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Cresce o investimento em tecnologias para reduzir impactos da crise climática

De 2020 a 2021, o investimento nas chamadas climate tech, nos Estados Unidos, cresceu 80%, alcançando 56 bilhões de dólares

De 2020 a 2021, o investimento nas chamadas climate tech, nos Estados Unidos, cresceu 80%, alcançando 56 bilhões de dólares

 

Bernardo Vianna

 

Cientistas de todo o mundo vêm alertando há anos sobre os impactos que o aquecimento do planeta pode ter sobre nossa saúde, sobre nossa capacidade de produzir alimentos e mesmo sobre a segurança de nossas casas. Com eventos climáticos extremos tornando-se mais frequentes em consequência do aquecimento global, chuvas intensas, como as que causaram destruição no litoral norte do estado de São Paulo durante o Carnaval, as mais volumosas já registradas no Brasil, podem se tornar parte do “novo normal” gerado pela crise climática.

Diante desse cenário, países e corporações do mundo inteiro vêm tentando mitigar os impactos climáticos e muitos já se comprometeram a reduzir ou a compensar a totalidade de suas emissões de gases de efeito estufa. Para tanto, novas tecnologias precisam ser desenvolvidas e ganhar escala em setores que vão dos carros elétricos até o desenvolvimento de “concreto verde” — material que emite menos carbono e que consome menos energia para ser produzido do que o concreto convencional —, passando por todo tipo de tecnologia de captura e sequestro de carbono da atmosfera.

 

 

De acordo com o relatório The Future of Climate Tech, produzido pelo Silicon Valley Bank, enquanto empreendedores tecnológicos estão mergulhando no desenvolvimento de novas soluções climáticas, os investidores do Vale do Silício não estão dispostos a perder as oportunidades de negócios geradas: de 2020 a 2021, o investimento em empresas climate tech cresceu 80%, alcançando 56 bilhões de dólares.

De acordo com o relatório, 49 países e 93 empresas da Fortune 500, a lista das 500 maiores empresas dos Estados Unidos, já assumiram compromissos de zerar suas emissões de carbono, o que incentiva o desenvolvimento de tecnologias climáticas na medida em que são criadas políticas para a redução de gases de efeito estufa. O setor, no entanto, encontra alguns desafios: o tempo para que as empresas ganhem escala costuma ser mais longo, ainda há poucos profissionais qualificados disponíveis no mercado e a infraestrutura e a cadeia de suprimentos aquém do ideal podem encarecer as operações.

 

 

Do meio para o final da década de 2000, os investimentos em startups de climate tech cresceram rapidamente, conforme os empreendedores viam oportunidades em novas tecnologias verdes. Com a queda dos custos de outras tecnologias alternativas, o retorno desses investimentos foi pequeno no mercado americano.

Atualmente, porém, o relatório do Silicon Valley Bank destaca a retomada do interesse dos investidores nas tecnologias voltadas a mitigar a crise climática conforme elas vão deixando o estágio de prova de conceito para se tornarem geradoras de renda. O setor energético foi o que experimentou o maior crescimento, graças às apostas em tecnologias de fusão nuclear. Já o setor de transporte, cujo crescimento foi freado pela crise de fornecimento de semicondutores em 2020, voltou a crescer em 2021.

 

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