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Insper e CCR lançam Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável

Iniciativa inédita no país vai coletar dados de fontes públicas e privadas para produzir pesquisas e análises que possibilitem melhores tomadas de decisão no setor

Iniciativa inédita no país vai coletar dados de fontes públicas e privadas para produzir pesquisas e análises que possibilitem melhores tomadas de decisão no setor

 

Construir um banco de dados robusto sobre os sistemas de mobilidade urbana nas maiores cidades brasileiras e entregar para a sociedade estudos baseados em dados e evidências, possibilitando uma melhora qualitativa no processo de tomada de decisão. É esse o objetivo do Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável, lançado no dia 4 de setembro pelo Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper e pela CCR, maior empresa de infraestrutura de mobilidade do país.

A iniciativa — inédita no Brasil — terá como base a coleta de dados sobre transporte, segurança viária e outros aspectos relacionados ao tema. A proposta é contribuir para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos ao fornecer análises precisas sobre o setor e servir como referência para governantes. Além disso, o Observatório – que será coordenado pelo Núcleo de Mobilidade Urbana do Laboratório e terá o apoio do Centro de Ciência de Dados do Insper — promoverá cursos, seminários e debates, almejando uma mobilidade urbana inclusiva e sustentável.

“A missão do Insper é transformar o Brasil formando líderes e gerando conhecimento aplicável, e isso tem tudo a ver com o novo Observatório”, disse Guilherme Martins, presidente do Insper, na abertura do evento de lançamento da parceria, na sede da escola, em São Paulo. “O Observatório visa fornecer dados, informações e conhecimento para pesquisadores do Insper e para a sociedade em geral, contribuindo para a melhoria do Brasil e aprimorando a tomada de decisões”, sublinhou Martins.

Tomas Alvim, coordenador-geral do Laboratório Arq.Futuro, ressaltou a relevância de uma abordagem multidisciplinar para solucionar os complexos desafios das cidades brasileiras. Ele frisou que o Laboratório, criado em 2019, é composto por diferentes núcleos, cada qual coordenado por especialistas com diversas formações, como direito, medicina, arquitetura e políticas públicas. “O Observatório é resultado da confiança conquistada pela competência e pela qualidade dos coordenadores do Laboratório. Trata-se de um espaço onde a excelência acadêmica do Insper se alia à liberdade intelectual, priorizando o uso de dados e evidências na formulação de políticas urbanas.”

 

Relevância

A CCR fornecerá ao Observatório dados operacionais de suas operações de transporte público. Tornado público, esse material será utilizado como fonte para produção de pesquisas e análises sobre temas como eficiência operacional, segurança e acessibilidade.

“Como uma empresa que opera na confluência entre o setor privado, a academia e o governo, a CCR deseja ser uma parte ativa desse diálogo. Estamos empenhados em contribuir com nossa experiência e dados para promover uma vida mais sustentável nas cidades e melhorar a qualidade de vida da população brasileira e de outros países”, disse Miguel Setas, presidente do Grupo CCR.

Com atuação em 13 estados brasileiros, a companhia opera serviços de transporte público, incluindo metrôs, trens, VLT e barcas, com um fluxo diário de 3 milhões de passageiros. É responsável pela gestão e manutenção de 3.615 quilômetros de rodovias e atua também no segmento de aeroportos, com 20 terminais na América Latina (17 deles no Brasil), que atendem mais de 40 milhões de clientes anualmente.

Ao enfatizar a importância da parceria com o Insper, Setas lembrou que a cidade de São Paulo figura entre as maiores metrópoles do planeta, atrás apenas de quatro aglomerados urbanos localizados na Ásia — Tóquio (Japão), Xangai (China), Déli (Índia) e Dacca (Bangladesh). Isso significa, de acordo com Setas, que qualquer conhecimento gerado pela capital paulista assume grande relevância, dada a complexidade dos desafios relacionados à mobilidade urbana e à logística. “As soluções concebidas aqui têm o potencial de alcançar projeção internacional”, observou Setas. “Queremos colaborar para que o Observatório tenha competência técnica, encontre as melhores práticas e exporte conhecimento para o mundo”, concluiu.

 

Como vai funcionar

O advogado Sérgio Avelleda, coordenador do Núcleo de Mobilidade Urbana do Laboratório Arq.Futuro de Cidades, explicou quais serão as primeiras ações do Observatório: “O primeiro passo crucial será estabelecer parcerias com diversas fontes de dados, incluindo municípios, estados, empresas privadas e operadores de transporte por aplicativo, além de plataformas que monitoram as condições de tráfego. Nosso objetivo é criar uma extensa rede de colaboradores que sejam fornecedores de dados e informações de alta qualidade”, destacou Avelleda. “Em seguida, processaremos esses dados em uma infraestrutura de hardware e os traduziremos em formatos acessíveis aos pesquisadores, que também serão recrutados como parte dessa iniciativa.”

Para Avelleda, o Observatório vem preencher uma lacuna no cenário brasileiro em relação à mobilidade urbana e à disponibilidade de dados confiáveis. Ele apontou que um dos maiores gargalos atuais do transporte público no Brasil diz respeito ao financiamento. “O número de usuários teve uma queda significativa durante a pandemia. Hoje, as contas não fecham mais nas cidades e há escassez de recursos”, afirmou. “Suponha que o governo federal queira transferir recursos para as cidades para subsidiar o transporte público. Como ele não possui informações precisas sobre a demanda nem mesmo nas principais cidades, não tem meios eficazes de distribuir recursos de maneira equitativa. Queremos resolver esse problema, para que o governo federal possa acessar facilmente os dados de transporte público nas principais cidades brasileiras e tomar decisões informadas.”

 

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