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Insper e IPT realizam programa para unir cientistas e especialistas em negócios

Primeira edição do Programa de Matchmaking de Empreendedores reuniu 17 startups de base científica e 64 alunos e ex-alunos. Os primeiros resultados para alavancar empresas começam a aparecer

Primeira edição do Programa de Matchmaking de Empreendedores reuniu 17 startups de base científica e 64 alunos e ex-alunos. Os primeiros resultados para alavancar empresas começam a aparecer

 

Michele Loureiro

 

Fazer a ponte entre cientistas e profissionais técnicos com especialistas em negócios e empreendedorismo para alavancar startups disruptivas. Esse foi o principal objetivo da primeira edição do Programa de Matchmaking de Empreendedores, realizado pelo Hub de Inovação e Empreendedorismo do Insper em parceria com o Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT).

Finalizado em novembro, o programa, com pouco mais de três meses de duração, contou com a participação de 17 startups early stage (em estágio inicial) focadas em inteligência artificial e biotecnologia, selecionadas pelo IPT, e de 64 alunos e ex-alunos do Insper. A lógica foi unir cientistas, programadores e outros profissionais com alta competência técnica, que estão desenvolvendo seus produtos e não possuem como sócio alguém de negócios com potencial empreendedor.

“O resultado foi muito positivo e praticamente metade das startups registra avanços de vários tipos, desde a contratação de alunos e ex-alunos, mentoria e até mesmo conversas avançadas para compor sociedade”, diz Thomaz Martins, coordenador de Empreendedorismo do Hub do Insper.

A ideia do programa surgiu de um constante movimento por busca de inovação feito pelo Hub. “Estamos sempre nos aproximando de atores que trabalham com inovação disruptiva e tecnologia. Nós nos conectamos com o IPT e percebemos essa dificuldade com a visão de negócios em algumas pessoas mais técnicas. Por outro lado, no Insper temos pessoas com formação em negócios e experiência no mercado, com vontade de empreender, mas que não têm total domínio técnico para criar uma tecnologia disruptiva. Percebemos que eram conhecimentos complementares e tivemos a ideia de criar um programa para juntar esses perfis”, explica Gabriela Ortigossa, responsável pela execução do programa.

Para ela, trata-se de complementaridade: uma startup de base tecnológica precisa de alguém de gestão para fazer sucesso. “Por isso, pensamos em maneiras de unir as duas frentes e, junto com o IPT, fizemos uma seleção baseada em motivação para empreender. Coletamos informações como formação, experiências no mercado, áreas de atuação e propósito. Fizemos um pré-matching e juntamos as pessoas que mais faziam sentido.”

Com as conexões direcionadas, os participantes do programa receberam uma sugestão inicial de conversa, em que cada startup deveria falar com três alunos ou ex-alunos do Insper. O primeiro passo foi um encontro virtual, que contou com uma palestra sobre formação de times e sociedade. “Demos cerca de um mês para eles conversarem e acompanhamos todo o processo. Depois, fizemos o evento presencial para ampliar ainda mais as conexões. Nessa rodada de conversas ao vivo, todos tiveram contato. Por último, tivemos um novo encontro online para analisar os avanços e aprendizados”, explica Martins.

 

Resultados práticos do programa

Durante o processo, oito startups avançaram nos relacionamentos com alunos e ex-alunos do Insper. Cinco delas estão recebendo acompanhamento contínuo, fazendo mentoria e têm o potencial de contratar os profissionais formados na escola. Em uma delas, isso já é realidade e o executivo está ajudando a empresa a submeter um projeto na Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) em busca de recursos para fomento do negócio.

Em outras duas startups, as negociações estão avançadas para a formação de sociedade. “Ficamos felizes com os resultados. Foi uma oportunidade valiosa de encontros, já que, provavelmente, essas pessoas não se relacionariam no dia a dia”, diz Martins.

A expectativa é que haja continuidade do Programa de Matchmaking de Empreendedores em 2024. Segundo Martins, esse projeto-piloto ajudou o Insper e o IPT a compreenderem as oportunidades dos encontros. “Agora vamos analisar, entender o que funcionou, para aprender com esses elementos e criar um programa ainda mais estruturado para o próximo ano. A ideia é fazer novos ciclos e fomentar esses encontros para que todo ecossistema brasileiros cresça e tenhamos cada vez mais startups disruptivas baseadas em estruturas com complementaridade entre os sócios”, afirma Martins.

 

organizadores. Da esquerda para direita: Luciano Avallone (IPT), Thomaz Martins (Insper), Gabriela Ortigossa (Insper) e Jorge Costa (IPT)
Os organizadores: Luciano Avallone (IPT), Thomaz Martins (Insper), Gabriela Ortigossa (Insper) e Jorge Costa (IPT)

 

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