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Ciência da Computação do Insper coloca alunos para resolver problemas reais

Com abordagem inovadora, o curso quer contribuir para reduzir o déficit de talentos em tecnologia no Brasil, estimado em 530 mil profissionais até 2025

Com abordagem inovadora, o curso quer contribuir para reduzir o déficit de talentos em tecnologia no Brasil, estimado em 530 mil profissionais até 2025

O professor Fábio de Miranda, coordenador do curso de Ciência da Computação
O professor Fabio de Miranda, coordenador do curso de Ciência da Computação

 

Lançado em 2022, o curso de Ciência da Computação do Insper tem várias características que o diferenciam de outros existentes no mercado. Um deles é que, desde o início, os alunos têm de “botar mão na massa” e aliar a teoria à prática. Já no primeiro semestre, na disciplina Developer Life, os alunos vivem uma experiência similar a um estágio e precisam aprender a desenvolver um sistema. E em todo final de semestre há sprint sessions — atividades em equipe que colocam os estudantes para criar um software que ajude a resolver problemas reais de empresas ou de outras organizações.

No terceiro semestre, por exemplo, os alunos da primeira turma do curso ajudaram a resolver problemas da favela de Heliópolis, em São Paulo, como a criação de um software para relatar, via WhatsAp, enchentes — um problema recorrente na comunidade. “Com base no desafio proposto por nossos conselheiros, que nos auxiliaram no planejamento do curso, temíamos que nossos alunos se tornassem excessivamente tecnocráticos e isolados em um ambiente privilegiado”, diz o professor Fabio de Miranda, coordenador do curso de Ciência da Computação do Insper. “Surgiu então a necessidade de compreender que o cientista da computação do século 21 deve estar familiarizado com a realidade e não se limitar a criar, por exemplo, clones de aplicativos para frequentadores de baladas. É importante entender que existem pessoas reais com outras preocupações.”

 

Alunos de Ciência da Computação na Favela de Heliópolis
Alunos de Ciência da Computação visitam Heliópolis

 

A escolha de Heliópolis para realizar uma sprint session de inovação social se deu por causa de uma parceria existente entre a União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região (UNAS) e o Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper. Em Heliópolis, há um projeto ligado à UNAS, chamado Observatório da Quebrada, que reúne jovens para estudar questões relacionadas à coleta de dados, entre outros assuntos.

“Tivemos o prazer de receber alguns desses jovens como bolsistas no Insper. Quando visitamos Heliópolis, eles atuaram como nossos guias”, relata Miranda. “A presença desses bolsistas na escola foi muito positiva, pois permitiu que jovens em Heliópolis vissem que existem pessoas como eles estudando no Insper. Com isso, muitos desses jovens passaram a considerar que não está fora de sua realidade frequentar um centro de excelência em ensino como o Insper. Do ponto de vista da diversidade, esta foi uma observação bem relevante.”

O professor destaca que cerca de 25% dos alunos de Ciência da Computação do Insper são bolsistas, o que causa um impacto positivo para toda a turma. “Dentro da sala de aula, os alunos que possuem um background privilegiado têm a oportunidade de enxergar a vida de outra perspectiva. Eles compreendem que os colegas que estão ao seu lado tiveram que se esforçar muito para estar ali. Isso tem um efeito extremamente positivo no ânimo e na motivação de toda a turma”, afirma Miranda.

 

Quadro_Bolsistas no curso de Ciência da Computação

 

Déficit de profissionais

O curso de Ciência da Computação do Insper veio para ajudar a diminuir a carência de profissionais do setor no Brasil. Um relatório divulgado pelo Google em maio estima que o país deverá ter um déficit de mais de meio milhão de profissionais de tecnologia da informação (TI) até 2025. De acordo com o estudo, feito em parceria com a Associação Brasileira de Startups, a cada ano, 53 mil profissionais de TI deverão se formar entre 2021 e 2025. Já a associação das empresas de tecnologia, a Brasscom, estima que a demanda desse setor no período será de 800 mil profissionais — portanto, um déficit de cerca de 530 mil profissionais.

Outro estudo divulgado recentemente, também da Brasscom, aponta que os profissionais do setor têm potencial de obter uma remuneração acima da média no país. Em 2022, o salário médio de profissionais do subsetor chamado “Serviços de alto valor e software” (que incluem consultorias de TI, desenvolvimento de software sob encomenda, suporte técnico, portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet) era de 5.470 reais por mês, 2,8 vezes o salário médio nacional.

Para fornecer profissionais sintonizados com as demandas do mercado, o curso de Ciência da Computação do Insper adota modernas tecnologias de aprendizagem. Uma das inovações é o feedback automatizado, que proporciona maior interatividade e personalização na jornada de aprendizagem do estudante. Com essa tecnologia, cada aluno recebe assistência personalizada com base em seu progresso e objetivos. Segundo Miranda, a ideia é utilizar a tecnologia de feedback para promover interações entre os alunos e entre os alunos e os professores, criando uma comunidade de aprendizado contínua na qual o aluno tem um relacionamento pessoal e próximo com o corpo docente.

“Até maio deste ano, considerando a primeira e a segunda turma, os nossos 90 alunos realizaram cerca de 60 mil exercícios na plataforma. Com esse volume, seria impraticável para os nossos professores fornecerem um feedback personalizado a cada um dos alunos”, diz Miranda. “Essa abordagem foi bem-sucedida e despertou o interesse de nossos parceiros da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign (UIUC), que estão estudando as reações e o aprendizado dos alunos.”

A parceria com a UIUC, aliás, é outro diferencial importante. A cooperação entre as duas instituições fortaleceu o curso de Ciência da Computação do Insper, assim como os cursos de Engenharia. O acordo abrange áreas como tecnologia educacional, capacitação de professores, desenvolvimento de pesquisa aplicada, intercâmbios e programas de dupla titulação. A parceria com a Universidade de Illinois já rendeu cinco projetos de pesquisa, aliando docentes de ambas as instituições. Neste ano, alunos de Ciência da Computação foram enviados a Illinois para uma imersão em pesquisa acadêmica, como parte do Summer Research Program da UIUC.

 


AGRADECIMENTO

O curso de Ciência da Computação do Insper reúne o seguinte grupo de doadores:

  • The Haddad Foundation
  • Marcell Telles
  • Fundação Brava
  • Fundação Lemann
  • Velez Reyes+
  • Grupo Ultra 
  • Behring Foundation
  • Pedro Moreira Salles

 


Esta iniciativa está em rodada de captação e, caso tenha interesse, entre em contato com a área de Relacionamento Institucional, tel. (11) 98119-5901, ri@insper.edu.br.

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