Já São Paulo é o estado com maior número de startups que investem em tecnologias para a educação, com 38% do total do país
Bernardo Vianna
Para que uma empresa seja considerada uma startup, além de ter um modelo de negócio ágil e enxuto, também deve buscar resolver um problema real por meio da tecnologia. Não é surpresa, então, que o segmento com maior número de startups no Brasil seja o de educação.
Um mapeamento feito pela Associação Brasileira de Startups, que conta com quase 14 mil empresas cadastradas em sua base, identificou que as edtechs — as startups que atuam na área da educação — ocupam 12% do ecossistema brasileiro de startups. A maior parte delas foi fundada em São Paulo, estado que reúne 38% das edtechs brasileiras e que é seguido por Minas Gerais (9,4%), Rio de Janeiro (9,2%), Paraná (7,1%) e Santa Catarina (7,1%).
No entanto, ao compararmos o número de edtechs com a população do respectivo estado, podemos observar uma alta concentração de startups de educação no Distrito Federal, onde há mais de uma startup dedicada à inovação em educação para cada 100 mil habitantes. Sob tal perspectiva, São Paulo cai para o terceiro lugar, depois de Santa Catarina e à frente de Paraná e Rio de Janeiro.
Entre as diferentes soluções tecnológicas desenvolvidas pelas edtechs brasileiras, aquela na qual um maior número de empresas aposta é a criação de plataformas de conteúdo online. Tais plataformas disponibilizam cursos, jogos ou objetos digitais de aprendizagem (ODAs) — como são chamados quaisquer recursos que apoiem a prática pedagógica dentro e fora de sala de aula — para venda individual, para acesso sob modelo de assinatura ou para acesso livre. O objetivo dessas plataformas é permitir o aprendizado autônomo do aluno.