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Qual o segredo do sucesso das empresas do Vale do Silício, na Califórnia? Como tantas organizações daquela região foram capazes de moldar a tecnologia, o ambiente corporativo e a cultura, especialmente no Ocidente? Qual a visão de futuro das pessoas que lideram as principais corporações instaladas por lá?

 

Ao longo de cinco dias, no início de outubro, um grupo alunos do Insper teve a oportunidade de realizar uma imersão no Vale do Silício em busca de respostas para essas perguntas. Esta edição da Learning Journey do Insper contou com a presença do professor e coordenador da Graduação em Engenharia de Computação Raul Ikeda, que se deslocou diretamente da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, onde está instalado durante todo o segundo semestre em função de uma parceria com o Insper

 

 

Programação intensa

 

No primeiro dia, o grupo visitou a Universidade Stanford, na companhia do empreendedor, investidor e professor Bret Waters — que, aliás, guiou os estudantes em diversas atividades ao longo de toda a semana. O dia também incluiu atividades práticas de prototipagem e pitching, de forma que os alunos foram desafiados a aplicar conceitos inovadores em tempo real.

 

O segundo dia foi dedicado a entender melhor a história da computação. Professores de Stanford deram aulas e acompanharam uma visita ao Computer History Museum, em Mountain View. “Além de conhecer o passado para entender melhor como o Vale do Silício se tornou uma referência tão importante, os alunos assistiram a aulas de temas como comunicação não verbal e de adequação de produtos a mercados específicos”, afirma Ikeda.

 

A data seguinte foi marcada por uma visita à Universidade de Santa Clara, a mais antiga instituição de ensino em atividade no estado. Ali, o foco se voltou para empreendedorismo social e modelos de negócios sustentáveis.

 

O dia, aliás, começou de forma marcante, como relata um dos alunos, o paranaense Fernado Sollak, diretor de Relações Humanas da TOTVS. “O café da manhã aconteceu no Buck’s Restaurant, em Woodside, um ambiente que já foi e ainda é conhecido por atrair muitos empreendedores da região para discutir negócios durante a primeira refeição do dia”, relata.

 

O penúltimo dia apresentou uma perspectiva diferente: o contato com quem financia startups, realizado dentro da Universidade da Califórnia em Berkeley. Quem conduziu as conversas foi o professor Rick Rasmussen, que tratou do ecossistema de inovação aberto desenvolvido na região, explicou como criar modelos escaláveis de impulso financeiro a empreendedores — e também guiou os alunos pelo Memorial Stadium, que tem capacidade para 62 mil pessoas e que desde 1892 abriga as disputas de futebol americano amador entre os times de Berkeley e Stanford, o California Golden Bears e o Stanford Cardinal.

Tamires Rocha: "Viagem representou uma conquista pessoal"Tamires Rocha: “Viagem representou também uma conquista pessoal”

 

Impacto para a carreira

 

“Durante essa visita, ficou claro para os alunos o quanto é desafiador investir em startups”, explica Raul Ikeda. “Como a programação da viagem deixou claro, o ambiente universitário é fundamental para o sucesso dos empreendimentos do Vale do Silício. Também chamou a atenção o quanto os professores, investidores e empresários são acessíveis, o quanto valorizam o networking. Foi um choque cultural muito grande e muito positivo.”

 

A viagem foi encerrada com um dia de visitas a diferentes empresas, incluindo as sedes de Google, Apple e Coupa Software, mais uma vez na companhia de Bret Waters. “Ter Bret acompanhando ao longo de todo o programa foi muito especial”, diz a pernambucana de 37 anos Tamires Rocha, head de Educação da VAI Academy, do Grupo Visagio. 

 

“Ele é muito simpático, representa muito bem o espírito empreendedor e nos apresentou diversas conexões que tinha, tanto de pessoas quanto de insights e de aprendizados”, reforça ela, que produziu um vídeo relatando a experiência e apontando pontos cruciais do ambiente empreendedor da região, como a baixa interferência do Estado e o incentivo a correr riscos, errando rápido e recomeçando com agilidade.

 

“Soube da Learning Journey quando fiz uma visita guiada no Insper. Foi nesse momento que escolhi fazer meu MBA na instituição”, diz ela. “Eu tinha uma expectativa de entender por que todos falam do Vale do Silício como berço da inovação e de respirar um pouco desse ambiente por meio das visitas às universidades e empresas. As aulas superaram minhas expectativas. Pude entender não apenas de onde vem a ‘magia’ do Vale do Silício, como também ter contato direto com professores especialistas nos temas que trouxeram. Foi muito inspirador”. 

 

Para Tamires, a experiência representou também uma conquista pessoal. “Venho de uma família humilde que saiu do interior para a capital de Pernambuco, e não imaginava as possibilidades de viagens internacionais para quem não tinha recursos naquela época. Minha versão de 15 anos não podia nem sonhar aonde eu chegaria hoje. Tenho muito orgulho do que consegui alcançar e sou muito grata às decisões dos meus avós e meus pais por priorizarem a educação da família. Hoje trabalho com educação e empreendedorismo e quero continuar impactando mais gente com as experiências que adquiri.”

 

 

Experiências diversas

 

Fernando Sollak, que tem 38 anos, também escolheu o curso do Insper precisamente porque lhe proporcionaria a possibilidade de conhecer a região. “Esse contato com as melhores práticas do Vale do Silício é muito importante para o estágio em que estou na minha carreira. Hoje sou desafiado a trazer um olhar diferenciado para a inovação”, diz ele.

 

A diversidade do grupo de alunos contribuiu para enriquecer a viagem. “Eu queria um curso diferenciado, que não tivesse apenas aulas expositivas. Procurava algo que poderia agregar de uma forma diferente na minha experiência profissional e pessoal. E me interessei por esta experiência porque o grupo tinha alunos de diferentes perfis. Pudemos gerar trocas e traduzir um pouco os desafios que acontecem no Vale do Silício para a realidade que acontece no Brasil”, diz.

 

A experiência já está provocando impactos positivos na rotina, relata. “Estou trazendo para meu dia a dia profissional muitos dos conceitos que vi lá. Percebo que minha formação se torna muito mais robusta com uma experiência internacional como essa. Saio dessa jornada um profissional mais completo, tive uma reciclagem importante. Sobretudo a troca com o grupo e com os professores de várias nacionalidades, gêneros e idades contribuiu muito para o meu crescimento profissional.”

 

Fernando Sollak: “Estou aplicando na prática muitos dos conceitos que vi na viagem”Fernando Sollak: “Estou aplicando na prática muitos dos conceitos que vi na viagem”


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