Iniciativa conjunta do Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper e do Itaú Cultural, o curso focado no urbanismo em territórios de vulnerabilidade social terá nova turma de alunos a partir de outubro, após o grande sucesso no lançamento em 2020
Desenvolvida no âmbito do Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper, a Pós-graduação lato sensu em Urbanismo Social – Gestão Urbana, Políticas Públicas e Sociedade abre inscrições para sua segunda turma. Com início previsto para outubro, os interessados podem entrar no processo seletivo até o dia 20 de agosto.
A primeira turma do curso de teve grande adesão: foram 780 candidatos interessados. Desses, 210 realizaram inscrição e concorreram a 30 vagas com bolsas integrais, garantidas por meio do patrocínio oferecido pelo Itaú Cultural.
Dentro do contexto da enorme desigualdade social das cidades brasileiras, o campo do urbanismo social é um importante tema para a formulação de políticas públicas e ações transformadoras a partir da gestão pública e também do terceiro setor e das comunidades locais. Para encarar esse desafio de repensar as cidades, o curso reúne diferentes atores no debate de intervenções urbanas em territórios de vulnerabilidade social.
Contato com experiências reais
O curso tem duração de 360 horas, ao longo de quatro semestres, e está organizado em três módulos intensivos de uma semana cada e sete módulos weekend, que acontecem às quintas, sextas e sábados. No total, tem 80% de sua carga horária presencial, com muita interação e troca de experiências concretas dos alunos e visitas a áreas de estudos de caso em São Paulo. Uma novidade prevista para a nova turma é a inclusão de mais duas disciplinas, focadas em cultura, identidade e território e segurança urbana.
O objetivo final do curso é gerar soluções inovadoras para experiências locais de urbanismo social, em cidades de diferentes portes, com contextos culturais e sociais diversos. Por isso, já no processo de seleção dos candidatos, é importante que eles revelem suas experiências prévias com a temática do urbanismo social, seja trabalhando em uma comunidade, atuando no terceiro setor, ou exercendo um cargo de gestão pública.
O professor Carlos Leite, coordenador da Pós-graduação em Urbanismo Social, ressalta que esse critério foi decisivo para enriquecer a troca de experiências. “Nós criamos um fio condutor para trabalhar conteúdos e habilidades específicas, sempre tendo em vista um aprofundamento dos casos reais”, afirma Leite. “Passados três trimestres da primeira turma, podemos dizer que o curso tem alcançado um enorme êxito, com os alunos bastante engajados.”
O propósito da formação é unir o saber local e contextualizá-lo com o conhecimento e a pesquisa científica. Para isso, há também a preocupação em pesquisar e monitorar os estudos de caso a partir de dados e evidências. “Queremos desenvolver nos alunos a capacitação para estruturar soluções integradas e territorializadas para problemas urbanos complexos. Nesse sentido, é necessário formular políticas adequadas para cada situação de vulnerabilidade”, diz Tomas Alvim, coordenador do Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper.
+ Leia a reportagem sobre o lançamento da Pós-graduação em Urbanismo Social, realizada em 2020
Seleção dos alunos
Para o diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron, a escolha do Insper como parceiro institucional foi estratégica, pela vocação da escola em formar gestores públicos e privados com enfoque na solução de problemas. “Queríamos propor a experiência de uma Pós-graduação para que essas pessoas possam ser provocadoras, na linha de frente do seu campo de atuação. Para nós, essa formação tem um papel fundamental na promoção de líderes no campo da arte e da cultura”, afirma Saron.
Uma das inovações do processo foi retirar a necessidade de formação acadêmica prévia para alguns candidatos, promovendo um ingresso inclusivo para pessoas que atuem em projetos de impacto. Diz Alvim: “A diversidade, a regionalidade e as diferentes áreas de atuação dos alunos da Pós–graduação em urbanismo social são, sem dúvida, um dos pontos fundamentais do curso”.
Com o lançamento das inscrições para a segunda turma da formação, as instituições pretendem perenizar o aprendizado promovido pelo curso. “Nossa meta maior é devolver à sociedade gestores mais qualificados para trabalhar com experiências locais e concretas de urbanismo social”, afirma Leite.
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