Um renomado grupo de pesquisadores na área de educação estará reunido no evento “Diálogos pela Equidade na Educação: contribuições da pesquisa aplicada”, realizado em parceria pela Fundação Lemann, pelo Centro Lemann e pelo Insper, por intermédio do Centro de Gestão e Políticas Públicas (CGPP) e do Núcleo de Estudos Raciais (NERI). É possível se inscrever gratuitamente neste link até o dia 22 de agosto, data do evento, mas as vagas são limitadas.
O objetivo do encontro é articular pesquisadoras e pesquisadores, lideranças educacionais e especialistas em torno da inserção da equidade na agenda de pesquisa aplicada voltada à educação básica. “Existe um primeiro grande desafio que é melhorar a média da educação brasileira e levar ensino de qualidade para toda a população”, diz Michael França, coordenador do NERI. “Vamos discutir como a pesquisa empírica pode ajudar nessa transformação. Os estudos demonstram que, apesar do lento progresso registrado na qualidade do ensino básico, os alunos negros, principalmente os pretos, ficaram mais para trás em relação aos brancos em média de aprendizado.”
O segundo desafio é a equidade. “Sabemos que educação importa não só para o desenvolvimento individual, mas também pelos reflexos no desenvolvimento coletivo”, afirma França. “Pessoas mais escolarizadas tendem a ter um conjunto de oportunidades melhor e a tomar decisões mais bem informadas. Ao fazer um curso técnico ou eventualmente chegar à universidade, essas pessoas podem abrir novas possibilidades no mercado de trabalho. Infelizmente, o Brasil é um país altamente estratificado socialmente. E um dos motivos que contribui para esse processo de estratificação ao longo das gerações é a educação de péssima qualidade para os mais pobres.”
Com a ideia de reunir diversos grupos que têm se debruçado na agenda de educação, com foco em equidade, o evento aprimora o diálogo, amplia a informação da rede de pesquisadores e fornece para a sociedade uma discussão respeitável sobre educação e equidade, fundamentada no conhecimento baseado em pesquisas. “Confesso que estou bastante feliz com a programação, porque a sociedade brasileira sistematicamente esquece a equidade e fica sistematicamente reproduzindo o processo de exclusão”, diz França.
Sonya Douglass, do Teachers College, da Universidade Columbia (EUA).
Martin Carnoy, da Universidade Stanford (EUA).
Michael França, do Núcleo de Estudos Raciais do Insper.
Mediação: Anna Penido, do Centro Lemann.
18 pesquisadoras(es) de diferentes instituições de três regiões do Brasil.
Mediação: Guilherme Lichand, da Universidade Stanford e da plataforma Equidade.info, e Tatiane Cosentino, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e do Centro Lemann.
Daniel Duque, do NERI e da Norwegian School of Economics (Noruega).
Ricardo Paes de Barros, do Insper.
Roberta Biondi, da Universidade de São Paulo (USP).
Mediação: Carolina Ilídia, da Fundação Lemann.
Zara Figueiredo, do Ministério da Educação (MEC).
Kátia Schweickardt, do Ministério da Educação (MEC).
Iara Rolnik, do Instituto Ibirapitanga.
Matheus Gato, do Afrocebrap.
Mediação: Daniel De Bonis, da Fundação Lemann.
Chico Soares, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Priscilla Bacalhau, da Fundação Getulio Vargas (FGV) e colunista da Folha de S.Paulo.
Guilherme Lichand, da Universidade Stanford.