Durante quatro dias, estudantes do ensino fundamental e médio desenvolveram soluções para problemas do rio Pinheiros
*Allyson Pains
Entre os dias 09 e 12 de outubro, o Insper recepcionou 35 estudantes do Colégio Santa Cruz para uma experiência prática de imersão em inovação social. Coordenado pela equipe do Insper em parceria com a instituição, o evento utilizou o método de design thinking para promover a investigação de contextos socioambientais e estimular a busca de caminhos possíveis para a transformação da realidade.
A jornada socioambiental teve como desafio a despoluição do rio Pinheiros. A partir disso, os participantes se organizaram para propor soluções em quatro frentes de atuação: mecanismos de coleta de lixo, design de barcos, geração de renda com os reciclados e prevenção de resíduos. Além de atividades técnicas, que envolveram a elaboração de protótipos, também foram trabalhadas soft e hard skills, como a escuta ativa e o design participativo.
Um dos objetivos da experiência foi direcionar o trabalho em equipe em um contexto universitário, com aprendizado centrado nos estudantes. Com isso, a grade da imersão foi planejada para que, em cada dia de evento, os estudantes voltassem a atenção para uma parte do desafio, desde a pesquisa participativa e definição do problema até a ideação de soluções, teste de modelos e prototipagem.
“O desafio de despoluição do rio Pinheiros foi pensado para que, com o conhecimento de design thinking, os alunos entendessem especificamente que problema eles gostariam de resolver e, então, propusessem alternativas de enfrentamento”, comentou Juliana Mitkiewicz, professora do Insper e uma das integrantes do evento.
Para contribuir com o desenvolvimento dos projetos, os estudantes assistiram palestras sobre economia circular, coleta seletiva, empreendedorismo social e estruturação de pitches, que foram ministradas pelos convidados Daniel Guzzo, professor do Insper, Sergio Bispo, catador e fundador da Kombosa Seletiva, Luenne Coelho, bioarquiteta e empresária, e Thomaz Martins, coordenador do Centro de empreendedorismo do Insper.
“O design está no centro desse trabalho como uma linguagem para tratar dos problemas. Às vezes, isso não faz parte do dia a dia da escola, mas, na imersão, ficou evidente que é possível enxergar as coisas a partir de um outro ponto de vista para transformar o Brasil”, declarou Moisés Zylbersztajn, um dos professores do Colégio Santa Cruz que acompanhou o evento.
No quarto dia de evento, os projetos foram apresentados à banca avaliadora, composta pelos palestrantes convidados e por Victor Macul, professor do Insper. Em um pitch de quatro minutos, os grupos demonstraram soluções criativas que consideraram o uso de materiais reciclados em sua composição. Os dez projetos foram exibidos no auditório do Insper:
Ao final das apresentações, todas as propostas foram pontuadas e quatro delas se destacaram: em primeiro lugar, o projeto Bueiro Limpo; a segunda posição foi da Máquina Trituradora; por fim, em terceiro lugar, um empate ocorreu entre os projetos SEP e Ecoboat de separação.
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