No mês de março, o professor Rodrigo Moita foi promovido ao cargo de professor associado, o segundo nível hierárquico mais alto da carreira de pesquisador, antes apenas de titular. Contaram para a promoção seu desempenho como professor e como pesquisador, especialmente, pela publicação do artigo Political price cycle in regulated industries: Theory and evidence, no American Economic Journal: Economic Policy, jornal acadêmico da Associação Americana de Economia. Moita recebeu, em 2012, o prêmio George Stigler de Excelência em Pesquisa, oferecido pelo Insper, que reconhece os melhores trabalhos de pesquisa publicados pelos professores da escola.
Produzido em coautoria com Claudio Paiva, da Universidade do Estado da Califórnia (EUA), o artigo avaliou o comportamento de preços regulados, da gasolina e da energia elétrica, em época de eleição no Brasil. De acordo com os resultados da pesquisa, quando há eleição, os preços caem ou pelo menos não sobem. Depois do pleito, recuperam a defasagem e voltam a subir. Foram analisados dados de 1969 a 2008 para gasolina e de 1963 a 2009 para energia.
“Identificamos que é uma forma do governo agradar o consumidor e não uma medida macroeconômica para controlar a inflação”, explica Moita. O artigo foi premiado na edição do ano passado do prêmio George Stigler, que o Insper oferece em reconhecimento aos melhores trabalhos de pesquisa publicados por professores.
Outro aspecto importante considerado na promoção dos professores é sua contribuição institucional. Como coordenador do Programa de Estudos Avançados (PEA) desde sua criação, em 2008, Moita é responsável por moldar e aperfeiçoar a atuação do grupo de pesquisa, formado por alunos de administração e economia. O programa segue o mesmo modelo do PET, Programa de Educação Tutorial, oferecido pela Capes, em que os alunos se dedicam, durante um ano, à pesquisa e produção de um artigo acadêmico.
“É muito bom trabalhar com os alunos porque eles gostam e se empolgam com as mesmas coisas que me empolgam”
No caso do mestrado, a contribuição foi ainda maior que isso. Há dois anos, um aluno que buscava orientação para sua dissertação tinha uma proposta de tema que não estava exatamente na área de especialização do professor. “Ele queria estudar o trânsito e políticas públicas que favorecem ou não o uso do carro. Não era minha especialidade, mas como eu conhecia diversos trabalhos sobre o tema, achei interessante e fiz a orientação”. Desde então, Moita vem estudando o tema e já produziu, em coautoria com Carlos Lopes, um artigo originado da dissertação apresentada em janeiro do ano passado, na conclusão do mestrado.
Março/2014