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No segundo semestre de 2023, Luciana Arjona, gerente sênior do Centro de Dados e IA do Insper, Suelane Garcia, coordenadora técnica do centro e Data Protection Officer (DPO) do Insper, e André Filipe M. Batista, ex-coordenador técnico da instituição e atual CTO e CIO do Insper, visitaram as instalações da Universidade de Aberdeen, na Escócia. Conheceram pessoalmente o Grampian Safe Haven (DaSH), um dos cinco ambientes confiáveis de pesquisa daquele país.

 

Quase um ano depois, foi a vez de o Insper receber em São Paulo duas lideranças de Aberdeen: Katie Wilde e Sharon Gordon conheceram as instalações e participaram de uma agenda produtiva, que incluiu a participação na terceira edição da Semana de Ciência de Dados.

 

Assim, consolidam ainda mais uma parceria que tem colocado o Insper no caminho de receber um feedback externo, altamente qualificado, das ações de seu centro de dados, que em abril completou dois anos de existência. A análise seguiu o Standard Architecture for Trusted Research Environments (SATRE), uma metodologia de avaliação de governança de dados para pesquisa utilizada na universidade escocesa.

 

“Temos processos organizados e seguros. Buscávamos uma validação, um olhar de quem vê de fora, no âmbito do processo. E assim buscamos oportunidades de melhoria, num momento de crescimento acelerado do centro”, diz Arjona. “Essa interação nos permite conhecer a fundo a experiência de profissionais que fazem esse trabalho há muito tempo e de forma pioneira”, afirma Garcia.

 

“Fomos muito bem recebidas. Foram dias ocupados e muito produtivos”, diz, por sua vez, Katie Wilde, diretora de Pesquisa Digital na Universidade de Aberdeen, que liderou a criação do DaSH. “Desde 2012, trabalhamos com esse sistema de segurança de dados. Somos responsáveis por promover um ambiente seguro de dados em saúde, que garanta que as pesquisas possam se desenvolver da forma mais produtiva, preservando a integridade dos dados, e estamos dispostos a compartilhar nossa experiência com outros centros de referência.”

 

Sharon Gordon, coordenadora de pesquisa da universidade escocesa, tem atuado para coordenar as interações institucionais com os colegas brasileiros, conectando grupos de pesquisa. “O contato com os pesquisadores do Insper tem sido muito produtivo, a atmosfera é de alto engajamento. Estamos impressionadas com o comprometimento do time brasileiro, a velocidade para apresentar resultados”, diz.

 

Parceria pela consolidação

 

Quando um pesquisador busca um centro de dados para solicitar informações, ele costuma seguir uma série de procedimentos. Apresenta sua credencial e a de sua instituição, descreve os objetivos de seu estudo e detalha de que informações vai precisar, e como elas serão utilizadas. 

 

Enfim, ele recebe uma devolutiva, que, via de regra, não apresenta detalhes que possam comprometer a segurança de dados sensíveis. Nomes, por exemplo, são ocultados ou trocados. Nem sempre as tabelas de dados são entregues na íntegra — muitas vezes é preciso apontar quais linhas ou colunas serão de fato necessárias. Dependendo do quanto as informações são sensíveis, o acadêmico pode ter que acessá-las dentro de salas seguras, onde não é possível entrar com bolsas e dispositivos eletrônicos, nem sair com anotações próprias em papel. 

 

O processo pode parecer difícil e longo, mas tende a beneficiar a todos os envolvidos. As instituições que fornecem os dados contribuem com a sociedade com a garantia de que o manejo vai seguir procedimentos rigorosos de segurança. Os pesquisadores, por sua vez, encontram maior facilidade até mesmo para buscar financiamento, já que o rigor com a coleta e o uso de informações se tornou pré-requisito.

 

Já os centros de armazenamento de dados vivem uma era de ampla expansão e consolidação. Há cada vez mais dados disponíveis, assim como demandas cada dia maiores pela segurança. E foi precisamente nesse contexto que o Insper buscou profissionais experientes, preparados para atuar com dados de saúde, especialmente sensíveis, para validar sua própria proposta de valor — que passa pela instalação recente de uma sala segura.

Luciana Arjona, Suelane Fontes, Sharon Gordon, Katie Wilde, Rodrigo Soares, Cristine Pinto, André Filipe de Moraes Batista e Jucilene Lopes dos SantosLuciana Arjona, Suelane Fontes, Sharon Gordon, Katie Wilde, Rodrigo Soares, Cristine Pinto, André Filipe de Moraes Batista e Jucilene Lopes dos Santos

 

Interação produtiva

 

Para Katie Wilde, existe um desafio cultural envolvido na implementação dos centros de dados contemporâneos. “É um desafio cultural fazer os pesquisadores entenderem as demandas dos centros de dados. Havia também desafios técnicos, necessários para criar um ambiente seguro. Precisamos desenvolver um sistema de gerenciamento de segurança para criar cenários funcionais para todos os envolvidos”.

 

A parceria com outros países é produtiva para todos os envolvidos. “Temos implementado parcerias sensacionais, em diferentes países, na Índia, na Austrália. São locais com realidades diferentes. A Escócia é muito menor do que o Brasil, por exemplo. São desafios diferentes, temos muito a aprender com eles.”

 

O SATRE surgiu neste contexto, diz ela. “Ele proporciona um padrão confiável de avaliação, para nós e todos os nossos parceiros, de diferentes pontos do globo.” Sharon Gordon também avalia como positiva a interação com outras nações. “Temos colaborações muito importantes em diferentes países, incluindo o Brasil, mas também na Austrália, por exemplo. Lidamos com a África, com locais que experimentam situações de desigualdade extrema.”

 

A interação com o Insper abriu novos canais de contato, diz ela. “Começamos a conversar sobre como poderíamos contribuir uns com os outros. Trabalhamos na criação de um ambiente produtivo de colaboração. Identificamos com o Insper uma série de interesses em comum. É muito interessante vir até aqui, enxergar o potencial para trabalharmos em parceria. Estamos impressionadas com o grau de avanço da equipe do Insper com o centro, que tem pouco mais de dois anos de atividade. Avançaram muito neste tempo.”

 

Olhar para o futuro

 

“As conversas que tivemos foram extremamente importantes e o conteúdo que geramos tende a ser perpetuado. Queremos levar a gestão de dados para o dia a dia das pessoas, apoiar pesquisas que têm impacto direto na ponta”, diz Luciana Arjona. 

 

“Fomos muito transparentes ao abrir nossos processos, nossas documentações. A partir desta interação vamos receber um relatório detalhando a visão da universidade a respeito do nosso trabalho”, afirma Suelane Garcia. “Estamos focadas na melhoria contínua, em adaptações em processos e políticas, garantindo segurança e lisura, apoiando ainda a utilização da inteligência artificial.”

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