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Learning Journey: smart cities chamam a atenção dos alunos na China e em Singapura

A viagem, realizada em janeiro como parte da grade curricular do MBA Executivo Internacional do Insper, permitiu aos participantes conhecer a realidade corporativa e a cultura desses países

A viagem, realizada em janeiro como parte da grade curricular do MBA Executivo Internacional do Insper, permitiu aos participantes conhecer a realidade corporativa e a cultura desses países

 

Bruno Toranzo

 

Em janeiro, alunos do MBA Executivo Internacional do Insper estiveram na China e em Singapura com o objetivo de conhecer a realidade acadêmica e de negócios desses países. A viagem, que faz parte desse curso, é obrigatória — cada estudante deve ir a pelo menos dois dos quatro destinos ofertados ao longo do MBA.

A aluna Luana Godinho, gerente de projetos da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), destaca que as palestras oferecidas ao longo da viagem a ajudaram a entender o que é a China e como sua história influencia em diversos aspectos do país, como modelo de governo e forma de negociação no ambiente corporativo. “Em pouco mais de uma semana de viagem, tivemos aulas e entrevistas com executivos locais para entender na prática a realidade deles, o que permitiu, além do conhecimento de mercado, fazer contatos, enriquecendo nosso networking”, diz Luana.

Para ela, ao trazer essa experiência para sua realidade profissional, chamou sua atenção o fato de ter transitado em rodovias inteligentes próximas a Xangai que utilizam o chamado free flow, um sistema aplicável às rodovias que retira a necessidade de praças de pedágio, pois permite que os pagamentos sejam processados digitalmente com o veículo em movimento. Ao fazer isso, há redução do tempo de viagem, aumento da eficiência do sistema e cobrança mais justa, já que considera a quilometragem efetivamente percorrida.

“Essa tecnologia, que já existe em diversos países do mundo, começou a ser implementada recentemente no Brasil em trechos reduzidos. A observação do seu pleno funcionamento na China foi enriquecedora para o trabalho que exerço no dia a dia”, afirma Luana. Em relação ao transporte sobre trilhos, a aluna destaca o trem de alta velocidade entre Xangai e Pequim, com duração de apenas quatro horas. “É mais rápido do que o avião se for computado o tempo gasto com a burocracia do aeroporto. Essa redução do período em deslocamento aumenta a produtividade das empresas.”

O aluno Marcelo Nunes foi um dos participantes da Learning Journey Ásia. Para ele, a experiência foi surpreendente e desconstrutiva. “No Brasil, temos muitos vieses do Oriente. Essa experiência serviu para desconstruir cada um deles, trazendo para nós uma imagem totalmente diferente”, relata. “O nível de tecnologia é muito alto na sociedade, o que vai desde os meios de locomoção, como carros e motos elétricos, passando pela qualidade do transporte, como metrô e trem-bala, até os meios digitais de pagamento, que se popularizaram.”

 

Igualdade na busca das melhores decisões

Os alunos comentam que as negociações na China são baseadas culturalmente em uma mesa redonda — diferentemente do modelo americano, que coloca o líder ou principal decisor na ponta de uma mesa retangular. O raciocínio para essa disposição chinesa, observada nas mesas de reunião das empresas visitadas, é que todos são iguais e precisam ter a mesma voz ou poder de participação ou influência, possibilitando assim as melhores decisões. A viagem contou com a participação de um professor coordenador e dois profissionais responsáveis pela organização, o que incluiu o agendamento das visitas a empresas e universidades.

“Todos os executivos que participam dessas viagens têm carreiras consolidadas e estão abertos a conhecer novas realidades. Nesse caso para a Ásia, houve desafios como alimentação e fuso horário muito diferentes, mas plenamente superados por um grupo disposto a entender o mundo a partir de uma visão distinta de negócios”, diz Matheus Furtado, analista de Relações Internacionais do Insper, que esteve na viagem. O que chamou a atenção dele é a forma como os chineses assimilaram o pagamento online por QR Code, que está amplamente disseminado na sociedade em uma etapa superior ao nosso PIX. “É essa imersão cultural que promovemos por meio das atividades acadêmicas e visitas às empresas como fizemos ao centro de desenvolvimento e pesquisa da Suzano Papel e Celulose para observar suas práticas ESG.”

 

Negócio envolve relacionamento

Na China, segundo Furtado, fazer negócio envolve relacionamento. “Não é aquela lógica 100% business como verificamos nos Estados Unidos. Para os chineses, as partes envolvidas no negócio precisam realmente se conhecer”, explica. Como exemplo, ele cita que, depois da aula em universidade local, um dos alunos do MBA conversou sobre o ambiente de negócios com o professor, que criou rapidamente um grupo no WeChat, aplicativo de mensagem instantânea muito utilizado pelos chineses, para colocar esse aluno em contato com fornecedores locais a fim de viabilizar parcerias comerciais.

Já em Singapura, o principal aprendizado foi verificar a integração de forma eficaz de infraestrutura com tecnologia por meio da sua estrutura inteligente. O país, que se desenvolveu em período relativamente curto, é conhecido pela sustentabilidade e resiliência de sua população. “O programa proporcionou uma visão holística que dificilmente seria atingida em uma viagem exclusivamente a turismo ou negócios”, diz Guilherme Palocci, formado em Administração pelo Insper e que também participou da Learning Journey para a Ásia. “Tivemos uma visão cultural, acadêmica, do setor privado e, indiretamente, do setor público, permitindo uma imersão de fato e compreensão única de China e Singapura. Muito aprendizado, portanto, sobre planejamento urbano sustentável, smart cities, inovações tecnológicas e dinâmica de negócios”, resume.

 

 

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