Pesquisadores podem submeter artigos para o encontro promovido pela Society of Family and Gender Economis (GeFam) até 5 de maio
O Insper sediará pela primeira vez, entre os dias 26 e 28 de setembro, o Encontro Brasileiro de Economia da Família e Gênero, promovido pela Society of Family and Gender Economis (GeFam). Em sua quinta edição, o evento reunirá pesquisadores, formuladores de políticas públicas, estudantes e o público em geral para debater questões cruciais na área.
Criada em maio de 2019 e formalizada como sociedade em março de 2022, a GeFam reúne pesquisadores de diversas instituições com o objetivo de investigar e disseminar conhecimento sobre temas como decisões familiares, desigualdades de gênero e raça, economia do cuidado, entre outros. Busca-se, com isso, não apenas fomentar o diálogo entre academia e mercado, mas também contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes no que se refere à equidade de gênero e às relações familiares.
Pesquisadores interessados em submeter artigos para o congresso no Insper tem até 5 de maio para enviar seus trabalhos. Os artigos devem abordar temas relacionados à Economia da Família e do Gênero, como economia dos cuidados, demografia econômica, violência doméstica, desigualdades de gênero e raça, gestão de recursos familiares, casamentos e divórcio, entre outros. As apresentações de artigos serão presenciais — o pesquisador poderá escolher entre pôster ou apresentação oral (em inglês ou português). Mais informações estão disponíveis aqui.
Segundo Giovanna Úbida, doutoranda em Economia no Insper e membro da comissão organizadora do evento, ao lado das professoras Laura Karpuska e Úrsula Mello, a temática da Economia da Família e Gênero tem ganhado relevância nos últimos anos, como evidenciado pelo Prêmio Nobel de Economia de 2023 concedido à professora Claudia Goldin, da Universidade Harvard, por seus estudos sobre a participação feminina no mercado de trabalho e equidade salarial entre casais.
“É notável que parte das disparidades salariais entre homens e mulheres se relaciona à escolha por trabalhos mais flexíveis. As mulheres, muitas vezes sobrecarregadas com responsabilidades como o cuidado dos filhos, optam por empregos com jornadas mais flexíveis, que, por sua vez, tendem a ser menos remunerados do que aqueles que exigem dedicação integral”, explica Giovanna, que atualmente realiza doutorado sanduíche na Universidade Princeton, nos Estados Unidos. Suas pesquisas concentram-se na microeconomia do desenvolvimento e na econometria aplicada, com ênfase em crime e violência de gênero.
Giovanna destaca que o 5º Encontro de Economia da Família e Gênero no Insper já tem confirmadas as presenças de duas renomadas pesquisadoras como palestrantes principais: Marianne Bertrand, da Universidade de Chicago, e Lise Vesterlund, da Universidade de Pittsburgh.
Marianne Bertrand é professora titular de Economia na Universidade de Chicago Booth School of Business. Sua pesquisa abrange áreas como economia do trabalho, finanças corporativas, economia política e economia do desenvolvimento. Já Lise Vesterlund é professora Andrew W. Mellon de Economia na Universidade de Pittsburgh e diretora da Iniciativa de Design de Economia Comportamental e do Laboratório de Economia Experimental de Pittsburgh. Ela é coautora do livro The No Club: Putting a Stop to Women’s Dead-End Work, no qual defende uma distribuição justa de atribuições de trabalho como o caminho para a equidade de gênero.
Para saber mais sobre o 5º Encontro Brasileiro de Economia da Família e Gênero, clique aqui.