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Energia limpa ganha espaço em relação a combustíveis fósseis

Globalmente, as tecnologias de baixa emissão de carbono rivalizam com a energia produzida pela queima de carvão

Globalmente, as tecnologias de baixa emissão de carbono rivalizam com a energia produzida pela queima de carvão

 

Bernardo Vianna

 

Embora os combustíveis fósseis ainda sejam a fonte de mais da metade da energia elétrica produzida no mundo, o crescimento de tecnologias energéticas de baixo carbono, como a solar e a eólica, vem puxando para baixo a tendência de consumo de fontes mais poluentes. Em 2021, o sol e o vento, em conjunto, eram responsáveis por mais de 20% da eletricidade produzida globalmente, duas vezes a proporção observada em 2015, quando foi assinado o Acordo de Paris.

 

 

 

Em 2015, a principal meta negociada na capital francesa foi a de manter o aumento da temperatura do planeta abaixo dos 2ºC — de preferência, abaixo de 1,5ºC —, para mitigar os impactos da crise climática. Para isso, as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), precisam ser cortadas em cerca de 50% até 2030.

 

De acordo com dados organizados pela Ember, um think tank dedicado à questão da transição energética para matrizes mais limpas, a fonte de eletricidade mais utilizada no mundo é o carvão, que abastece 28% da capacidade instalada de produção de energia. Ao mesmo tempo, o carvão, em 2021, foi responsável por cerca de 70% das emissões de CO2 relacionadas à geração de energia.

 

 

 

 

As fontes de energia limpas, como a hidroelétrica, a nuclear, a solar e a eólica, quando combinadas, já conseguem competir com o carvão e representavam, em 2021, cerca de 45% da capacidade instalada de produção energética mundial. Porém, em um cenário de demanda crescente, com cada vez mais pessoas tendo acesso à eletricidade e com estilos de vida com gastos energéticos cada vez maiores, a produção de energia a partir de fontes limpas precisa crescer rapidamente para suprir a demanda abastecida por combustíveis fósseis.

 

 

 

De acordo com a Agência Internacional de Energia, será preciso reduzir a dependência de carvão em dois terços ainda nesta década para que consigamos nos manter abaixo do limiar de aquecimento médio da superfície da Terra estabelecido em Paris. Além disso, todos os países precisam zerar o balanço de emissões de carbono até 2040 para tentar conter a crise climática.

Para isso, tanto a energia solar quanto a eólica, relativamente mais baratas e de implementação mais rápida, deverão prover a maior parte da energia gerada, hoje, por combustíveis fósseis.

Embora seja a principal fonte da eletricidade produzida no Brasil, a energia hidrelétrica ainda cresce de forma tímida no resto do mundo. Algo semelhante ocorre com a energia nuclear, cuja parcela de produção pouco cresceu, a não ser na China.

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