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Imprensa | Dinheiro parado? 7 perguntas a que você deve responder antes de investir

Fonte: Uol Notícias – 29/1/2018

Conseguiu juntar algum dinheiro ou está querendo começar a poupar? O ideal é não deixar a grana parada na conta corrente. Mas, antes de decidir onde investir, especialistas recomendam responder a algumas perguntas para definir a melhor opção para cada caso.

O UOL conversou com a professora de finanças do Insper Juliana Inhasz, com o especialista em investimentos do banco Ourinvest Mauro Calil e com o coordenador do MBA em Gestão Financeira da FGV (Fundação Getulio Vargas), Ricardo Teixeira. Confira.

Definir o que será feito com o dinheiro é fundamental. O tipo de investimento varia se o plano é viajar, trocar de carro, comprar um apartamento, fazer uma reserva para a aposentadoria ou pagar os estudos.

Os investimentos variam conforme o valor disponível para colocar na aplicação. Há quem tenha uma bolada para aplicar de uma só vez; outros querem guardar um pouco todo mês. “Há investimento que só dá para aplicar quando se tem R$ 5.000, e outros quando se tem R$ 50 mil, mas há também bons investimentos para quem só pode poupar R$ 50 ou R$ 100 por mês”, afirma Calil.

Segundo Juliana Inhasz, quem vai começar a poupar agora deve fazer um mapeamento das contas e saber: quanto ganha, quanto gasta e quanto pode investir.

Outra questão é sobre o tempo do investimento. Esse planejamento é importante para evitar ter que sacar o dinheiro antes da hora –ou até não poder retirá-lo.

“É preciso conhecer as próprias necessidades. A pessoa encontra um bom investimento, mas precisará deixar o dinheiro por mais tempo. Ela faz a aplicação e só depois percebe que o prazo é muito longo. Se tiver algum problema, terá que pegar dinheiro emprestado e vai gastar mais com os juros”, diz Juliana Inhasz.

Antes de fazer o investimento, é preciso ter certeza de quais são as taxas cobradas e quanto de Imposto de Renda terá que pagar. “O único investimento isento de tudo isso é a caderneta de poupança. Todos os demais terão alguma coisa para pagar. As LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), por exemplo, são isentas de IR, mas possuem taxas”, diz Calil.

O tipo de investimento também varia conforme o perfil do investidor. “Se a pessoa só não quer deixar o dinheiro parado na conta, ela pode ir para um investimento mais conservador e que faz a manutenção do poder de compra, como Tesouro IPCA+ e títulos de renda fixa. Se o objetivo é guardar dinheiro e ganhar um pouco, pode pensar em um fundo de investimento, como um CDB. Já os arrojados, que aceitam melhor o risco de perder dinheiro, vão mais para fundos de ações”, diz Juliana Inhasz.

Teixeira concorda que é preciso saber quais os limites de risco que aceita correr. “Qual o tipo de risco que a pessoa está disposta a correr? Normalmente, quanto maior o risco, maior a possibilidade de lucro. Mas nem sempre é garantido. O investidor conservador ganha menos, mas quem decide correr mais risco e tem perfil para isso, faz o investimento e precisa saber que pode perder.”

Para quem investe em renda fixa, como Tesouro Direto e CDB, é mais fácil estimar quanto ganhará. Na renda variável, é mais imprevisível.

A dica de Teixeira é que a decisão de investir não seja baseada no passado. “O investidor de primeira viagem precisa lembrar que, em aplicações, o sucesso do passado não garante o sucesso no futuro. Se há um investimento que valorizou muito no passado, chega uma hora em que ele bate em um limite. As pessoas, às vezes, acabam quebrando a cara porque entraram naquela aplicação na hora errada.”

O investidor precisa saber o que fazer na hora do resgate. Em alguns investimentos, como a poupança, é fácil retirar o dinheiro a qualquer momento. Outros vão exigir alguns dias de prazo.

É necessário saber também quanto dinheiro perderá se precisar sacar antes do prazo. “Se retirar antes, você sofre punição e pode sair com menos dinheiro do que quando entrou”, diz Calil.

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