[{"jcr:title":"Professor Rodolfo Avelino participa de debate com o pai de Julian Assange"},{"targetId":"id-share-1","text":"Confira mais em:","tooltipText":"Link copiado com sucesso."},{"jcr:title":"Professor Rodolfo Avelino participa de debate com o pai de Julian Assange","jcr:description":"John Shipton visitou o Brasil para divulgar o lançamento, no dia 31 de agosto, de documentário que descreve o impacto da detenção do fundador do WikiLeaks"},{"subtitle":"John Shipton visitou o Brasil para divulgar o lançamento, no dia 31 de agosto, de documentário que descreve o impacto da detenção do fundador do WikiLeaks","author":"Ernesto Yoshida","title":"Professor Rodolfo Avelino participa de debate com o pai de Julian Assange","content":"John Shipton visitou o Brasil para divulgar o lançamento, no dia 31 de agosto, de documentário que descreve o impacto da detenção do fundador do WikiLeaks   Tiago Cordeiro   John Shipton está em turnê pelo Brasil. O australiano de 76 anos passou por Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, além de Recife. Ele segue em campanha pela defesa de seu filho, o ativista e jornalista Julian Assange, de 52 anos, que permanece preso, desde 2019, na Inglaterra. Os Estados Unidos solicitam a extradição de Assange, que fundou o WikiLeaks em 2006. A plataforma se especializou em divulgar fotos, vídeos e documentos confidenciais, com proteção das fontes. Caso seja enviado para a Justiça americana, para responder pela publicação de mais de 700 mil documentos secretos, ele está sujeito a uma pena que pode alcançar 175 anos de prisão. Em 2010, em especial, o WikiLeaks ganhou notoriedade ao exibir um vídeo que mostrava soldados americanos executando 18 civis no Iraque. Em junho de 2012, sentindo-se ameaçado, Assange entrou na Embaixada equatoriana e solicitou asilo político, que lhe foi concedido — mas revogado sete anos depois, quando ele acabou sendo detido.   John Shipton e Rodolfo Avelino na pré-estreia do documentário   Pré-estreia especial Shipton teve pouco contato com o filho ao longo de sua trajetória. Mas, diante da prisão de Assange, deslocou-se da Austrália para a Inglaterra, a fim de defendê-lo. A epopeia do pai está registrada no documentário Ithaka – A Luta de Assange , de Ben Lawrence, finalizado em 2021 e que finalmente estreou no Brasil no dia 31 de agosto. E foi para divulgar a obra que Shipton chegou ao país. Na segunda-feira, dia 28, esteve no Cine Petra Belas Artes, em São Paulo, para assistir a uma pré-estreia do longa e conversar com Natália Viana, diretora da Agência Pública de jornalismo investigativo e escolhida por Assange para traduzir e publicar em primeira mão documentos do WikiLeaks. Interagiu com eles [Rodolfo Avelino](https://www.insper.edu.br/pesquisa-e-conhecimento/docentes-pesquisadores/rodolfo-da-silva-avelino/) , professor assistente de [Engenharia](https://www.insper.edu.br/graduacao/engenharia/) do Insper, com 27 anos na área de TI liderando projetos de segurança da informação e infraestrutura. Ele atua nas ONGs Coletivo Digital e Actantes, onde atualmente realiza cursos e eventos relacionados a privacidade e proteção de dados em ambientes computacionais. Já atuou também como organizador das edições da [CryptoRave](https://www.insper.edu.br/noticias/alunas-de-engenharia-de-computacao-sao-destaques-na-cryptorave/) e da CryptoParty em São Paulo. “A sala estava cheia”, relata Avelino. “Assistimos ao documentário, que trabalha bem a posição da família diante da prisão. Um repórter pergunta ao pai por que ele só havia aparecido publicamente recentemente. E ele responde que, já que Julian não tinha mais condições de falar por si próprio, a família tinha que ajudá-lo neste momento.” À exibição seguiu-se o debate. “Falei da importância do Assange para as áreas de direitos humanos e segurança digital”, aponta o professor. “A Natália relatou como se tornou interlocutora da WikiLeaks no Brasil. E, por fim, Shipton falou de sua vida, sua trajetória. Argumentou que o filho está sendo condenado por praticar jornalismo.”   Apoio no Brasil A proposta de realizar um documentário partiu do produtor Gabriel Shipton, meio-irmão de Assange, que o visita regularmente na prisão. A proposta era acompanhar a trajetória do pai em defesa da liberdade do filho. O ativista não teve acesso ao documentário, segundo a família. Isso porque o presídio em que ele está detido é considerado de segurança máxima. A chegada do filme ao país é acompanhada de uma série de ações pela libertação de Assange. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), por exemplo, produziu um abaixo-assinado com 3,2 mil pessoas, entre cientistas, jornalistas, professores, sindicalistas, lideranças e entidades da sociedade civil, que defende que o Brasil ofereça asilo e negocie a viagem do ativista para o país. Enquanto esteve em Brasília, Shipton se encontrou pessoalmente com o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta. O presidente Luís Inácio Lula da Silva já se declarou contrário à detenção do jornalista. “É uma vergonha que um jornalista que denunciou as falcatruas de um Estado contra os outros esteja preso, condenado a morrer na cadeia, e a gente não fazer nada para libertar”, declarou o presidente, durante uma visita a Londres em maio deste ano."}]