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Combate à corrupção está estagnado há 10 anos no Brasil e no mundo

A conclusão é da Transparência Internacional, que analisou indicadores de 180 países

A conclusão é da Transparência Internacional, que analisou indicadores de 180 países

 

 

 

Bernardo Vianna

 

O Índice de Percepção da Corrupção (IPC), elaborado pela Transparência Internacional, avalia 180 países e atribui notas de zero a 100 de acordo com a percepção da integridade das respectivas instituições democráticas. Na avaliação mais recente, de 2021, o Brasil tirou nota 38, o que o colocou na 96ª posição do ranking, ao lado de Argentina, Lesoto, Turquia, Sérvia e Indonésia.

 

 

A pontuação atribuída a cada país é uma combinação de ao menos três fontes extraídas de um conjunto de 13 pesquisas sobre corrupção produzidas por instituições como o Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial. A partir da análise da série histórica desses indicadores, a Transparência Internacional observou que os níveis de corrupção em todo o mundo, apesar dos compromissos anticorrupção assumidos, estão estagnados há 10 anos. Dos 180 países analisados, 131 não tiveram progresso significativo no combate à corrupção ao longo da última década. Além disso, dois terços dos países marcaram menos de 50 pontos, o que indica graves problemas de corrupção.

A edição 2021 do IPC destaca que a estagnação dos esforços anticorrupção pode ser correlacionada aos recentes ataques às instituições democráticas e aos direitos humanos. De acordo com o relatório, “países percebidos como altamente corruptos têm maior probabilidade de reduzir seu espaço cívico e democrático e atacar direitos da população”.

 

 

De acordo com a Transparência Internacional, a pandemia da covid-19 foi usada por diversos países para driblar importantes instrumentos de regulação dos poderes públicos. Isso foi observado, em particular, nos países que estão no topo do ranking. Mesmo países com alta performance histórica demonstraram sinais de declínio.

Mais abaixo na pontuação, em países da América e da Ásia, foram observadas restrições a medidas de responsabilização (accountability) e a direitos civis, o que prejudicou o enfrentamento à corrupção. Algo semelhante pode ser dito em relação a países do Oriente Médio e do Norte da África, onde grupos dominantes minam os esforços das políticas de combate à corrupção. Já na África Subsaariana, conflitos armados e violência política, além do não cumprimento de compromissos anticorrupção assumidos, seguem privando a população de seus direitos básicos.

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