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Webinar no Insper debateu os desafios e os dilemas da alta gestão

Três executivos, líderes em seus mercados, discutiram as mudanças no modelo de negócios e seus impactos na rotina das organizações

Três executivos, líderes em seus mercados, discutiram as mudanças no modelo de negócios e seus impactos na rotina das organizações

 

Tiago Cordeiro

 

“Há uma série de condições de contexto que estão levando as empresas a repensar seus modelos de negócio, a trazer para a agenda questões que são centrais, como o ESG. A construção do futuro, neste momento, passa por um conjunto de incertezas que exige uma disciplina estratégica e financeira e um olhar que amplie como a gente vê geração de valor.”

Esse é o panorama geral do ambiente corporativo, segundo a professora do Insper Leni Hidalgo Nunes. Foi para apresentar esse cenário, do ponto de vista de executivos líderes em seu mercado de atuação, que o Insper realizou no dia 15 de março o webinar “Desafios e Dilemas para a Alta Gestão”.

O encontro, disponível online, contou com mediação de Leni, que é psicóloga formada pela Universidade de São Paulo e tem mestrado e doutorado em Administração pela Université de Pau et des Pays de L’Adour, na França. Com o objetivo de entender como os líderes estão agindo diante dos dilemas da posição, por meio de uma gestão consciente, criativa e transformadora, a live se organizou em quatro pilares: um olhar para o contexto, a descrição do que está no radar para a construção do futuro, a descrição das transformações que o futuro demanda e, por fim, um debate sobre como garantir a execução de todas essas novas ações.

 

Ecossistemas e ESG

Participaram do evento Rogério Zampronha, CEO da Prumo Logística, Leonardo Byrro, CEO da Viveo, e João Nery, sócio, fundador e presidente da DP Real Estate & Asset Management.

A respeito do contexto que provoca mudanças nos modelos de negócios, Byrro lembrou que a formação de ecossistemas é uma estratégia crucial. E fez um alerta. “A diferença entre conglomerados e ecossistemas é tênue, mas muito importante. Você pode formar uma holding, mas, se os parceiros não se conversam, ela não é um ecossistema”. Na Viveo, disse ele, essa interação é intensa. “Com os investidores, fazemos movimentos de geração de ideias e cocriação. Em relação aos prestadores de serviços, levamos nossos times para dentro dos clientes, para fazer uma imersão e identificar as dores”, afirmou.

Outra demanda do momento, com grande impacto para as práticas das organizações, a agenda ESG dialoga com as vantagens de implementar ecossistemas. “Para nós, a agenda ESG é absolutamente vital”, afirmou Zampronha. “Ela possibilita criar e definir um conjunto de regras que regulam a ação da companhia e do ecossistema em que ela está inserida. Também regula a visão da contribuição da organização para a sustentabilidade do negócio.”

Por sua vez, João Nery lembrou que o momento da economia global, caracterizado por incertezas geopolíticas e pela alta da inflação, amplia ainda mais a relevância de investir na gestão financeira. “A inflação é um problema mundial e exige planejamento estratégico mais criterioso. Muitas empresas, de diferentes setores, ainda utilizam mal os ativos de crédito e acesso a capital, que poderia contribuir para proporcionar maios resiliência, além de usar o ativo da empresa para criar valor.”

 

Nova cultura

Nesse contexto, como fica a cultura corporativa? “Temos trabalhado a questão de ter um sonho em comum”, respondeu o CEO da Viveo. “Mudar a cultura não significa mudar os valores da empesa. Temos muita clareza sobre aonde queremos ir”, disse Byrro.

A cultura e a resiliência, tanto financeira quanto estrutural, baseada em parcerias criativas e ações em ESG, diferenciam as empresas de sucesso, mesmo nos períodos mais difíceis, argumentou o CEO da Prumo Logística, que citou o caso do Magazine Luiza. “As ações da empresa já foram negociadas a R$ 27,34 e hoje valem R$ 4,27 reais. O cenário externo penalizou a companhia. Mas ela continua sendo uma empresa excepcional, seja a R$ 4 ou a R$ 27.”

De sua parte, o presidente da DP Real Estate & Asset Management disse que a cultura se constrói com relações presenciais, e que definir a melhor rotina de trabalho é um desafio. “É difícil fazer cultura 100% no remoto. Esse é um dilema com que a liderança precisa lidar: os colaboradores e gestores querem o remoto, mas também querem proximidade.”

 

Módulo internacional em Harvard

Para quem deseja se aprofundar nesses temas, o Insper mantém um programa duplo, para dois públicos específicos, donos e CEOs e top managers. Com quatro módulos, sendo um realizado dentro da universidade americana, o Owners and Presidents Program (OPP) e o Top Management Program (TMP) são cursos internacionais imersivos e com um olhar prático para as questões que podem diferenciar as empresas de sucesso do futuro.

Para assistir à integra do evento Desafios e Dilemas para a Alta Gestão, clique aqui.

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