, cuja característica é o sequestro com a criptografia dos dados pelos criminosos, que exigem pagamento de resgate, geralmente em criptomoedas, para tornar as informações novamente acessíveis para a empresa que foi alvo do incidente.

Nesse contexto, há bastante espaço para o profissional especializado em segurança. “Geralmente são divididos em dois grandes times formados por esses profissionais nas empresas: aquele que faz a defesa cibernética, respondendo de fato aos ataques quando eles ocorrem, e quem está dedicado à prevenção por meio da política de cibersegurança, com treinamento constante dos colaboradores para que eles não acessem, por exemplo, links duvidosos que funcionam como porta de entrada para os cibercriminosos acessarem os sistemas corporativos”, esclarece Ikeda.

 

4) Arquiteto de cloud

O objetivo desse profissional é gerir, produzir e migrar os sistemas das organizações para a nuvem, reduzindo nesse processo os custos de armazenamento, de processamento e de tráfego de dados. Ao mesmo tempo, sua tarefa é atender aos requisitos dos usuários em termos de disponibilidade, evitando que o site saia do ar por causa da utilização elevada.

Um estudo deste ano da Unisys demonstra que 85% das empresas estão aumentando os gastos com nuvem ou planejando isso para os próximos dois anos. Pouco mais de três a cada dez (36%) estão na fase de planejamento e adoção inicial. Apenas 19% já atingiram nível considerado sofisticado de adoção da nuvem. “Ou seja, há enorme potencial a ser explorado no mercado de nuvem para que as empresas possam extrair o melhor dessa tecnologia”, observa Ikeda.

 

Demanda alta por causa do 5G e da internet das coisas

Com a chegada do 5G, a expectativa é de um salto na adoção da chamada internet das coisas (do inglês IoT) no país, o que deve aumentar a demanda por profissionais de Engenharia de Computação. O aumento da velocidade da internet, assim como o avanço na estabilidade da rede, permitirá explorar novas possibilidades de conexão com os aparelhos eletrônicos.

“O engenheiro de computação também está habilitado a produzir soluções em hardware, e não apenas em software. Os sistemas embarcados, que são esses dispositivos de IoT, devem ser criados a um baixo custo de produção para que sejam viáveis economicamente. Precisam, ainda, apresentar baixo consumo energético para que a bateria possa durar o suficiente, além de serem confiáveis e com uma tecnologia robusta em diferentes condições de uso”, afirma Ikeda. “Os sistemas embarcados vão desde os carros autônomos, passando por equipamentos médicos, até dispositivos como semáforos inteligentes que tornam as cidades mais conectadas e funcionais para os cidadãos”.

 

Projeto Final de Engenharia

O PFE (Projeto Final de Engenharia) é uma espécie de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) dos três cursos de Engenharia oferecidos pelo Insper, incluindo o de Engenharia de Computação. “Os alunos resolvem problemas reais do mercado por meio da integração entre o Hub de Inovação e o Núcleo de Carreiras do Insper com as empresas interessadas. A interação com essas empresas que demandam a solução de problemas reais dos seus negócios torna a experiência muito rica para os alunos e próxima daquilo que encontrarão depois de formados”, diz Ikeda.

Nos dois primeiros semestres, os alunos dos três cursos de Engenharia estudam juntos. No terceiro e quarto semestres, os graduandos de Mecânica e Mecatrônica seguem nas mesmas turmas, e os do curso de Engenharia de Computação começam a ter disciplinas do ciclo específico. No quinto, sexto e sétimo semestres, além das disciplinas do ciclo específico, são oferecidas disciplinas eletivas. O PFE é conduzido no oitavo semestre. Já o nono e o décimo semestres são reservados para disciplinas eletivas finais e estágio obrigatório. Também é possível realizar intercâmbio internacional com universidades parceiras após o sétimo semestre, enriquecendo ainda mais a formação do profissional.

 

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