As dicas são da professora Priscila Claro, que lidera o Núcleo de Estudos em Sustentabilidade e Negócios do Insper

 

 

Tiago Cordeiro

 

Depois de meses de fechamento dos espaços públicos, passando por uma reabertura gradual, os parques de São Paulo vêm sendo redescobertos. Ao todo, a cidade abriga 106 áreas públicas, que oferecem uma série de atividades. São, talvez, o espaço urbano mais conectado aos conceitos de sustentabilidade e ESG.

Quando se trata de sugerir dicas de passeios na capital paulista que conciliem as mais diversas atividades, para moradores de todos os perfis, com uma pegada sustentável, a professora Priscila Claro é uma fonte das mais confiáveis. Afinal, são 16 anos contribuindo para difundir práticas sustentáveis — ela está no Insper desde 2006.

Atualmente, Priscila ministra disciplinas nas áreas de Estratégia, Sustentabilidade e Negócios Sociais. Desenvolve consultoria e pesquisa nas áreas de sustentabilidade e responsabilidade corporativa, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, bem como relatórios de sustentabilidade no padrão GRI. Também lidera o Núcleo de Estudos em Sustentabilidade e Negócios e é uma das idealizadoras do Programa Avançado em Sustentabilidade.

 

 

Parques urbanos

A primeira dica da professora é visitar o Parque Ibirapuera. “É o local ideal para conciliar natureza, esporte e diversidade”, diz Priscila. De fato, o parque de 158 hectares concilia espaços de lazer, áreas para a realização de atividades físicas e acolhimento da população em geral — e também museus, auditório e marquise, concebidos pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

Antiga aldeia indígena, depois transformada em espaço para pasto e plantio, foi transformada em parque em 1954, seguindo um projeto desenhado na década de 1920 pelo então prefeito José Pires do Rio, que idealizou para São Paulo um espaço semelhante ao Central Park de Nova York, ao Hyde Park de Londres e ao Bois de Boulogne de Paris.

Já para fazer caminhadas, ter contato com a natureza e realizar piqueniques, interagindo com o ambiente, a professora recomenda o Jardim Botânico, que surgiu em 1928 e conta com 143 hectares, incluindo o Instituto de Botânica, com uma biblioteca de 6.400 livros, e o Museu Botânico, com mostras de plantas da flora brasileira. O local também abriga o marco das nascentes do riacho Ipiranga.

 

Vila histórica

“Um tour por Paranapiacaba ajuda a entender o papel do transporte ferroviário no desenvolvimento do país”, diz a professora. A vila fica no alto da Serra do Mar e foi construída pela São Paulo Railway para abrigar seus funcionários da concessão da estrada de ferro Santos-Jundiaí, iniciada em 1860.

O acervo histórico cultural, arquitetônico, industrial, tecnológico e ambiental é tombado pelos conselhos de patrimônio federal, estadual e municipal. Hoje um distrito do município de Santo André, Paranapiacaba recebe mais de 250 mil visitantes por ano e oferece dezenas de atrações, desde passeios ecológicos até locais preservados do século 19, como a Igreja Bom Jesus de Paranapiacaba, o Museu Castelo e o antigo Mercado de Secos e Molhados.

 

 

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SERVIÇO

* Parque Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral – Vila Mariana. Aberto diariamente das 5h às 23h. (www.ibirapueraparque.com.br)

 

* Jardim Botânico – Av. Miguel Estéfano, 3.031. Aberto diariamente das 9h às 17h. (www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/parques-e-reservas-naturais/jardim-botanico/)

 

* Paranapiacaba – Fica a 30 km do centro de Santo André, na Grande São Paulo. A maior parte das atrações fica aberta de 9h a 16h.  (www2.santoandre.sp.gov.br/index.php/paranapiacaba)