Iniciativa de ex-alunos promove uma série de ações, como podcasts que recebem convidados inseridos nos pilares trabalhados pelo Comitê, entre eles o de PCD
Bruno Toranzo
A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla tem o objetivo de conscientizar a população sobre as necessidades de políticas públicas para a inclusão social desse segmento da população, combatendo o preconceito — de acordo com o IBGE, há 15 milhões de brasileiros com deficiência. O podcast de estreia do Comitê Alumni de Diversidade, Equidade e Inclusão, formado por ex-alunos do Insper, foi justamente dedicado a um dos públicos contemplados pela Semana Nacional: o trissomia do cromossomo 21, conhecido como Síndrome de Down. A deficiência intelectual é uma das características observadas nessas pessoas, que nascem com suas células com três cópias do cromossomo 21 — em vez de duas.
No pilar de PCD (pessoa com deficiência) do Comitê, o líder é Fernando Teixeira, formado em Administração de Empresas pelo Insper, com a participação de Bruna Ancheschi, uma das líderes do Comitê como um todo e ex-aluna do MBA Executivo. Ambos foram os apresentadores da primeira edição do podcast, que contou com a participação de Ana Claudia Brandão, pediatra do Hospital Albert Einstein, e Luana Rolim, primeira vereadora do Brasil com trissomia do 21.
“O Fernando nos inspirou a fazer esse programa, pois é pai de uma criança com trissomia do 21”, diz Bruna Ancheschi. “Trouxemos também a Luana. Eles podem realmente falar sobre suas experiências, expectativas e desafios. O compromisso do Comitê é convidar pessoas que vivenciam cada um dos pilares trabalhados”, explica. (Para ouvir o programa, clique aqui.)
Além do pilar de PCD, o Comitê trabalha com Gênero, Raça e LGBTQIA+. Mayara Silva de Souza, do pilar de Raça, Sandra Fernandes, de Gênero, e Gabriel Borges, de LGBTQIA+, são, ao lado de Bruna, os líderes do Comitê. “Todas essas temáticas ganharam força nos últimos anos, principalmente quando pensamos na pauta ESG, que obteve visibilidade no mundo inteiro”, avalia Bruna. “Há uma visão equivocada de que o Social, de ESG, é apenas filantropia. Na realidade, seu impacto é muito maior no contexto da diversidade. Pesquisas mostram a influência positiva do ambiente corporativo diverso, inclusive para os resultados do negócio, e as empresas estão se convencendo disso.”
Um dos propósitos da criação do Comitê foi solucionar as dúvidas de todos os públicos que mantêm contato com o Insper, como alunos e ex-alunos, sobre as temáticas trabalhadas. Outro objetivo foi reunir os ex-alunos com conhecimento e interesse por esses assuntos para que fosse possível gerar informação de qualidade.
“A criação do Comitê teve sinergia com o propósito do Insper de priorizar em seu planejamento o estímulo dessas temáticas”, relembra Bruna, que participou da fundação do Comitê. “Temos hoje um grupo no WhatsApp com 100 participantes, todos ex-alunos que têm interesse em acompanhar as iniciativas e, mais do que isso, colaborar de alguma forma”, diz Bruna.
Ela observa que os temas tratados nos pilares são transversais, pois permeiam questões do dia a dia da comunidade acadêmica, como liderança, tecnologia e empreendedorismo. “Essa relação só fortalece os pilares na medida em que posicionamos cada um deles no contexto das habilidades e competências demandadas pelo mercado. Buscamos, ainda, fazer a conexão do Comitê de Diversidade, Inclusão e Equidade com os outros comitês do Insper.” Entre os eventos nesse sentido, com a participação do Comitê, estão a Alumni Week, que promoveu uma palestra sobre vieses inconscientes na última edição, e o Encontro Anual Alumni.