À medida que a rivalidade entre China e Estados Unidos se intensifica, e guerras se desdobram na Europa e no Oriente Médio, a estabilidade global se torna cada vez mais ameaçada. A geopolítica desempenha um papel crucial em diversos aspectos econômicos, podendo afetar o cenário do agronegócio brasileiro, influenciando diretamente a produção, o comércio e a competitividade do setor.
O Brasil, como grande produtor e exportador de commodities agrícolas, está sujeito a uma série de dinâmicas capazes de desencadear oportunidades e desafios. Por um lado, alianças estratégicas e acordos comerciais possibilitam abrir novos mercados e aumentar a demanda por produtos agrícolas brasileiros. Por outro, instabilidades políticas regionais ou disputas comerciais entre grandes potências podem resultar na adoção de barreiras comerciais, tarifas e restrições que prejudicam as exportações agrícolas do país. Assim, a compreensão e a análise cuidadosa da geopolítica são essenciais para que os atores do agronegócio brasileiro possam antecipar e mitigar riscos, ao mesmo tempo em que aproveitam as oportunidades emergentes no cenário global.
Para iluminar os desafios e consequências enfrentados pelo agronegócio diante desse cenário internacional instável, reunimos Christopher Garman, diretor para as Américas do Eurasia Group; Otaviano Canuto, do think tank New South Center e ex-diretor executivo do Banco Mundial; Caio Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag); Marcos Jank, professor sênior e coordenador do Insper Agro Global; e Julia Dias Leite, presidente do CEBRI.
18h30: Abertura
18h40 às 19h10: Fala dos Debatedores
19h10 às 19h40: Perguntas do moderador
19h40 às 20h: Perguntas do público e encerramento
Presidente da ABAG, conselheiro da Unica, Siaesp e Udop e membro do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp. É formado pela Esalq-USP, com pós-graduação em Agronomia e em Administração pela FEA-USP e pela Vanderbilt University.
Christopher GarmanDiretor para as Américas do Eurasia Group e também lidera a cobertura da empresa sobre o Brasil. Conta com graduação pela Grinnell College e doutorado em Ciência Política pela Universidade da Califórnia em San Diego.
Júlia Dias LeitePresidente do CEBRI, presidente do Conselho de Administração da Piemonte Holding, membro do Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp e do Conselho de Administração da Elea Digital. É formada em Direito pela Universidade Candido Mendes e mestre em Gestão de Negócios pela FGV.
Marcos JankProfessor sênior no Insper e coordenador do centro Insper Agro Global. É engenheiro agrônomo pela Esalq-USP, mestre em Política Agrícola em Montpellier, na França, e doutor em Administração pela FEA-USP.
Otaviano CanutoSenior Fellow no Policy Center for the New South e Nonresident Senior Fellow no The Brookings Institution e ex-diretor executivo do Banco Mundial e FMI. É economista pela UFS, mestre em Economia pela Concordia University e doutor em Ciência Econômica pela Unicamp.