Por que é preciso se preparar para um futuro que vai cada vez mais demandar aprendizagem contínua
Camila Lemos Rebelato*
Em um mundo em constante evolução, a aprendizagem contínua tornou-se um imperativo para indivíduos e organizações. A rápida transformação tecnológica, as mudanças nas expectativas dos consumidores e a pandemia global aceleraram ainda mais a necessidade de lifelong learning, ou aprendizagem ao longo da vida.
O lifelong learning refere-se à prática de buscar conhecimento, habilidades e competências ao longo de toda a vida. Não se limita apenas ao desenvolvimento profissional, mas engloba também o crescimento pessoal e a adaptação às mudanças. Mas por que isso é crucial hoje em dia? Seguem alguns pontos importantes para reflexão:
• Mudanças tecnológicas: Tecnologias emergentes como inteligência artificial, automação e blockchain estão remodelando indústrias inteiras. A aprendizagem contínua é necessária para acompanhar essas mudanças e aproveitar as oportunidades que elas oferecem.
• Resolução de problemas complexos: Solucionar esses problemas exige uma mente ágil e habilidades de pensamento crítico. O lifelong learning ajuda a desenvolver essas habilidades.
• Crescimento profissional: Os colaboradores que continuam a aprender são mais valiosos para suas organizações e têm mais chances de avançar em suas carreiras.
• Inovação: A cultura de aprendizado constante promove a inovação dentro das organizações, na medida em que os funcionários trazem novas ideias e perspectivas.
Na teoria, o tema é muito interessante e faz total sentido, mas na prática há uma série de desafios para as organizações que buscam promover a prática de aprendizagem contínua. Os principais desafios são os seguintes:
E, além dos desafios, cito também algumas estratégias para a superação dos obstáculos e a aplicação do lifelong learning no dia a dia das empresas:
• Investir em tecnologia de aprendizado: Utilizar plataformas de e-learning, inteligência artificial e análise de dados para personalizar o aprendizado e acompanhar o progresso dos funcionários.
• Desenvolver programas de mentoria: Criar programas de mentoria que conectem funcionários experientes a iniciantes, promovendo a transferência de conhecimento.
• Promover uma cultura de aprendizado: Incentivar uma mentalidade de aprendizado contínuo desde o topo da organização até a base, recompensando e reconhecendo os esforços de cada um.
• Oferecer flexibilidade de aprendizado: Permitir que os funcionários escolham como, quando e onde desejam aprender, para acomodar diferentes estilos de aprendizado e horários.
O lifelong learning não é mais uma opção, mas uma necessidade para indivíduos e organizações que desejam prosperar em um mundo em constante mudança. Enfrentar os desafios atuais requer uma abordagem proativa e estratégica para a aprendizagem contínua. As organizações que priorizam o desenvolvimento de suas equipes e líderes estarão mais bem preparadas para navegar nas incertezas do futuro. O aprendizado ao longo da vida não é apenas uma tendência passageira — é a chave para a adaptação e o sucesso duradouro.
* Camila Lemos Rebelato é graduada em Psicologia pela Universidade Mackenzie, pós-graduada em Administração de Empresas e Gestão de Pessoas pelo Insper e integrante do Comitê Alumni de Liderança do Insper. Tem mais de 13 anos de experiência em multinacionais, como Coca-Cola FEMSA, Samsung, Robert Half, Almundo, Cabify e Rodobens, com foco na tradução das necessidades de negócios para a estratégia de RH e no aprimoramento de talentos dentro das organizações e projetos.