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Políticas públicas precisam reverter a queda das taxas de vacinação no mundo

Dados da Organização Mundial da Saúde apontam a diminuição da proteção contra doenças como sarampo e poliomielite

Dados da Organização Mundial da Saúde apontam a diminuição da proteção contra doenças como sarampo e poliomielite

 

Bernardo Vianna

 

O site Our World in Data, mantido por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, publicou em novembro uma ferramenta interativa que permite explorar diversos indicadores de saúde a partir de dados disponibilizados por entidades como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Em um mundo recém-saído de uma pandemia graças ao rápido desenvolvimento de novas vacinas, algo que prontamente chama a atenção são os dados sobre cobertura vacinal. Afinal, quão eficazes vêm sendo os governos do mundo na tarefa de promover políticas públicas de vacinação para proteger suas populações?

 

 

Campanhas de vacinação envolvem não somente a compra e a distribuição de vacinas, como também a informação, a sensibilização e a mobilização das pessoas para que elas busquem se vacinar. Considerando os dados globais de cobertura vacinal, é possível deduzir que alguma peça dessa engrenagem está com problemas, pois, desde 2019, há uma tendência de queda da imunização contra doenças como a difteria, a hepatite e a coqueluche, entre outras.

A situação do Brasil, de acordo com os dados, é mais grave do que a média mundial. Considerando-se a taxa de imunização de crianças com até um ano de idade, o país, que tem um histórico de boas políticas de vacinação, retrocedeu consideravelmente no período de 2011 a 2021. Vacinas como a contra a tuberculose, a poliomielite — ou paralisia infantil — e o sarampo, que tinham taxas de cobertura próximas a 100% em 2011, passaram a ser aplicadas em menos de 80% das crianças em 2021.

 

 

A tendência de queda das taxas de vacinação observada no Brasil ocorre também, em maior ou menor grau, nos demais países das Américas de acordo com os dados por região de saúde da OMS (a organização utiliza uma divisão particular de países por regiões que pode ser mais bem entendida neste link). As regiões do Sudeste Asiático, que inclui a Índia, e do Pacífico Ocidental, que inclui a China, concentram boa parte da população global e também apresentaram tendência de queda das taxas de imunização por meio de vacinas ao longo dos últimos três anos.

 

 

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