Realizar busca
test

Aluna da Engenharia aprimora coleta de dados do Insper Metricis

O projeto de iniciação científica de Livia Brigido, orientado pelo professor Sandro Cabral, está ajudando os pesquisadores a obter acesso à informação sobre parcerias público-privadas

O projeto de iniciação científica de Livia Brigido (foto), orientado pelo professor Sandro Cabral, está ajudando os pesquisadores a obter acesso à informação sobre parcerias público-privadas

 

Leandro Steiw

 

O projeto de iniciação científica da aluna Livia Brigido do Nascimento, do sétimo semestre de Engenharia Mecatrônica, está ajudando o Insper Metricis a padronizar as informações sobre parcerias público-privadas (PPP) no Brasil. Ela está aplicando conhecimentos em machine learning para montar uma base de dados de contratos de concessão administrativa e patrocinada, assinados pela administração pública com empresas privadas. A base servirá para as dissertações e teses desenvolvidas pelos pesquisadores do núcleo do Insper, diz o professor Sandro Cabral, do comitê consultivo do Metricis, que orienta a iniciação científica de Livia. O trabalho faz parte de um projeto de integração entre alunos de graduação e pós-graduação e de pesquisa de ponta, por meio do Mestrado em Políticas Públicas (MPP) e do Metricis.

A tarefa já está contribuindo para um estudo sobre o papel das agências reguladoras na dinâmica de renegociação de contratos, da pesquisadora Thaís Azevedo dos Santos, aluna do Mestrado em Políticas Públicas (MPP) do Insper, orientada por Cabral. “As informações que compõem a base de dados são públicas, porque os governos têm a obrigação de dar transparência aos seus atos e decisões, mas esses dados estão pulverizados na internet, uma vez que cada ente público possui sua plataforma própria para dar transparência às informações”, explica Thaís.

Não existe padronização nas informações divulgadas em portais da transparência, diários oficiais, sites de secretarias e ministérios. A mestranda analisa como o arcabouço regulatório pode influenciar a execução dos contratos de parcerias público-privadas.

Para os pesquisadores que dependem de dados completos, a busca pode se tornar exaustiva. O projeto de iniciação científica está aprimorando a coleta desses conteúdos, que normalmente é feita por ferramentas de web scraping, a chamada raspagem de rede. Ainda há bastante trabalho manual, que consiste na leitura de notícias ou no envio de e-mails para a administração pública, amparados pela Lei de Acesso à Informação. Os resultados costumam ser satisfatórios, mas algumas lacunas se abrem devido à falta de padrão entre as informações de sites e secretarias.

Com o projeto “Melhoria no acesso à informação pública: a aplicação de um sistema integrado para obtenção, armazenamento e visualização do Mercado Nacional de PPPs e Concessões”, pretende-se melhorar a filtragem por meio de técnicas de machine learning. É um passo à frente no trabalho implementado pelos bolsistas de pesquisa anteriores. Segundo Livia, as frentes de machine learning e web scraping se ajustam ao objetivo final de montar uma base de dados com todos os contratos disponíveis e a possibilidade de atualização.

Livia, que é aluna bolsista e participou anteriormente de um projeto para coletar informações sobre a fome na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, onde sempre morou com a família, recorda a surpresa de receber uma oportunidade para trabalhar com atividades vinculadas à pesquisa acadêmica: “Lembro-me de que recebi um e-mail do Metricis, falando sobre o processo de seleção e que eu havia sido recomendada por um professor, e decidi saber mais sobre a experiência de assistente de pesquisa. Descobri que as tarefas da Engenharia eram diferentes das executadas pelo pessoal de Administração, Economia, Direito ou outras áreas. No meu caso, entraríamos um pouquinho mais na parte técnica. E, nos primeiros meses, tive a ajuda da assistente de pesquisa que veio antes de mim para entender o foco do projeto”.

As bolsas de iniciação científica permitem aos estudantes aprofundarem as lições do curso. “O primeiro ponto é a aplicação dos conteúdos na prática, fora do contexto controlado da sala de aula”, diz Livia. “No mundo real, precisamos pensar nas ferramentas que estamos usando, entender se são úteis para o problema e tentar integrá-las a cada situação real. Neste projeto, também aprendi sobre o contexto das PPPs com os pesquisadores do Metricis. Acho que vou levar essa interação tanto para a minha vida profissional quanto pessoal. São conhecimentos que ultrapassam a barreira do presente.”

 

Este website usa Cookies

Saiba como o Insper trata os seus dados pessoais em nosso Aviso de Privacidade, disponível no Portal da Privacidade.

Aviso de Privacidade

Definições Cookies

Uso de Cookies

Saiba como o Insper trata os seus dados pessoais em nosso Aviso de Privacidade, disponível no Portal da Privacidade.

Aviso de Privacidade