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“Cada aliado é valioso para construir um ambiente mais justo e inovador”

Um das coordenadoras do Comitê Alumni de Diversidade, Equidade e Inclusão, Jacqueline Paiva aposta em letramento, concessão de bolsas e parcerias para ampliar a diversidade na escola

Jacqueline Paiva

Uma das coordenadoras do Comitê Alumni de Diversidade, Equidade e Inclusão, Jacqueline Paiva aposta em letramento, concessão de bolsas e parcerias para ampliar a diversidade na escola

 

Michele Loureiro

 

“A diversidade depende de letramento e aliados.” A fala é de Jacqueline Paiva, uma das coordenadoras do Comitê Alumni de Diversidade, Equidade e Inclusão do Insper. Graduada em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco e com MBA Executivo pelo Insper, Jacqueline passou a dividir a coordenação do comitê ao lado de Bruna Ancheschi e Gabriel Borges. Ela é mentora voluntária em outros dois projetos voltados para a qualificação de mulheres e tem experiência de mais de duas décadas nas áreas de tecnologia e telecomunicação.

Para Jacqueline, o primeiro passo para a inclusão é atrair pessoas que compreendam e apoiem a causa. Por isso, diz que sua prioridade no novo cargo é promover o letramento. “Precisamos trazer homens que estejam dispostos a abrir portas para mulheres. Pessoas brancas dispostas a abrir portas para pessoas negras. Pessoas que não têm deficiência que estejam de braços abertos para receber pessoas com deficiência. Pessoas jovens dispostas a abrir portas para pessoas mais velhas. Mas isso só vai acontecer quando todos tiverem consciência, e isso é um processo longo”, afirma.

Para a executiva com passagens em empresas como Telefônica, Logicalis, Embratel, GVT e Algar Telecom, o desafio é atrair essas pessoas que estão em lugares de privilégio para discutir o tema da diversidade. “Por isso, a única caminhada possível começa pelo letramento. Explicar por que a diversidade é fundamental”, avalia.

 

Planos para o Insper

Como assumiu o cargo de coordenadora do Comitê Alumni de Diversidade, Equidade e Inclusão do Insper há pouco mais de um mês, Jacqueline ainda está fazendo reuniões para entender o que já foi feito até aqui, mas acredita que tudo deve partir de um diagnóstico preciso. “Meu desejo é realizar um censo de diversidade, para entender quantas mulheres, pessoas negras e de outros grupos sub-representados temos na escola. Não só a parte de alunos, mas também olhar para toda a comunidade, que envolve professores, parte administrativa e terceiros”, diz.

A partir disso, ela acredita que o Comitê Alumni de Diversidade, Equidade e Inclusão pode ter muitas ideias de ações que atendam à necessidade desses grupos e falar com cada um deles. “Depois disso, vem a necessidade do letramento, da conscientização ampla da comunidade Insper, pois só quando as pessoas entenderem que todos nós precisamos ter direitos e oportunidades iguais é que haverá, de fato, uma meritocracia. Hoje isso não existe, pois as pessoas não partem do mesmo ponto, e isso precisa ser corrigido na sociedade”, afirma a coordenadora.

Para ela, eventos como o Alumni Day e a realização de podcasts são oportunidades de conscientização sobre as causas que o Insper defende. Outra frente fundamental para ampliar a diversidade no Insper, de acordo com ela, passa pelo Programa de Bolsas. “Isso é levado muito a sério no Insper. Eu já conversei com várias pessoas beneficiadas e fui mentora de bolsista. É muito lindo ver como isso faz, de fato, diferença na vida das pessoas”, diz Jacqueline. “Acho que o Programa de Bolsas pode ir muito além e incluir um olhar mais amplo no quesito de diversidade já no processo seletivo. Vamos trabalhar para isso”, destaca.

O principal objetivo é fazer com que os pilares de diversidade e inclusão extrapolem a teoria. “Montar uma estratégia para ampliar a diversidade não é só sobre trazer pessoas diferentes para dentro da escola. É realmente incluir essas pessoas no dia a dia e fazer com que sejam ouvidas e respeitadas, além de trabalhar os ambientes onde vão ser inseridas. Para isso, cada aliado é valioso”, diz.

 

Um mergulho no tema

Jacqueline começou a se engajar no tema da diversidade quando trabalhava na Vivo e a empresa começou a montar grupos de diversidade. “Estava participando da frente de equidade de gênero e, certa vez, soube que o grupo de raça não tinha muitas pessoas interessadas.  Aquilo me fez refletir. Afinal, como mudar o cenário se não há gente interessada nisso? Foi quando resolvi mergulhar fundo no tema e estudar. Em paralelo, eu estava começando a atuar como mentora voluntária em alguns projetos para mulheres e conheci o Comitê de Diversidade Alumni do Insper. Foi tudo ao mesmo tempo”, lembra.

Na época, ela focou em estudos sobre a importância de ações afirmativas e a participação de aliados para alavancar as mudanças. O assunto foi divisor de águas na vida da coordenadora, que agora está consolidando seu trabalho como mentora profissional na área de tecnologia e mostrando para as empresas que diversidade gera inovação. “Obviamente, a diversidade é importante principalmente pelo tema social. Isso é primordial, mas, se pensarmos de forma prática, para as empresas, ela é fundamental também para os resultados”, afirma.

 

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