O serviço seguro e disponível em mais de 100 países vai facilitar a mobilidade internacional de professores, pesquisadores, colaboradores e estudantes do Insper
Leandro Steiw
O Insper faz parte agora do Eduroam, a rede de acesso wi-fi à internet disponível em universidades e centros de pesquisa de mais de 100 países, mantida no Brasil pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), organização interministerial vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Depois de um período de testes de estabilização, o serviço começou a ser usado com sucesso na conferência em homenagem ao economista José Alexandre Scheinkman, no dia 17 de maio, na qual o Insper recebeu pesquisadores de diversos países.
Além da conexão confiável e dedicada à educação, o Eduroam destaca-se pela facilidade de acesso. Professores, pesquisadores, colaboradores, estudantes e alumni podem conectar seus computadores e smartphones à rede conveniada sempre com as mesmas credenciais — não importa onde estejam.
O usuário utiliza apenas o login e a senha da sua instituição e, uma vez configurado, o dispositivo conecta-se automaticamente a qualquer ponto de acesso do Eduroam. Ou seja, a comunidade Insper poderá ter internet quando estiver fora dos prédios da escola, mundo afora, e acadêmicos nacionais e internacionais também estarão logados em suas visitas ao Insper.
“O Eduroam é um mecanismo que possibilita mobilidade nacional e internacional para professores, pesquisadores, colaboradores, estudantes e alumni e oferece acesso com toda a segurança necessária, porque o protocolo garante que as instituições protegem essas redes”, afirma o professor André Filipe Batista, diretor de Tecnologia da Informação do Insper.
Há ainda uma rede de parceiros não acadêmicos que disponibilizam o seu sinal de wi-fi para o Eduroam, ampliando a rede para ambientes públicos como aeroportos, estações de ônibus e metrô, parques, shopping centers, restaurantes e cafeterias. O Brasil é o país com o maior número de pontos de acesso do Eduroam — 3.800 em cerca de 170 instituições. A RNP foi a precursora da internet no Brasil e está conectada por meio de cabos de fibra óptica terrestres e submarinos a redes de educação e pesquisa no mundo todo.
Na conferência do dia 17, no Auditório Steffi e Max Perlman, a novidade chamou a atenção dos pesquisadores estrangeiros. O economista norte-americano Edward Glaeser, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, falou sobre a experiência descomplicada com o Eduroam: “Estou no lado errado dos 55 anos, e a tecnologia nem sempre é fácil para mim. Mas mesmo eu sou capaz de usar o Eduroam para me conectar e não tenho nenhum problema ao navegar na net, conferir meu e-mail ou mesmo descobrir se outro artigo acadêmico estava certo. Então, se eu posso fazer isso, você também pode”.
Segundo Batista, o Eduroam está disponível em todos os prédios do Insper. “Em um mundo no qual estamos extremamente conectados à internet e não podemos prescindir desse acesso, o Eduroam é muito importante para o funcionamento da escola e para o Insper como instituição”, diz o professor.
Para poder oferecer a rede, o Insper seguiu alguns padrões determinados pela RNP sobre segurança da informação e proteção da rede. “O Eduroam é uma rede extremamente protegida, que segue padrões globais das melhores práticas de segurança da informação, algo fundamental no cenário da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), da privacidade dos usuários e da segurança das redes”, afirma Batista.