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ESG: diversas áreas do Insper encampam ações ligadas ao tema da sustentabilidade

Iniciativas de núcleos e alunos discutem e aprofundam o debate sobre a agenda ESG, referente a responsabilidade ambiental, social e aprimoramento da Governança 

Iniciativas de núcleos e alunos discutem e aprofundam o debate sobre a agenda ESG, referente a responsabilidade ambiental, social e aprimoramento da Governança 

Nos dias 21 e 22 de março são celebrados, respectivamente, o Dia Internacional da Floresta e Dia Mundial da Água. Ambas as datas reforçam um tema central, que entrou definitivamente na pauta da sociedade, a sustentabilidade. Um movimento que tem ganhado um espaço cada vez maior é a agenda ESG (sigla em inglês para meio ambiente, sociedade e governança), na qual se busca estudar e promover ações sustentáveis na sociedade.

“Estimativas do Business and Sustainable Development Commission evidenciam que o potencial econômico das oportunidades alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são de, pelo menos, US$12 trilhões ao ano, até 2030. Nesta linha, ter uma agenda ESG e promover a integração dos ODS nas estratégias organizacionais, alinhadas com boa governança, demonstra ser fundamental para uma trajetória de crescimento sustentável dos negócios”, explicam Priscila Borin Claro e Vinicius Picanço, coordenadores do Núcleo de Sustentabilidade e Negócios e professores do Insper.

Dentro do Insper, a pauta é tocada em diversas frentes, dentro dos diferentes núcleos de pesquisa e entidades, buscando cumprir a missão da escola de ser sempre um centro difusor de conhecimento e debate que agregue valor às organizações, governos e à sociedade.

Sustentabilidade e Negócios 

Entre os núcleos de pesquisa do Insper, o Núcleo de Sustentabilidade e Negócios do Centro de Estudos em Negócios (CENeg) tem como objetivo produzir e disseminar conhecimento relacionado a sustentabilidade e negócios, auxiliando na elaboração, implementação e controle de estratégias organizacionais considerando toda cadeia de suprimentos, integrando stakeholders e boas práticas de governança.

“A partir de pesquisas baseadas em análises qualitativas e quantitativas, esperamos contribuir para o debate público, o esclarecimento de causas e efeitos dos problemas socioeconômicos e ambientais no contexto de negócios e o desenho de soluções sustentáveis. As atividades do Núcleo se alinham ao espírito de escola integrada que o Insper preconiza, portanto, buscam construir pontes entre as áreas de Administração e Engenharia”, explicam Priscila Borin Claro e Vinícius Picanço.

Entre os exemplos de atuação do Núcleo está o lançamento do curso “Sustainable Supply Chain for Social Business”, desenvolvido para o MPP (Mestrado Profissional em Políticas Públicas). Nele, alunas e alunos do Insper trabalham ao lado de participantes de universidades parceiras para investigar empresas sociais engajadas na produção de alimentos na Amazônia brasileira, incluindo a produção de um caso de negócios na empresa e apresentação a empresários, potenciais investidores e outros convidados. Além disso, o Núcleo contribui também para fomentar o debate público acerca de temas importantes dentro do contexto de sustentabilidade em negócios por meio das pesquisas que produz.

Para os coordenadores do núcleo, as organizações desempenham um papel fundamental para que se alcance o Desenvolvimento Sustentável. “De um lado, elas têm responsabilidade por parte dos problemas ambientais e socioeconômicos gerados em todos os estágios da cadeia de valor e do ciclo de vida dos produtos e serviços desenvolvidos. Por outro, muitas oportunidades de negócios podem ser exploradas, gerando inovação e mais valor para a sociedade.”

Mensuração de sustentabilidade 

Há uma grande preocupação de que o movimento de sustentabilidade, responsabilidade social corporativa, investimentos de impacto e ESG resulte em projetos que falhem em demonstrar impactos reais. Neste cenário, o Insper Metricis, Núcleo para Medição de Impacto Socioambiental, tenta disseminar melhores práticas de monitoramento e avaliação de impacto socioambiental baseadas em técnicas rigorosas.

“Atualmente fala-se até em ‘greenwashing’, ou seja, projetos que visam apenas gerar uma reputação positiva às empresas ou até mesmo atenuar outros tipos de desvios, sem causar transformações e melhorias substantivas às populações-alvo. Desde a sua criação, em 2013, o Insper Metricis buscou caminhar em uma direção distinta”, observa Sérgio Lazzarini, coordenador do Metricis e professor do Insper. A metodologia do Metricis é expressa no seu Guia de Monitoramento e Avaliação, já na sua quarta edição revisada.

Além disso, José Geraldo Setter, gestor executivo do Insper Metricis e professore do Insper, ressalta que o núcleo tem participado ativamente do debate sobre como medir impacto socioambiental por meio de eventos e projetos de pesquisa com organizações públicas e privadas, com e sem fins lucrativos. “Buscamos levar a contribuição da academia para o debate mais amplo no chamado ecossistema de impacto socioambiental, seja através de eventos abertos que promovemos, como Oficinas de Impacto Socioambiental, cuja próxima edição será no dia 6 de maio, cursos como o Laboratório de Impacto Socioambiental, tanto no âmbito da Educação Executiva, como no âmbito dos cursos de graduação do Insper. Por fim, desenvolvemos projetos com parceiros externos, sempre que haja fit com nossos interesses de pesquisa e que seja propiciado acesso a bases de dados para desenvolvermos trabalhos e artigos científicos”.

O núcleo também reúne pesquisas acadêmicas realizadas por professores e alunos de doutorado, mestrado e Graduação, várias delas apresentadas ao público por meio do blog “Impacto Social”, publicado em parceria com a Exame.

GreenInsper 

Entre os discentes do Insper, também há iniciativas importantes em torno do tema da sustentabilidade. Entre elas está a organização estudantil GreenInsper, que atua dentro e fora da escola, por meio de diversos projetos. Entre os destaques de projetos internos, estão a instalação de novos bebedouros que eliminam a necessidade de copos plásticos, incentivam o uso de garrafas e garantem maior acessibilidade, a construção da área de convivência externa ao prédio 1 e eventos abertos em parceria com outras entidades (como InFinance, AgroInsper e Diretório Acadêmico) e empresas (como Ambev, Braskem e Pepsico).

Já entre os projetos externos, os membros da organização destacam a estruturação de uma Consultoria Sustentável para empresas, a criação do grupo de Avaliação de Ações sob perspectiva ESG (em parceria com alguns fundos de investimentos) e o projeto de Desenvolvimento Sustentável de Região com o Instituto Anchieta Grajaú.

A entidade vê avanços importantes nas discussões sobre a agenda ESG na sociedade e acredita que considerar esses aspectos nos investimentos é um dos fatores que mais contribuem para o aumento recente de debates em cima desta temática.

“Embora existam bons exemplos de movimentos feitos por grandes companhias, a mentalidade de muitos ainda relaciona a busca pela sustentabilidade dos processos com filantropia, ou seja, com o detrimento de parte do seu retorno, o que é uma visão equivocada. Sustentabilidade é um investimento muito rentável e urgente por parte de todos”, aponta Giovanni Meirelles Jeuken Di Domizio, aluno da Graduação em Administração e Diretor do GreenInsper.

Impacto Social 

Além dos aspectos ambientais, a agenda ESG também trata de critérios de responsabilidade social nos ambientes corporativos. Dentro da escola, o tema tem recebido cada vez mais atenção, contando, por exemplo, com a criação de um Núcleo de Estudos Raciais, que tem o objetivo de promover iniciativas e estudos empíricos para auxiliar no debate racial brasileiro.

“Existem uma série de potenciais benefícios para uma empresa que promove a equidade racial. A literatura acadêmica aponta que, se bem administrada, a diversidade pode melhorar a produtividade, o desempenho e a inovação das organizações”, explica Michael França, coordenador do Núcleo de Estudos Raciais e pesquisador do Insper.

Para ele, também é importante destacar os possíveis custos para quem escolher não tratar as questões raciais com o cuidado que merece. “É evidente que estamos vivendo um novo cenário racial e essa agenda ficou muito aquecida. Nesse contexto, escolhas como inação e negação poderão ter consequências.”

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