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“Em países pobres, em geral, pessoas que vivem em cidades são mais felizes”

Para Edward Glaeser, professor da Universidade Harvard, os ambientes urbanos permitem concentrar recursos e promover encontros, mas precisam se tornar mais igualitários

Seminário Internacional de Inovação: palestra de Edward Glaeser

Para Edward Glaeser, professor da Universidade Harvard, os ambientes urbanos permitem concentrar recursos e promover encontros, mas precisam se tornar mais igualitários

 

Tiago Cordeiro

 

Durante quatro dias, de 25 a 28 de outubro, o Insper levou ao público, gratuitamente pela internet, o Seminário Internacional de Inovação, uma iniciativa dedicada a promover a troca de conhecimentos e de melhores práticas, conectando diferentes atores do ecossistema global de inovação: escolas e empresas, pesquisadores e executivos, de todo o mundo.

O evento abordou a cultura da inovação, as aplicações da inovação em saúde, o futuro da inovação — e também o impacto em mobilidade e urbanismo, tema de três sessões, com duração de 1h15 cada e que abordaram diversos aspectos da vida nas metrópoles, seus desafios e as possíveis soluções.

Os três encontros foram organizados pelo Laboratório Arq.Futuro de Cidades, que atua de maneira integrada aos programas educacionais e centros de pesquisa existentes no Insper, formando uma plataforma interdisciplinar que oferece grande liberdade para a reflexão e o estabelecimento de múltiplas associações, criando um ambiente propício ao aprendizado, à pesquisa e à inovação.

 

Fenômeno crucial

Uma das sessões, “Equality in the Economic Development of Cities”, contou com a participação de Edward Glaeser, professor de Economia da Universidade Harvard, conhecido pelo livro O Triunfo da Cidade.

Em sua apresentação, Glaeser lembrou que as cidades são uma das invenções mais importantes da história da humanidade, pois permitem aglomerar pessoas, concentrando recursos e promovendo encontros sociais e profissionais com grande eficiência.

“O crescimento de metrópoles em países pobres é um dos fenômenos mais importantes da atualidade”, lembrou Glaeser. “A relação entre a urbanização nos anos 1960 e o crescimento econômico do planeta é conhecida. Em países pobres, em geral, pessoas que vivem em cidades são mais felizes do que as que habitam zonas rurais”, observou.

“O mundo está se tornando ainda mais urbano, e esta é uma boa notícia, tanto para os moradores destes espaços quanto para as pessoas dedicadas a produzir soluções que gerem qualidade de vida.”

 

Cuidado com as pessoas

Glaeser também afirmou que, a partir da pandemia da covid-19, a visão das pessoas sobre as cidades mudou, porque foi nelas que a doença se disseminou mais rápido. “Precisamos criar algo como a Otan para a saúde, um órgão global capaz de monitorar doenças, criar vacinas, com países mais ricos investindo nos mais pobres, investindo em tecnologias de monitoramento.”

Ainda assim, reforçou Glaeser, “as cidades são resilientes, superaram ao longo do tempo crises piores do que a provocada pela covid-19 e vão continuar vencendo outros desafios no futuro. Mas elas precisam avançar na direção de reduzir as desigualdades sociais”. Ou seja, estes espaços precisam caminhar para se tornar mais igualitários e capazes de proporcionar maior qualidade de vida, para todos.

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