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Pesquisadora do Insper se divide entre a economia e a música

Vocalista da Trupe Chá de Boldo, a paulistana Leila Pereira já gravou com Tom Zé, fez shows com André Abujamra e Tulipa Ruiz e se apresentou no Coala Festival

Vocalista da Trupe Chá de Boldo, a paulistana Leila Pereira (de vestido, no centro da foto) já gravou com Tom Zé, fez shows com André Abujamra e Tulipa Ruiz e se apresentou no Coala Festival

 

Tiago Cordeiro

 

O que uma das principais empresas de consultoria econômica do Brasil, o Coral da Universidade de Chicago, o Auditório do Ibirapuera e as salas de aula do Insper têm em comum? Leila Pereira já passou profissionalmente por todos esses ambientes. Ela é bacharel em Economia pela Universidade de São Paulo, mestre em Economia pela Fundação Getulio Vargas e doutora em Economia pelo Insper, onde agora está contratada como pesquisadora no pós-doutorado.

Paralelamente, Leila desenvolve outra carreira, que tem mais a ver com letras do que com números: é vocalista da Trupe Chá de Boldo, uma banda que se define como “um trabalho coletivo e de permanente experimentação”, que “sempre apresentou uma sonoridade híbrida, que foge a classificações fáceis, resultado de processos em que cada integrante contribui com múltiplas referências”.

Leila participa do grupo desde o início. “Estou na banda desde sua formação, que ocorreu em 2006”, conta. “Conheço os integrantes desde a época do colegial. Tudo começou muito despretensiosamente, como um encontro de amigos. A coisa foi se profissionalizando e ficando mais séria ao longo do tempo.”

O grupo lançou cinco discos. Já gravou com o cantor e compositor Tom Zé e se apresentou ao lado de artistas como André Abujamra e Tulipa Ruiz. Ao longo de sua trajetória, já fez shows em São Paulo e circulou por cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Vitória, Fortaleza e dezenas de cidades do interior paulista.

“Para mim, as apresentações mais marcantes foram no Auditório do Ibirapuera, na primeira edição do Coala Festival, no Memorial da América Latina e na turnê que que fizemos por algumas cidades da Paraíba e do Ceará. Passamos por Sousa, Juazeiro do Norte e Sobral”, diz.

“Os motivos pelos quais cada uma dessas apresentações foi marcante são diferentes. O Auditório do Ibirapuera é um teatro lindo e foi palco de apresentações de muitos mestres da música. É muito emocionante poder estar num lugar assim”, prossegue. “O Coala Festival foi inesquecível pelo público – acho que nunca tínhamos tocado para um público tão grande. Já a turnê no Nordeste foi marcante porque nos fez vivenciar outras realidades, entrar em contato com artistas de outros locais.”

 

Microeconomia aplicada

Paulistana de 38 anos, Leila tem passagem pela LCA Consultores. Em termos acadêmicos, seus focos principais de pesquisa são microeconomia aplicada, economia política e economia do desenvolvimento.

Na tese de doutorado que defendeu no Insper, ela analisou as plataformas eleitorais dos candidatos a prefeito no Brasil nas eleições de 2012 e 2016. “Utilizando métodos computacionais que transformam textos em dados, construí uma base contendo os principais tópicos tratados e o posicionamento ideológico de todas as plataformas eleitorais dos candidatos a prefeito e, em seguida, testei algumas hipóteses das teorias de competição eleitoral”, relata.

Atualmente, Leila pesquisa questões sobre mercados ilegais e violência na Amazônia. “Em um artigo em coautoria com Rafael Pucci, que também está no pós-doc no Insper, investigamos o efeito da regulação que introduziu o princípio da ‘boa-fé’ na aquisição de ouro sobre a violência na Amazônia”, exemplifica.

 

Dicas de álbuns

Leila cresceu cercada pela música. “Eu canto desde criança. Na escola, também tinha aulas de musicalização. Um pouco mais tarde, com 12 anos, comecei a estudar violão e cantava mais para acompanhar as músicas que aprendia. Mas estudar canto mais seriamente, mesmo, só comecei mais tarde. Aprender técnica vocal virou uma necessidade quando a Trupe passou a rodar mais por aí.”

Ela conta que nunca se apresentou sozinha. “Sinceramente, não é para mim. A única coisa que fiz fora da Trupe foi participar do Coral da Universidade de Chicago, em 2019 e 2020, quando fazia o doutorado sanduiche.”

Entre uma atividade acadêmica e outra, Leila escuta música com frequência. Solicitada a indicar três discos de sua preferência, ela respondeu: “Difícil recomendar apenas três álbuns. Mas aí vai uma mini seleção do que anda no meu Spotify: Hortelã, disco de Maro, de 2023; Escumalha, lançado por Doulas Germano, em 2019, e Indigo Borboleta Anil, de Liniker, de 2021”. Leila aproveita para fazer uma quarta recomendação: “Neste ano, a Trupe lançou o álbum Rua Rio”.

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