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Na Semana do Meio Ambiente, Insper discute a prática do ESG no mundo dos negócios

Webinar reuniu especialistas no tema da sustentabilidade empresarial para discutir como os conceitos do ESG podem se tornar uma realidade nos negócios

Webinar reuniu especialistas no tema da sustentabilidade empresarial para discutir como os conceitos do ESG podem se tornar uma realidade nos negócios

Comemorado em 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente marcará o ápice de uma semana de eventos e atividades para fomentar a discussão de políticas e práticas de defesa ambiental e social. O Insper realizou, na terça-feira, 1 de junho, o webinar “ESG na prática: o que falta para ser realidade nos negócios“. 

O evento teve como tema a aplicação prática do conceito de Environmental and Social Governance, que levanta ações sustentáveis, tanto no campo ambiental quanto no social, possíveis dentro do universo do investimento financeiro e da governança empresarial. 

A mediação do encontro foi de Luiz Vieira, professor do Insper, que recebeu Priscila Claro, líder do tema de Sustentabilidade no Insper, Claudia Sender, membro dos conselhos de administração das empresas Embraer, Gerdau, LafargeHolcim e Telefônica, e Marta Pinheiro, diretora de ESG no grupo financeiro XP Inc. 

Crescimento do ESG 

Embora o termo ESG tenha ganhado bastante destaque nos últimos anos, ele se relaciona a outros conceitos já discutidos há muito tempo, como sustentabilidade corporativa, responsabilidade social, valor sustentável, valor compartilhado, capitalismo consciente, entre outros. Se pesquisarmos na internet, vamos achar um monte de outras palavras e termos que se referem a abordagens parecidas.  

Para a professora Priscila Claro, que estuda o tema há anos, o ESG funciona como um guarda-chuva para conectar esses diferentes temas, reunindo abordagens e ferramentas que são usadas desde, pelo menos, a década de 1950. O grande desafio hoje não é olhar para o entendimento desses conceitos, mas está muito mais relacionado à implementação de gestão. De acordo com ela, a implementação desse planejamento estratégico não é trivial. 

Uma das dificuldades enfrentadas para a aplicação do ESG na prática é desenvolver nos gestores a competência de transmitir para todos os membros da empresa a compreensão de que eles fazem parte das transformações necessárias. “Se a gente não colocar o indivíduo como centro dessas mudanças de comportamento, para ele entender porque aquilo é importante, a mudança não vai acontecer”, afirma Priscila. 

Governança corporativa 

As três convidadas do evento levantaram a importância da governança corporativa como forma de tornar a estratégia de sustentabilidade palpável nas empresas, ressaltando que os conselhos administrativos são os órgãos máximos de observância, manutenção e gestão da governança de uma companhia.  

Claudia Sender, que faz parte dos conselhos de algumas das maiores empresas brasileiras, salienta que não cuidar do ESG é mais custoso para uma companhia do que adotar as medidas corretas e que, a médio e longo prazo, a conta chega. 

Fechar a porta para empresas que são poluentes ou que não são responsáveis socialmente é uma estratégia ruim, na visão de Claudia, pois não é possível existir avanço de qualidade de vida para as populações que vivem abaixo da linha da miséria sem o diálogo com essas empresas e sem mudança de suas práticas.  

“A pergunta é como promover essa transição de forma responsável, fazendo com que as empresas que se beneficiam financeiramente dessas práticas se responsabilizem também pela remediação delas, ajudando as pessoas a ter um outro nível de qualidade de vida”, diz Claudia. 

Investimentos sustentáveis 

O ESG nasceu dentro do setor financeiro, com o objetivo de trazer essas características ambientais, sociais e de governança para uma avaliação de risco. Marta Pinheiro, que faz esse tipo de análise dentro do mercado financeiro, considera que esses são fatores que impactam diretamente o negócio e hoje influem no valor das empresas. 

“Se o mercado de investimento passa a considerar ESG na sua alocação, ou seja, na forma de investir o dinheiro, isso é muito poderoso, porque aí você consegue direcionar o que o seu dinheiro está incentivando e financiando”, diz Marta. “Se quer falar com seu consumidor, com seu investidor, ter presença de mercado, você precisa cada vez mais comunicar essas práticas.” 

ESG no Insper 

Dentro da escola, o tema da sustentabilidade ambiental e social tem sido fortemente debatido, não apenas em sala de aula, mas também entre as práticas institucionais e corporativas.  

O professor Luiz Vieira citou como exemplo o Programa de Bolsas criado pelo Insper. Ele é totalmente financiado por doações de pessoas físicas e jurídicas, restituição de bolsistas já formados e transferência de renda dos cursos de Graduação. Atualmente, o programa apoia mais de 300 alunos promovendo o acesso ao ensino e à geração de conhecimento. 

Leia nossa reportagem sobre as iniciativas de ESG promovidas pelo Insper 

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