Para além das obras de grande visibilidade, é preciso observar de que forma as gestões municipais dividem seus recursos para compreender suas prioridades de investimento
Bernardo Vianna
Os recursos públicos são sempre limitados e a definição do orçamento de um município reflete escolhas da sociedade diante do desafio de garantir os direitos e promover o bem-estar das pessoas que ali vivem. Mesmo sendo um tema que impacta a todos, o modo como são utilizados os recursos de uma cidade nem sempre fica muito claro para o cidadão comum.
Nos gráficos a seguir, projetamos quanto cada uma das capitais brasileiras gastou, proporcionalmente ao total de despesas do respectivo ano, em cinco áreas: Administração, Educação, Previdência Social, Saúde e Urbanismo. Foram consideradas as despesas liquidadas dos municípios para cada ano, de acordo com a Declaração de Contas Anual (DCA) feita ao Tesouro Nacional.
Diferentemente das despesas empenhadas, que representam a reserva de um valor, as despesas liquidadas correspondem, em linhas gerais, à entrega do material, serviço, bem ou obra ao governo. Após conferência, as despesas liquidadas são, finalmente, pagas.
Os dados utilizados nos gráficos são disponibilizados pelo Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi) e podem ser acessados por meio de uma API.