Elas participaram da criação de 14% das startups no mundo avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares no fim do ano passado
O número de unicórnios — startups avaliadas em 1 bilhão de dólares ou mais — com no mínimo uma mulher entre seus fundadores chegou a 83 no fim do ano passado, mais de quatro vezes o número de um ano antes (18). Os dados são do site The Crunchbase Unicorn Board, uma das principais bases de dados de startups no mundo.
Os unicórnios fundados por pelo menos uma mulher representam agora 14% do total (eram 11% no fim do ano anterior). Entre os novos unicórnios criados por mulheres estão a Papaya Global (um sistema de gestão de folha de pagamento e força de trabalho, liderado por Eynat Guez), BlockFi (um provedor de empréstimos garantidos por criptoativos, liderado por Flori Marquez) e Medable (uma plataforma de pesquisa clínica, liderada por Michelle Longmire).
Segundo o levantamento do The Crunchbase Unicorn Board, no dia 12 de abril, havia 1.267 unicórnios no mundo, avaliados conjuntamente em 4,4 trilhões de dólares. No final de 2020, eram 650 unicórnios, com um valor de mercado no total de 2 trilhões de dólares. Ou seja, em pouco mais de um ano, tanto o valor quanto o número de unicórnios praticamente dobraram no mundo.
Entre os unicórnios, existem 59 empresas que já atingiram o status de decacórnios — startups avaliadas em pelo menos 10 bilhões de dólares. Há um ano, eram apenas 31 decacórnios.
Três dos decacórnios estão avaliados em mais de 100 bilhões de dólares e fazem parte da lista das empresas privadas mais valiosas do mundo: a chinesa ByteDance, dona do aplicativo TikTok, avaliada em 180 bilhões de dólares; a plataforma de pagamentos Ant Group, também da China, com um valor de mercado de 150 bilhões de dólares; e a empresa de viagens espaciais SpaceX, do magnata Elon Musk, avaliada em 100 bilhões de dólares.
A seguir, veja os países com maior número de unicórnios — os Estados Unidos lideram com folga, com 627 unicórnios, enquanto o Brasil aparece em 9º lugar, com 18 unicórnios.