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Estão abertas as inscrições para o período 2025/2026 do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI). Até o começo de junho, os alunos podem apresentar seus projetos de pesquisa e concorrer a uma das bolsas oferecidas por ambos os programas. Mas quais as diferenças entre os dois programas e quais as vantagens de participar?

 

“O PIBITI é um projeto de pesquisa que, necessariamente, envolve a tecnologia, no sentido de contribuir para o desenvolvimento de uma nova tecnologia ou aplicação de uma tecnologia já consolidada, mas de forma inovadora”, explica a professora Joice Miagava, coordenadora do PIBITI desde 2022.

 

“Já o PIBIC também é um projeto de pesquisa, mas não tem a obrigatoriedade de utilizar ou desenvolver a tecnologia. O PIBIC tem o enfoque no uso e compreensão aprofundada da ciência relacionada ao projeto em questão. Não que o PIBITI não utilize a ciência — pelo contrário, tem que utilizar para ter embasamento —, mas o nível de aprofundamento é menor”, complementa ela.

 

Coordenador do PIBIC, o professor Bruno Varella Miranda lembra que o programa impulsiona a formação dos alunos, mesmo aqueles que não vão, necessariamente, seguir carreira acadêmica. “Nosso objetivo é oferecer aos alunos do Insper as melhores condições para que conheçam o mundo da pesquisa científica, sem que isso implique um compromisso com qualquer caminho profissional específico”, afirma ele.

 

 

Autonomia para aprender

 

Aluna de Economia, Gabriela Mangini encarou o PIBIC logo no primeiro semestre da faculdade. Ela agora tem 19 anos e está perto de finalizar o projeto, que tem um objetivo ambicioso: medir o impacto das câmeras portáteis utilizadas pela polícia paulista. “São Paulo era o único lugar do mundo onde policiais atuavam portando câmeras, 24 horas por dia, sete dias por semana. E eu queria avaliar o impacto dessa solução”, diz.

 

Os conhecimentos que ela precisou adquirir ao longo da pesquisa foram especialmente úteis para sua formação. “Eu não tinha estudado estatística, nem econometria. Aprendi uma série de conceitos ao longo do projeto, e eles se mostraram muito úteis ao longo da minha graduação.” 

 

A estudante também percebeu que uma característica do Insper, que é o incentivo para que os alunos assumam suas rotinas com independência, foi reforçada pelo trabalho no projeto. “Aprendi muito por minha própria conta, desenvolvi minha autonomia, e isso continua me ajudando nas disciplinas. Nesse sentido, o projeto mudou toda a minha trajetória na graduação.” Outra vantagem de desenvolver um projeto de pesquisa logo no início da formação, diz ela, é entender melhor suas metas para o futuro. “Já entendi que quero seguir carreira acadêmica.”

 

Como diz o professor Miranda, um benefício claro de participar do PIBIC, mesmo nos estágios iniciais da formação, é “a consolidação de uma visão mais rica sobre o significado de um curso de graduação e as muitas formas de aprendizado embutidas nessa experiência”.

 

 

Benefícios do PIBITI

 

As vantagens de desenvolver um projeto tecnológico são muitas, e não se restringem aos alunos decididos a seguir carreira acadêmica. Elas incluem o esforço para adquirir conhecimento técnico e habilidade de pensamento crítico, já que todo projeto requer dos alunos estudar o assunto, de forma independente, além de envolver a resolução de problemas e a análise de dados ou resultados.

 

A coordenadora do PIBITI lembra que a resiliência é uma outra qualidade fundamental para qualquer profissão, que acaba por ser testada e desenvolvida ao longo de um projeto. “Em um projeto de pesquisa, é natural que planos ou testes deem errado, tenham que ser repensados ou refeitos. Assim, resiliência e uma boa gestão do tempo são habilidades que costumam ser desenvolvidas no PIBITI e PIBIC. Todas essas habilidades são muito valorizadas na carreira acadêmica e profissional.”

 

É possível conciliar o desenvolvimento de um projeto de iniciação tecnológica com as demais atividades acadêmicas? A coordenadora explica que o aluno precisa dedicar 10 horas por semana. Essa é uma média, que pode ser ajustada de acordo com as demandas do semestre.

 

“Por exemplo: na semana de provas, o aluno ou aluna pode focar nos estudos e nas provas e compensar essas horas durante as férias letivas”, diz. “É bastante factível conciliar o PIBITI com um semestre regular de aulas. Além disso, se o aluno ou aluna conseguir gerenciar bem o tempo, ainda é possível seguir com alguma outra atividade extracurricular.”

 

 

Via de mão dupla

 

Num ano em que as Engenharias do Insper completam uma década de existência, o PIBITI confirma o grau de amadurecimento dos cursos da instituição, diz Joice Miagava. “Conforme a graduação em engenharia vai ganhando robustez, os alunos se motivam a aprender e se envolver com engenharia para além das aulas. Passam a se interessar em desenvolver ou compreender melhor tecnologias inovadoras”.

 

De outro lado, o programa ajuda no amadurecimento da graduação em engenharia, reforça ela. “Creio que seja uma via de mão dupla. O PIBITI, muitas vezes, é uma oportunidade para o próprio orientador de começar a estudar ou se aprofundar em uma nova tecnologia. Assim, como muitos professores da engenharia ficaram um pouco afastados da pesquisa por alguns anos por terem focado no desenvolvimento do nosso programa de graduação, o PIBITI é uma forma de o professor se atualizar e retomar a carreira em pesquisa.”

 

Além disso, os projetos podem ser realizados em parceria com outras instituições, de ensino ou empresas, e então esta pode ser também uma forma de retomar ou criar novas conexões com a sociedade. 

 

Vald lembrar que alunos de outros cursos também podem desenvolver pesquisas nessa modalidade. “Contanto que o projeto esteja contribuindo para o desenvolvimento ou esteja utilizando uma tecnologia de forma inovadora, alunos de quaisquer cursos podem participar do PIBITI. Por exemplo: atualmente, temos um projeto de um aluno de Direito que está desenvolvendo um sistema para automatizar a criação de decisões judiciais”, finaliza a professora.

 



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