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Geração de lixo eletrônico mostra tendência de crescimento e preocupa

Apenas 14% de 117 países avaliados possuíam, em 2022, uma entidade regulatória específica para abordar o problema dos resíduos eletrônicos

Apenas 14% de 117 países avaliados possuíam, em 2022, uma entidade regulatória específica para abordar o problema dos resíduos eletrônicos

 

Bernardo Vianna

 

Em 2022, segundo dados reunidos pelo Statista, a geração mundial de lixo eletrônico quase dobrou em relação a 2010, passando de 33,8 milhões de toneladas para cerca de 62 milhões de toneladas. Projeções indicam que esse volume pode alcançar 82 milhões de toneladas até 2030, destacando a urgência de abordagens regulatórias e de reciclagem mais eficazes. Apenas 14% de 117 países avaliados possuíam, em 2022, uma entidade regulatória específica para o lixo eletrônico.

O lixo eletrônico é um dos fluxos de resíduos de mais rápido crescimento em todo o mundo. No entanto, apenas 22% desse tipo de lixo gerado em 2022 foi documentado como coletado e reciclado formalmente. A gestão global de resíduos eletrônicos revela um cenário preocupante, uma vez que a maioria dos países ainda carece de estruturas regulatórias adequadas para lidar com o crescente volume desse tipo de resíduo.

 

 

 

 

Equipamentos pequenos como aspiradores de pó, fornos de micro-ondas, torradeiras e chaleiras elétricas foram os principais responsáveis pela geração de lixo eletrônico em 2022, somando mais de 20,4 milhões de toneladas. Além disso, foram gerados cerca de 15 milhões de toneladas de lixo a partir de equipamentos de grande porte. Destaca-se, ainda, o aumento de painéis fotovoltaicos como um novo tipo de resíduo, embora ainda representem uma pequena fração do total.

A Ásia lidera a produção de lixo eletrônico, com mais de 30 milhões de toneladas em 2022, mais que o dobro do volume das Américas. A China, sozinha, foi responsável por mais de 12 milhões de toneladas. Por outro lado, apesar de a Ásia representar quase metade do total mundial, países europeus como a Noruega se destacam pela quantidade de lixo eletrônico gerado per capita. No país nórdico, cada habitante gera, em um ano, 26,8 quilogramas de lixo eletrônico. A média global per capita, em 2022, foi de 7,8 quilogramas, refletindo um aumento de 56% em relação a 2010.

Esse aumento sinaliza a demanda por uma resposta mais robusta em termos de políticas e práticas de reciclagem. Não por acaso, o mercado global de gestão de lixo eletrônico, avaliado em 66,4 bilhões de dólares em 2023, deve crescer significativamente, alcançando mais de 155 bilhões de dólares até 2030, o que reflete a necessidade crescente de soluções inovadoras para o tratamento e a reciclagem de resíduos eletrônicos.

 

 

 

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