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“Nunca achei que teria orgulho de estudar em uma faculdade”

Para Francisco Gonçalves, arquiteto de dados e de inteligência artificial na IBM, o MBA no Insper não só representou uma mudança de carreira, como também a oportunidade de expandir sua atuação

Francisco Gonçalves, da IBM

Para Francisco Gonçalves, arquiteto de dados e de inteligência artificial na IBM, o MBA no Insper não só representou uma mudança de carreira, como também a oportunidade de expandir sua atuação

 

Bárbara Nór

 

Quando, em 2005, Francisco Gonçalves, arquiteto de dados e inteligência artificial na IBM, decidiu abandonar a faculdade de Mecatrônica para migrar para TI, ele não fazia ideia da dimensão que o setor de tecnologia iria ganhar nos anos seguintes. Longe de pensar em como estaria o mercado dali a alguns anos, Gonçalves decidiu mudar de curso por afinidade, uma escolha que acabou dando muito certo. “Hoje alguns amigos me dizem que escolhi muito bem, que o setor deles não é tão bom”, diz Gonçalves. “Mas não escolhi bem. Eu dei sorte porque gostava do tema.”

Ele conta que a escolha por Engenharia Mecatrônica havia vindo do seu interesse por robótica. Mas logo o curso e o primeiro estágio, que ele fazia em uma fábrica de borracha, mostraram que não seria bem assim. “Achei que ia mexer com robôs e programação”, lembra. “Mas na realidade era muito focado em cálculo de estruturas e de matérias.”

Mas, se ele deu “sorte” com a escolha da área, manter-se relevante em um setor em constante transformação como o de tecnologia é um desafio considerável. “Para você ser uma pessoa de ponta com os melhores empregos, precisa estar sempre se atualizando e escolher no que vai se atualizar, porque são muitas áreas na TI”, diz. “É impossível acompanhar todas.”

Segundo Gonçalves, é preciso escolher uma para focar, e, ao mesmo tempo, acompanhar as outras mais de longe para sempre se manter a par — algo que será ainda mais essencial nos próximos anos, quando, ele acredita, a competição por vagas voltará a ser mais acirrada. “Tivemos um boom enorme de vagas, e até quem não tinha muita experiência conseguia um bom emprego”, diz. Daqui para a frente, diz ele, só quem souber se manter atualizado continuará tendo as melhores vagas.

Além da experiência, que acumulou ao longo dos anos trabalhando em consultorias de TI desenvolvendo softwares e automações com IA e machine learning para grandes empresas, Gonçalves também investiu em pós-graduações. A primeira vez foi em 2010, com um MBA técnico em Arquitetura de Sistemas .NET, do qual ele acabou não gostando tanto quanto imaginava. “Eu achei tão fraco que pensei que não faria mais outas especializações porque não valia a pena”, afirma.

Mas, alguns anos depois, ele entraria em contato com o Insper por meio de um colega que fazia um projeto de uma empresa na faculdade. Ouviu falar tão bem que ficou interessado e procurou conhecer a escola. Foi assim que, em 2017, ele começou o MBA Executivo no Insper — um ponto de virada na sua carreira.

A vontade de fazer um segundo MBA veio do fato de que, na maior parte das consultorias de TI, era difícil crescer sendo apenas técnico. Faltava, para Gonçalves, algo que o permitisse ter mais flexibilidade na escolha de carreira. E deu certo: durante o curso, ele foi promovido na empresa onde trabalhava, conseguindo migrar da área técnica para a gestão. “Entrei no Insper especialista técnico e saí de lá gestor.”

 

“Abrir a cabeça”

Para ele, um dos principais pontos positivos do programa foi entrar em contato com pessoas e ideias que ele não conhecia antes. “É um lugar que abre sua cabeça para um monte de assunto novo, você conhece um monte de gente que passou por coisas diferentes”, diz Gonçalves. “Havia colega de classe que tinha empresa familiar, o outro era de setor financeiro, de RH. Você acaba aumentando o repertório para conversar com seus clientes.”

Essas são, aliás, ferramentas que ele usa até hoje, inclusive na IBM, onde está há quase dois anos. No seu trabalho, ele ajuda a montar uma solução para vender para os clientes, o que exige jogo de cintura para conhecer as especificidades de cada caso. “Eu consigo desenrolar a melhor conversa porque sei o que pode fazer diferença para cada um e como que aquilo pode ser um investimento para ele, de forma que eu consiga vender o projeto”, afirma. “Entendo qual é o problema do cliente com muito mais facilidade.”

Outro fator que chamou a atenção no MBA do Insper foi o fato de o curso trazer uma perspectiva tanto acadêmica quanto corporativa. “Os professores eram sensacionais, e as matérias eram aprofundadas, mas com muita relação com a realidade”, diz. “Achei curioso porque passei a sentir orgulho de ter estudado lá — algo que achei que não existia. Sempre achei que era bobagem ter orgulho de faculdade.”

O sentimento foi tão forte que ele decidiu continuar conectado com o Insper de alguma forma, por meio do Comitê Alumni de Tecnologia do Insper, do qual participa até hoje. Lá, Francisco ajuda a promover eventos para divulgar tecnologia, como um hackathon em parceria com a IBM e outra empresa para 15 alunos, e um podcast que traz convidados do mercado para contar sobre inovações. “É uma forma de eu me manter em contato e de me atualizar”, diz Gonçalves.

Ele também tem feito, de forma informal, mentoria para estudantes mais novos que se interessam pela área. “Gosto muito porque consigo contar o que já passei, o que fiz para resolver e como enxergo o mercado”, diz Gonçalves. Agora, além de querer fazer a segunda edição do hackathon no Insper, ele continua acumulando marcos na IBM. Recentemente, fez o primeiro treinamento fora do Brasil, em Dallas, no Texas, nos Estados Unidos. “Essa foi uma conquista pessoal. Estou muito satisfeito de ter chegado até aqui.”

 

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