A inteligência artificial (IA) representa uma oportunidade de ganhos globais de longo prazo da ordem de US$ 4,4 trilhões, proporcionados pela melhora exponencial da produtividade dos processos. A estimativa foi produzida pela consultoria McKinsey, que também identifica que, nos próximos três anos, 92% das empresas planejam aumentar seus investimentos em IA.
Acontece que, apesar de todo o esforço, neste momento apenas 1% dos líderes consideram que suas empresas estão maduras no espectro de implantação, o que significa que a IA pode estar integrada aos fluxos de trabalho, mas não às estratégias da organização.
“A tecnologia chegou para ficar e as equipes de profissionais estão aderindo, cada uma de acordo com suas demandas. Mas a falta uma visão estratégica para a implementação representa um risco elevado para as corporações”, afirma Adriano Neves, professor de Pós-Graduação e líder da Trilha de Tecnologia dos Programas de Educação Executiva do Insper.
É para atender a esta demanda que acontece novamente o curso “IA para C-Level: Oportunidades e Desafios”.
Dividido em quatro módulos, o curso é presencial e será realizado no dia 8 de maio, das 9h às 18h. Num primeiro momento, será apresentado o conceito de IA, assim como modelos e aplicações para os negócios.
No segundo bloco, os C-Level vão conhecer boas práticas de governança e entender os riscos corporativos para os negócios e para o operacional, além de ter contato com os principais fatores de Segurança da Informação para ambientes e soluções com IA.
Este segundo momento é especialmente relevante. De acordo com a consultoria Gartner, até 2027, mais de 40% das violações de dados relacionadas à IA serão causadas pelo uso indevido de IA generativa (GenAI) entre fronteiras. Sem protocolos de segurança e cuidados adicionais na rotina de uso, a empresa pode acabar sendo exposta, diz o professor Neves.
“Muitas vezes, um departamento compra uma solução pronta e começa a usar, e nem percebe que está cedendo os dados utilizados e os avanços realizados ali. Quando percebe, um desenvolvedor de outro país se apropriou de informações sensíveis.”
O terceiro módulo representa um dos principais diferenciais do curso. É o momento em que outros executivos, que já estão mais adiantados na Jornada de IA, compartilha com os alunos os casos de uso bem sucedidos. Será a oportunidade para os participantes trocarem interações e debaterem suas principais dúvidas e dificuldades, a fim de entender como companhias mais maduras na utilização de IA já conseguiram avançar.
Por fim, a programação se encerra com a apresentação de um roadmap para a adoção de IA em uma organização. “Esse mapa de ações foi desenvolvido por nós, professores do curso, e é exclusivo do Insper. E será compartilhado com todos os presentes”, explica Neves.
Os quatro têm experiência no mercado, além de currículo acadêmico de peso. Além de Adriano Neves, o corpo docente inclui André Santana, doutor pela Escola Politécnica da USP e professor no Insper, onde leciona nos cursos de Engenharia e no Programa Avançado de Data Science e Decisão — também atuou na criação de Hubs de Inovação para a educação pública paulista e coordenou projetos de IA voltados ao acompanhamento de pacientes com doenças raras e à análise de desempenho no futebol.
Já Edison Kalaf é professor do MBA Executivo do Insper e sócio diretor da Opus Software. E Eduardo Pozzi Lucchesi, líder da Trilha de Finanças dos Programas de Educação Executiva do Insper, já atuou em programas para empresas como Bradesco, Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), Dupont, Falconi, Gerdau, Itaú Unibanco, Klabin, Raízen e Votorantim Cimentos.
Ao fim do curso, o objetivo é que os executivos obtenham uma visão estratégica abrangente sobre os diversos modelos de IA e como essa tecnologia pode gerar valor significativo para clientes, parceiros e colaboradores, com eficiência e segurança. Afinal, a IA apresenta grande potencial para gerar valor aos produtos e serviços oferecidos pela empresa aos seus clientes internos e externos.
Essa transformação pode ser mais operacional, com automatização de tarefas e melhor compreensão e aplicação de resultados de análise de dados, até questões mais estratégicas, como facilitar o apoio no fator de tomada de decisão, caminhos indicados para melhor eficiência e desempenho da organização e proposta de inovação nestes produtos e serviços.
“Não importa o segmento, se é financeiro, varejo, saúde, manufatura ou outros. Todos os aspectos abordados estão em linha com o programa”, afirma Adriano Neves. “A proposta é apoiar a construção de uma política consistente de implementação de IA e ajudar a delegar ações para diferentes lideranças da organização.”