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Em 2025, o curso de Engenharia Mecânica do Insper completa 10 anos de existência. Parte dessa história é também a trajetória de Nicolas Gentil, integrante da primeira turma do curso e hoje diretor associado da mesa de energia do BTG Pactual, onde atua no trading de gás natural.

 

Nascido e criado em São Paulo, Nicolas conta que teve dúvidas sobre qual carreira seguir. “Sempre gostei muito das matérias de ciências exatas, como física, matemática, química e biologia”, comenta. Durante o ensino médio, chegou a considerar cursos como medicina e biologia, mas acabou optando pela engenharia por considerar uma formação mais ampla e que abriria diferentes possibilidades profissionais. “Pensei: vou desenvolver meu raciocínio lógico e depois posso escolher outras coisas na vida.”

 

Ainda na infância, Nicolas demonstrava gosto por atividades de construção e montagem. “Eu tinha uma caixa enorme de peças de Lego e desmontava os kits originais para criar coisas novas. Era algo que eu fazia com frequência, especialmente com meu pai.” Esse interesse inicial por estruturas, combinando criatividade e lógica, viria a se refletir mais tarde em sua formação técnica.

 

Nicolas conhecia o Insper por causa dos cursos de Economia e Administração e por estudar em uma escola próxima à instituição. “Prestei vestibular em outras faculdades, como Mauá, FEI e Poli, e cheguei a ser aprovado em algumas delas”, lembra. A decisão de cursar Engenharia no Insper foi tomada após participar de um evento de apresentação do novo curso.

 

“Foi um voto de confiança. Eu sabia que era a primeira turma, mas também confiava que a estrutura e os professores seriam bons. A proposta pedagógica, voltada a projetos e à formação empreendedora, me chamou atenção”, diz.

 

Essa abordagem prática, segundo ele, diferenciava o Insper de outras escolas. “No Insper, desde o começo a gente era avaliado com base em projetos, em como colocávamos a teoria em prática. Isso me ajudou a desenvolver habilidades que vão além da técnica”, afirma.

 

 

Projetos relevantes e espírito de construção

 

Uma das lembranças mais marcantes de sua trajetória como aluno foi a disciplina de empreendedorismo, que envolvia a criação de uma startup. Também participou de um projeto em parceria com o Hospital Albert Einstein, com foco em automação e organização de farmácias hospitalares.

 

Outro projeto relevante foi a fundação do Fox Baja Insper, entidade estudantil voltada à construção de veículos off-road para competições universitárias. “Esse projeto exigia estrutura física, como uma oficina, além de investimentos. Apresentamos a proposta ao conselho da engenharia e conseguimos apoio institucional e financeiro para iniciar o time. Foi um processo que envolveu desde a arrecadação de recursos até a participação direta na obra do espaço”, lembra.

 

O Fox Baja permanece ativo até hoje, e Nicolas enxerga com satisfação o fato de ter contribuído para algo que se tornou parte da cultura estudantil do Insper.

 

 

Intercâmbio e ampliação de horizontes

 

Durante a graduação, Nicolas também teve a oportunidade de realizar um intercâmbio acadêmico na Dinamarca, na cidade de Aarhus. “Sempre fui muito ligado à natureza e à ideia de sustentabilidade, e o país tem uma cultura muito avançada nessa área. Foi uma experiência importante tanto acadêmica quanto pessoal.”

 

A experiência na Dinamarca teve um significado especial também por razões pessoais. “A Dinamarca é a terra do Lego, e isso me atraiu bastante. Era uma conexão simbólica com algo que fez parte da minha infância e que, de certa forma, influenciou minha escolha profissional.”

 

Durante o intercâmbio, cursou disciplinas voltadas ao planejamento urbano e infraestrutura, que, embora distantes da mecânica em si, ampliaram sua visão sobre o papel da engenharia em contextos sociais e ambientais. “Voltei com interesse em trabalhar com energia elétrica e sustentabilidade.”

 

Esse interesse levou à escolha de um projeto final de curso (PFE) em parceria com a Schneider Electric. “Na época, o foco era eficiência energética. Acabei conhecendo mais de perto o mercado livre de energia, que foi para onde direcionei minha carreira posteriormente.”

 

 

Entrada no mercado e trajetória profissional

 

Depois de formado, Nicolas ingressou na Comerc, empresa que atua na comercialização de energia. Lá descobriu seu perfil voltado para a área comercial. “Sempre tive facilidade para comunicar ideias e apresentar soluções, e fui naturalmente direcionado para essa função”, conta.

 

Na empresa, trabalhou com clientes de grande porte em temas como contratação de energia e eficiência energética. Posteriormente, migrou para uma equipe dedicada à comercialização varejista, onde participou do desenvolvimento de novos produtos e estratégias comerciais.

 

Em seguida, foi convidado a integrar o time do BTG Pactual. “Não imaginava trabalhar em banco, mas a proposta envolvia desafios novos e uma escala de atuação maior. Entendi que seria uma oportunidade importante.”

 

Atualmente, Nicolas atua na área de energia do banco, com foco no mercado de gás natural — setor que tem ganhado relevância no Brasil com a expansão do mercado livre e as mudanças regulatórias. “Trabalho com comercialização e estruturação de soluções para empresas, especialmente em um momento em que o gás começa a substituir fontes mais poluentes, como diesel e carvão”, diz.

 

 

Ligação contínua com a escola

 

Mesmo após a formatura, Nicolas mantém vínculo com o Insper. Desde 2023, participa do Conselho do Curso de Engenharia Mecânica, formado por ex-alunos e profissionais da indústria. O objetivo do grupo é contribuir com sugestões para o aprimoramento do currículo e da estrutura do curso. “Nosso papel é trazer a visão de quem está no mercado e ajudar a conectar a formação com as demandas atuais da indústria.”

 

Ele destaca também a importância da Comunidade de Alumni na instituição. “O Insper tem um cuidado grande em manter os ex-alunos próximos. Isso cria uma rede muito útil, tanto profissional quanto pessoal.”

 

Ao refletir sobre sua formação, Nicolas considera que o Insper teve papel fundamental no desenvolvimento de sua carreira. “A escola me deu base técnica, mas também me preparou para lidar com problemas de forma prática e trabalhar em equipe. Isso fez diferença ao longo do tempo.”

 

Dez anos depois, o curso de Engenharia Mecânica segue evoluindo — e parte desse caminho foi trilhado por ex-alunos como Nicolas, que ajudaram a moldar, desde o início, o modelo de ensino e os espaços de aprendizado que hoje formam novos engenheiros.

 



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