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Uma nova geração de políticos está conquistando espaço na gestão pública municipal. De Santo André a Arapiraca, passando por São Paulo e Rio de Janeiro, esses jovens gestores, com idades entre 29 e 33 anos, estão entre os candidatos eleitos no mais recente pleito municipal. Eles têm em comum o fato de estudarem ou terem estudado gestão pública no Insper. Com trajetórias marcadas por histórias de superação e dedicação ao setor público, eles ilustram como uma formação especializada pode ser aliada poderosa para qualificar a atuação política e promover transformações efetivas no âmbito municipal. A seguir, conheça um pouco sobre a trajetória dessas personagens.

 

 

 

 

DIEGO CABRAL, vereador eleito em Santo André (SP)

 

O jovem da periferia de Santo André que chega à Câmara Municipal 

 

Recém-eleito vereador de Santo André (SP), Diego Cabral, 29 anos, representa uma nova geração de políticos que busca na educação formal as ferramentas para aprimorar a gestão pública. Nascido na periferia da cidade do ABC paulista, ele tem uma história que se confunde com a de muitos brasileiros que encontraram na educação um caminho para a transformação social.

 

“Eu nasci numa situação de vulnerabilidade social, na periferia de Santo André. Fui aluno de escola pública, fui menor aprendiz, comecei a trabalhar muito cedo”, relata Cabral, que se tornou o primeiro de sua família a cursar uma faculdade — é formado em Administração de Empresas. “Graças à educação, eu alcancei lugares que, no início da minha trajetória, pareciam inatingíveis”, afirma.

 

Cabral atuou como gestor de fundo de investimentos na Faria Lima e acumulou experiência no setor público. Trabalhou como diretor de planejamento urbano na Prefeitura de Santo André e, mais recentemente, foi diretor administrativo e financeiro da São Paulo Obras. No entanto, mesmo com uma carreira de sucesso no mercado financeiro e no setor público, ele nunca perdeu de vista seu desejo de fazer mais pela população de origem humilde. “Nunca deixei de olhar para a gestão pública e para a política como uma forma de melhorar as vidas das pessoas”, diz.

 

Cabral se candidatou pela primeira vez a vereador em sua cidade natal em 2020, mas não foi eleito. Naquela eleição, ele somou 1.364 votos e foi o candidato mais votado do seu partido, mas não atingiu o quociente eleitoral necessário para obter uma cadeira na Câmara Municipal.

 

Em 2023, buscando aprofundar seus conhecimentos em gestão pública, ingressou no Master em Gestão Pública (MGP) do Insper. “Durante minha experiência na Prefeitura de Santo André, fiz um curso de curta duração no Insper, sobre Planejamento Urbano e Regulação de Cidades, e gostei bastante”, lembra. “O Insper se destaca por promover debates construtivos e embasados em dados, com um corpo docente altamente qualificado. Isso me chamou muita atenção e, quando soube do Master em Gestão Pública, decidi me inscrever, especialmente por perceber que, apesar da minha formação em Administração de Empresas, eu sentia que precisava de uma base mais sólida sobre o setor público.”

 

De acordo com ele, o MGP está sendo importante para ampliar sua visão de mundo. “As aulas, ministradas por professores renomados, trazem perspectivas valiosas, e o networking, tanto com os colegas — muitos deles em posições importantes, como secretários e prefeitos — quanto com os professores tem sido enriquecedor.”

 

Nas eleições municipais deste ano, Cabral obteve uma cadeira na Câmara ao somar 4.401 votos. Entre suas metas como vereador, ele destaca a aproximação da sociedade com o trabalho da Câmara Municipal. Para ele, o distanciamento entre políticos e eleitores é um dos problemas enfrentados pela política local. “Muitas vezes, o cidadão sequer se lembra em quem votou quatro anos atrás. Isso mostra um distanciamento, que precisamos corrigir”, reflete.

 

Para enfrentar essa questão, ele pretende implementar um projeto chamado “Conselheiro de Mandato”, que prevê reuniões periódicas com a população, prestação de contas e maior envolvimento dos cidadãos nas decisões públicas. “Quero ser lembrado um dia como alguém que traduziu a política para o cidadão comum, que mostrou que a função do vereador é discutir desde os pequenos desafios diários até as grandes questões da cidade”, afirma.

 

 

 

 

KAYO AMADO, prefeito eleito de São Vicente (SP)

 

Após sucessivas derrotas, prefeito se reelege com votação recorde em São Vicente 

 

Reeleito prefeito de São Vicente (SP) em 2024 com 87,6% dos votos válidos, Kayo Amado, de 33 anos, construiu sua carreira política acumulando aprendizados após sucessivas derrotas eleitorais. “Quando eu era criança e me perguntavam o que eu queria ser quando crescer, eu dizia que queria ser presidente do Brasil”, recorda Amado sobre sua vocação precoce para a vida pública. Natural de São Vicente, começou a formar sua consciência política durante o ensino médio, especialmente nas aulas de sociologia e filosofia.

 

A decisão de cursar Gestão de Políticas Públicas na USP-Leste, entre 2009 e 2012, foi o primeiro passo concreto em direção à carreira política. Aos 21 anos, ainda estudante universitário, disputou sua primeira eleição como candidato a vereador, financiando a própria campanha com recursos de um estágio que fazia na época. Mesmo não sendo eleito, os 823 votos conquistados o motivaram a persistir.

 

“A cada eleição perdida, eu não deixei de estudar, de me preparar, de me capacitar”, afirma Amado, que sofreu derrotas nas eleições de 2012 (vereador), 2016 (prefeito) e 2018 (deputado federal), antes de conquistar a prefeitura de São Vicente pela primeira vez em 2020, quando se elegeu no segundo turno com 90.876 votos (56,3% dos votos válidos). Em 2024, foi reeleito no primeiro turno com 147.382 votos.

 

Sua relação com o Insper começou em 2019, quando buscava se recuperar da derrota na eleição para deputado federal. Ele cursou o Programa Avançado em Gestão Pública (PAGP) graças a uma bolsa da Fundação Lemann, complementada com recursos próprios de seu salário como servidor público concursado. Segundo Amado, o curso no Insper foi fundamental para sua preparação como gestor público. “O curso me deu uma injeção de ânimo para que eu pudesse virar a chave após uma dura derrota eleitoral e dizer: ‘Não, a minha vez vai chegar’”.

 

Sua formação acadêmica inclui ainda uma pós-graduação em Ciência Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), um curso sobre Ética e Integridade nos Governos na Universidade de Oxford e um intercâmbio nos Estados Unidos pelo International Visitor Leadership Program, em 2015. Também participou de programas de formação das organizações RenovaBR e Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS).

 

Em relação aos aprendizados práticos no Insper, Amado destaca que o PAGP lhe forneceu ferramentas, networking e habilidades que o ajudam a enfrentar os desafios diários da gestão municipal. Ele ressalta que os conhecimentos adquiridos no Insper o auxiliam especialmente a “pensar fora da caixa para encontrar soluções para problemas complexos”.

 

“São Vicente é a 22ª maior cidade do estado e a 81ª maior cidade do país em termos populacionais, mas com alta vulnerabilidade social”, diz Amado. Seu principal objetivo é transformar esse cenário: “Quero ser lembrado no futuro como o prefeito de São Vicente que conseguiu fazer as pessoas voltarem a ter orgulho de sua cidade. Esse é o legado que quero deixar”. 

 

 

 

 

KEIT LIMA, vereadora eleita de São Paulo (SP)

 

De uma favela em Brasilândia a uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo

 

“Sou Keit Lima, mulher preta, nordestina e favelada. Migrei para São Paulo aos 8 anos e cresci na favela da Brasilândia, onde iniciei meu ativismo aos 13.” Assim se apresenta, em seu site oficial, Keitchele Lima da Silva, ou simplesmente Keit Lima, que acaba de conquistar uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo, com 27.769 votos. 

 

Nascida em Recife (PE) há 33 anos, Keit chegou a São Paulo ainda criança e se estabeleceu em Brasilândia, na zona norte, onde iniciou sua jornada no ativismo social participando de um projeto de alfabetização infantil na escola pública onde estudava. A decisão de entrar na política institucional ocorreu após anos de experiência nos movimentos sociais. “Muitas vezes fizemos campanha para outros candidatos, mas, uma vez eleitos, eles não retornam às favelas nem se dispõem a ouvir os nossos movimentos sociais”, relata Keit sobre sua motivação de disputar um cargo político.

 

Um episódio marcante ocorreu durante sua atuação como primeira mulher coordenadora nacional da Educafro, movimento de educação que ajudou a construir. Em uma ida a Brasília para discutir bolsas para universitários de baixa renda, o grupo foi impedido de entrar na Câmara dos Deputados por estar usando camisetas da organização. “A Casa do Povo, que deveria ser do povo, proibiu a entrada daqueles que vestiam a blusa da Educafro. E não conseguimos falar com nenhum parlamentar”, recorda-se.

 

Após esse incidente, o movimento negro de favelas realizou uma reunião e decidiu que era hora de ocupar os espaços institucionais. Em 2020, Keit foi uma das cinco pessoas escolhidas pelo grupo para disputar eleições. Mesmo com poucos recursos financeiros, ela obteve a maior votação entre os cinco candidatos. Em 2022, o grupo decidiu concentrar os esforços na candidatura de Keit, uma estratégia que acabou rendendo frutos em 2024.

 

Agora eleita, Keit Lima se prepara para levar suas experiências acadêmicas e vivências das favelas para o centro do poder legislativo municipal, demonstrando que é possível unir conhecimento técnico com ativismo social para criar políticas públicas inclusivas. “Eu acredito em política pública baseada em dados, mas com o pé nas favelas, com as vivências, ouvindo as pessoas que sentem a desigualdade”, diz Keit, que é graduada em Direito e Administração, especialista em Gestão Pública e Urbanismo Social pelo Insper, além de cursar Ciências Políticas. 

 

Para ela, a busca pelo conhecimento sempre foi uma ferramenta de transformação social. O Master em Gestão Pública e a pós-graduação em Urbanismo Social no Insper, que cursou entre 2021 e 2023, foram escolhas estratégicas visando sua atuação política. “Eu quero ser a melhor vereadora que puder ser. E isso passa pela formação também”, afirma.

 

Sua prioridade como vereadora é incluir as favelas no orçamento municipal. “Quando Brasilândia, Cidade Tiradentes, Capão Redondo, Grajaú e Sapopemba estiverem no orçamento, vai ser bom para Jardim Paulista e Pinheiros”, afirma. “São Paulo não pode continuar sendo uma cidade que abriga duas cidades dentro.”

 

 

 

 

MARIA CAROLINE SOUZA VALERIANO, vereadora eleita de Arapiraca (AL)

 

A engenharia civil que trocou obras de infraestrutura pela gestão pública em Arapiraca

 

A engenheira civil Maria Caroline Souza Valeriano, 31 anos, sempre teve forte ligação com o setor de infraestrutura e o serviço público. Com uma trajetória que passou tanto pelo setor privado quanto por cargos públicos, ela acaba de ser eleita vereadora em Arapiraca (AL), sua cidade natal. 

 

Maria Caroline é graduada em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Alagoas, tendo também cursado um ano de graduação sanduíche na Brunel University of London, na Inglaterra, por meio do programa Ciência sem Fronteiras. Sua formação inclui ainda um curso técnico em Edificações pelo Instituto Federal de Alagoas.

 

Segundo ela, a decisão de se candidatar a uma cadeira na Câmara Municipal foi impulsionada por uma motivação maior: retribuir à sociedade o investimento público em sua formação. “Eu me considero um produto de políticas públicas. Agora, sinto que é minha vez de retribuir à sociedade o investimento que foi feito em minha educação”, afirma.

 

Buscando aprimorar seus conhecimentos em gestão pública, ela iniciou estudos no Insper em 2022. Inscreveu-se no Master em Gestão Pública e, posteriormente, mudou para o Programa Avançado em Gestão Pública. Embora não tenha ainda conseguido concluir o curso devido às dificuldades de logística para assistir às aulas presenciais em São Paulo, ela destaca a importância do conhecimento adquirido, especialmente em gestão orçamentária, que será fundamental agora para sua atuação como vereadora.

 

“As discussões que presenciei nas aulas no Insper foram extremamente valiosas, pois me conectaram com pessoas de diferentes cidades e realidades. Apesar das distâncias geográficas, ficou evidente que muitos dos desafios enfrentados pelos gestores públicos são comuns entre as cidades”, ressalta. 

 

Antes de ingressar na gestão pública, ela construiu uma carreira no setor privado, atuando em grandes projetos de infraestrutura pelo Brasil e no exterior. Trabalhou em obras como a Usina de Belo Monte, além de projetos na República Dominicana e em diversas regiões do país. 

 

O ingresso na política não estava nos seus planos iniciais. Em 2021, aceitou o convite do atual prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, para assumir a Secretaria de Serviços Públicos, responsável pela limpeza e iluminação do município. Foi durante essa experiência que surgiu o convite para se candidatar a vereadora.

 

“Eu relutei um pouco, mas, nas minhas conversas com o prefeito, ele utilizou o seguinte argumento: ‘Se as pessoas que acreditam na possibilidade de fazer diferente não tiverem a coragem de se candidatar, continuaremos tendo mais do mesmo’”, relembra.

 

Ela decidiu se candidatar a vereadora e foi eleita com 2.447 votos. Agora, Maria Caroline tem como principais bandeiras o empreendedorismo feminino e o desenvolvimento rural. “Em Arapiraca, temos muitas mães solo que dependem de auxílio, que não conseguem trabalhar. Quero atuar para incentivar o empreendedorismo feminino e dar autonomia a essas mães”, afirma.

 

No futuro, Maria Caroline espera ser lembrada como uma vereadora atuante que contribuiu para o desenvolvimento econômico de Arapiraca por meio de políticas públicas voltadas para as mulheres e para o desenvolvimento rural. “Se cada um de nós fizer sua parte contribuindo para a sociedade, poderemos transformar nossa cidade, nosso estado e nosso país em lugares melhores”, diz.

 

 

 

PEDRO DUARTE, vereador eleito do Rio de Janeiro (RJ)

 

Da liderança estudantil à fiscalização da gestão pública no Rio de Janeiro

 

Pedro Duarte, 33 anos, vai iniciar seu segundo mandato como vereador do Rio de Janeiro, após ser reeleito com 15.404 votos. Nascido no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ele se mudou ainda criança para o Rio, mais precisamente para a Ilha do Governador, onde cresceu. Em 2020, conquistou seu primeiro mandato na Câmara de Vereadores do Rio, obtendo mais de 10 mil votos.

 

Seu interesse pela vida política começou cedo, ainda nos tempos de aluno de Direito na PUC-Rio, onde atuou no movimento estudantil e foi eleito presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) duas vezes. Apesar de sua formação jurídica, sempre teve uma inclinação para a política e, ao longo dos anos, foi amadurecendo sua visão sobre a necessidade de uma gestão pública mais qualificada. 

 

Foi essa inquietação que o levou a buscar aprimoramento no Programa Avançado em Gestão Pública (PAGP) do Insper, em 2019. “O Direito me deu uma base sólida, mas generalista. Eu sabia que precisava de mais conhecimento técnico em áreas como orçamento e gestão, especialmente no setor público”, diz Duarte. 

 

Foi no Insper que ele teve seu primeiro contato com temas fundamentais para sua atuação como vereador, como a elaboração e execução orçamentária, processos administrativos e gestão de recursos humanos. “O primeiro lugar onde eu vi orçamento foi na pós do Insper. Hoje eu consigo fazer o trabalho de fiscalização da prefeitura graças ao que aprendi no curso”, diz.

 

Durante seu primeiro mandato como vereador, Duarte se notabilizou como o “maior fiscal da prefeitura”, slogan que utilizou em sua campanha de reeleição e que, segundo ele, reflete seu propósito em cargos públicos. “Acredito que o papel do Legislativo é, antes de tudo, ser um controlador do Executivo, acompanhando contratos, nomeações e gastos públicos”, afirma. 

 

Seu trabalho na área de transparência e combate à corrupção o credenciou como um dos 13 líderes do mundo lusófono selecionados para participar do International Visitor Leadership Program (IVLP), um programa de intercâmbio do governo americano. Duarte viajou no último dia 19 de outubro para os Estados Unidos, onde deve passar três semanas. Nesse período, vai se reunir com autoridades e membros da sociedade civil daquele país, além de visitar organizações dos setores público e privado.

 

“Acredito que o convite para eu participar desse programa foi um reconhecimento do trabalho que venho fazendo nos últimos anos. No meu primeiro mandato, concentrei grande parte dos meus esforços em denúncias relacionadas a contratos superfaturados, funcionários fantasmas e outras irregularidades”, avalia Duarte.

 

Para o vereador, o combate à corrupção está intrinsecamente ligado à transparência, e ele espera que essa experiência nos Estados Unidos lhe traga novas ferramentas para aprimorar seu trabalho. “A transparência é a base de tudo. Sem acesso às informações, não podemos fiscalizar de forma eficiente. Espero aprender muito nesse intercâmbio e trazer de volta mais práticas para implementar no Rio de Janeiro”, afirma.

 

 

 

WANDI AUGUSTO RODRIGUES, vereador eleito de Piedade (SP)

 

Vereador quer atuar para profissionalizar a gestão pública de Piedade 

 

Eleito vereador pela primeira vez em 2020, aos 24 anos, Wandi Augusto Rodrigues se tornou o mais jovem parlamentar da história de Piedade, município de 53 mil habitantes no interior de São Paulo. Seu trabalho foi reconhecido nas urnas em 2024, quando conquistou seu segundo mandato, com 1.149 votos — foi o vereador mais votado na cidade.

 

Desde cedo, Rodrigues esteve envolvido em causas sociais e comunitárias, o que despertou seu interesse pela política. “Sempre procurei participar de projetos sociais e representar as pessoas. Acho que isso vem da minha família, que sempre foi muito engajada na comunidade”, relata. Seu ingresso na política foi motivado, em parte, pela insatisfação com a forma como a gestão pública era conduzida em Piedade, o que o levou a buscar qualificação em áreas como direito e administração pública. “A política muitas vezes é feita de forma amadora, sem dados e evidências, e isso me incomodava”, diz.

 

Sua ligação com o Insper se deu a partir de 2021, quando participou de um curso de capacitação oferecido em parceria com a organização RenovaBR. Logo depois, em 2022, decidiu fazer o Programa Avançado em Gestão Pública (PAGP). Segundo Rodrigues, essa formação foi essencial para que ele pudesse atuar de maneira mais técnica e embasada em seu mandato como vereador. “Foi no Insper que comecei a entender melhor a complexidade da gestão pública, principalmente em questões orçamentárias e de transparência”, afirma.

 

Durante seu primeiro mandato, Rodrigues procurou colocar em prática iniciativas voltadas à maior transparência e eficiência na administração pública municipal. Sob sua presidência na Câmara, a cidade implementou melhorias nos processos de licitação e realizou cursos de capacitação dos servidores locais pelo Senado Federal. “A Câmara de Piedade foi uma das primeiras do estado a participar desses programas, o que qualificou nossos servidores e tornou a gestão mais eficiente.”

 

A formação em gestão pública foi um ponto central em sua atuação. Rodrigues menciona, por exemplo, as mudanças que propôs nas audiências públicas de finanças, onde questionou a apresentação de dados de maneira mais técnica e acessível: “Antes, muitos termos usados pela administração passavam despercebidos ou não eram compreendidos pelos vereadores. Com a formação que tive no Insper, comecei a fazer questionamentos mais profundos e ajudar a implementar mudanças nas regras de orçamento”, relata.

 

Rodrigues acredita que a profissionalização da gestão pública deve ser uma prioridade, especialmente em municípios menores, onde os recursos são mais limitados. “O que eu gostaria de deixar de legado como vereador é a qualificação da gestão pública em Piedade. O município precisa de políticas públicas baseadas em evidências e de uma administração mais técnica”, conclui.



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