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Como uma bolsa ajudou a colocar a matemática no devido lugar

Formado em Economia, Caio Bessa foi aluno bolsista do Insper de 2017 a 2021 e reconhece a importância do auxílio na sua formação profissional e pessoal

Caio Bessa

Formado em Economia, Caio Bessa foi aluno bolsista do Insper de 2017 a 2021 e reconhece a importância do auxílio na sua formação profissional e pessoal

 

Leandro Steiw

 

O cearense Caio Bessa, 26 anos, foi um dos beneficiados pelo Programa de Bolsas do Insper. Formado em Economia em 2021, ele reconhece a importância do auxílio na sua formação profissional e na oportunidade de ter convivido com estudantes de diversas condições econômicas do Brasil inteiro. A jornada começou em 2016. Fascinado pela matemática, Bessa saiu de Fortaleza — onde nasceu e foi criado — para estudar Engenharia Aeronáutica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, no interior paulista.

Durante o primeiro ano de Engenharia, Bessa foi questionado por familiares do Ceará sobre como poderiam aplicar o dinheiro de uma propriedade vendida para aliviar apertos financeiros. “Eu não sabia o que responder”, diz. “No ITA, tem um pessoal que trabalha no mercado financeiro e pedi ajuda para eles. Comecei a estudar sobre investimentos, economia e finanças e acabei gostando muito. Naquela época, pensei por que eu deveria continuar na Engenharia se poderia estudar Economia, aprender o que gostava de fato, usar a matemática e chegar mais preparado ao mercado financeiro.”

Foi então que alguém lhe falou sobre o Insper e a preparação proporcionada pelo curso de Economia. Bessa se informou a respeito do Programa de Bolsas, inscreveu-se no vestibular e, um ano depois de ingressar no ITA, mudou-se para São Paulo, como bolsista parcial, de acordo com as regras de elegibilidade do Fundo de Bolsas. “No Insper, viram que eu estava sempre me esforçando para juntar dinheiro e conseguir me sustentar, e o Programa de Bolsas fez o possível e o impossível para me ajudar dentro das limitações”, conta Bessa. “Deu ajuda com alimentação, aumentou meu percentual de bolsa parcial para quase 90% e conseguiu um doador para cobrir os outros 10%. Tudo isso foi importante para eu me formar. Sou a prova viva de como o Programa de Bolsas se importa com todo mundo e quer ajudar o máximo que pode.”

Daquele início de curso, dividindo um apartamento com amigos e dormindo quatro meses em um colchão inflável, Bessa guarda diversas lembranças boas. “A oportunidade como bolsista era um mundo novo para mim”, afirma. “Eu vinha do ITA, que é uma faculdade de ponta, e fiquei em choque quando vi a estrutura e o nível de excelência dos professores, aulas, materiais e biblioteca do Insper. Acho que só universidades do exterior se assemelham em qualidade.”

Bessa prossegue: “Eu adorava de coração todas as matérias do curso de Economia. Tinha um pouco de dificuldade na parte de humanas, porque eu sempre fui melhor em matemática, talvez o oposto de alguns colegas. No Insper, dava o sangue para poder sustentar o meu sonho, então valorizava todas as aulas. Procurei sempre ter um bom coeficiente de rendimento e não deixar o estudo em segundo plano, porque não adiantaria o sacrifício se eu não aproveitasse ao máximo aquela oportunidade”.

Fora da aula, Bessa se envolveu em competições universitárias de valuation promovidas por bancos nacionais e internacionais, consideradas uma das primeiras experiências em mercado financeiro e referência para futuros empregos. Junto com outros quatro alunos de Economia da escola, venceu algumas delas, como as promovidas por CFA Institute, Credit Suisse, BTG e Bank of America. “A minha mentalidade era a seguinte: não podia garantir que a gente seria mais inteligente do que as equipes adversárias, mas podia garantir que ninguém teria se esforçado mais do que a gente”, recorda. Também foi aluno assistente de pesquisa da professora Andrea Minardi, dos cursos de graduação, mestrado e educação executiva do Insper.

Outro esforço que rendeu histórias de vida foi o intercâmbio na IE Business School em Madri, na Espanha. “Era a faculdade que eu queria, e me empenhei nas notas e nas atividades que poderiam contar para conseguir o intercâmbio”, diz. “Fiz até uma vaquinha porque não tinha dinheiro para a passagem. Agradeço muito a quem me ajudou. Algo que aprendi de todo esse processo no Insper é que o mundo não lhe deve muita coisa. Você tem que batalhar por tudo que você quiser, independentemente da situação. Mas, quando o mundo lhe dá algo, você tem que ser grato e levar esse reconhecimento vida afora.”

Na volta ao Brasil, ainda em 2020, Bessa foi estagiário na área de investment banking no Bank of America — oportunidade aberta com a participação bem-sucedida nas competições de valuation. Passou pela Point Break Capital, na área de análise de ações globais, e desde que se formou está no fundo de investimento Fitpart. Acabou se estabelecendo em São Paulo. “O Insper me permitiu me posicionar muito bem no mercado financeiro”, afirma. “Ainda não consigo acreditar que em um ano mudei completamente a minha condição financeira. Foi bastante trabalho, mas consegui chegar a uma vida muito melhor.”

Segundo Bessa, esse crescimento financeiro permite uma vida confortável em São Paulo e condições de ajudar a família no Ceará, além de ajudar outros bolsistas do Insper com auxílio financeiro. “Batalhei muito para estar onde estou, mas também tive muita ajuda”, diz. “Sou muito grato e quero devolver para um programa que tanto me ajudou para que outros jovens possam também mudar de vida.”

Bessa ainda se diverte com a lembrança de que, fascinado pela matemática, um dia pensou em projetar aeronaves. “Não nasci para isso”, afirma. Os voos imaginados agora são outros. Em aviões, apenas como passageiro.

 

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