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Saiba se preparar para cargos de gestão em empresas de atuação global

Veja quais as habilidades e competências necessárias para quem quiser se tornar um gestor de empresas com atuação global

O cenário econômico global, no momento, é extremamente desafiador. Ele ainda vive o impacto da pandemia da covid-19 e da Guerra na Ucrânia, que completou um ano em fevereiro de 2023 – sem perspectiva de fim.

Quem atua como gestor de empresas globais deve encarar não só esses obstáculos econômicos, mas também o desafio próprio da missão de liderar pessoas de múltiplas culturas, espalhadas em diversas localidades, normalmente de maneira remota.

Existe alguma forma de se preparar para isso tudo?

É natural que executivos que já tenham transcorrido alguns anos de carreira queiram ampliar seu leque de oportunidades, estabelecendo networking entre seus pares em outros países, para abraçar esse enorme desafio de uma atuação global. 

Se este é o seu caso, veja, neste artigo, as habilidades requeridas para esse tipo de função e como você pode se preparar para adquiri-las.

Cenário das empresas de atuação global

As empresas que têm atuação global estão sofrendo impacto direto das incertezas no cenário econômico mundial, decorrentes principalmente dos três anos da pandemia da covid-19 e da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Como apontou a Carta de Conjuntura sobre o Panorama da Economia Mundial, divulgada em novembro de 2022 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do governo federal, o cenário global, atualmente, apresenta estas seis principais características:

  1. nível de atividade em queda; 
  2. inflação ainda em alta; 
  3. juros de política monetária em alta; 
  4. preços de commodities caindo, mas com expectativa de que seguirão relativamente altos; 
  5. pressão nas cadeias de suprimento diminuindo; 
  6. mercado de trabalho resistente. 

O documento do Banco Mundial “Global Economic Prospects”, de junho de 2022, apontou uma série de problemas no comércio global:

  • desaceleração do comércio de bens, “já que as cadeias de suprimentos continuaram a ser afetadas pelos efeitos persistentes da pandemia, incluindo interrupções nos principais portos asiáticos e lockdowns em cidades-chave da China”;
  • escassez e aumentos sem precedentes nos preços de insumos essenciais produzidos por Rússia e Ucrânia, com “impactos em cadeias de valor globais, levando a paralisações de produção e aumento dos preços para os produtores”;
  • aumento dos custos de transporte, inclusive por causa da interrupção na navegação e comércio no Mar Negro.

No relatório de janeiro de 2023, o Banco Mundial projetou um crescimento global desacelerando para 1,7% neste ano – “o terceiro ritmo mais fraco em quase três décadas”.

O prognóstico da instituição já não era nada otimista desde o documento do semestre anterior:

“Os fechamentos prolongados de fábricas e portos-chave na China como resultado dos lockdowns da covid-19 representam um risco significativo para a perspectiva comercial de curto prazo. Os prazos de entrega podem se prolongar ainda mais, levando a novas interrupções comerciais e escassez global de suprimentos, o que pode afetar severamente a produção e atividade em outros países. Além disso, embora alguns dos efeitos da invasão da Ucrânia possam ser mitigados por novas ligações comerciais, uma guerra mais prolongada e suas repercussões de longo prazo, como incertezas persistentes, representam um risco substancial para a perspectiva comercial de longo prazo, pois pode levar à fragmentação do sistema de comércio global.

Quais são as habilidades requeridas em um cargo de gestão global?

Primeiramente, quais as competências essenciais para um gestor? São estas:

  1. capacidade de fazer análise, com base em dados, e de resolver problemas;
  2. visão estratégica do negócio;
  3. capacidade de liderança e atuação em equipe;
  4. geração de valor para o negócio.

Seja ele um gestor de um pequeno empreendimento local ou de uma multinacional, essas quatro competências devem estar em seu radar, para que seja considerado um bom profissional.

No caso de uma gestão global, de alguém que precisa liderar equipes com culturas totalmente diferentes, na maioria das vezes de forma remota, espalhadas por vários países, esse gestor ou gestora precisa ter, ainda, as seguintes habilidades essenciais:

  • boa capacidade de comunicação com pessoas de diferentes idiomas e culturas, incluindo a fluência nos idiomas adotados pela empresa;
  • flexibilidade para trabalhar com pessoas de diferentes backgrounds, e que inclusive atuam em diferentes fusos horários;
  • conhecimentos profundos de negócios internacionais, incluindo o cenário econômico global, finanças e regulamentos, além das especificidades comerciais e tributárias, entre outras, dos países em que o negócio está presente;
  • habilidades de liderança, engajamento, motivação, inteligência emocional e resolução de problemas, inclusive remotamente.
  • visão estratégica para saber posicionar aquele negócio em diferentes mercados regionais e aproveitar as oportunidades que surgirem, mundo afora.

Existem empregos para cargos de gestão com essas habilidades globais?

Mulher sorri diante de computador. Parece estar trabalhando em home office, remetendo a ideia de gestora global

O mercado global vem buscando líderes cada vez mais disruptivos, capazes de enxergar além do óbvio, de se arriscar em busca de inovação, que tenham todas as habilidades listadas no tópico anterior e que ainda sejam inclusivos, preocupados com as práticas de ESG, entusiasmados.

E não existem tantos líderes assim no mercado. 

Há apenas três anos, pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) divulgaram o estudo “The New Leadership Playbook for the Digital Age: Reimagining What It Takes to Lead”, em que afirmam, logo na introdução, que os executivos de todo o mundo estão “por fora” do que será necessário para vencer e liderar na economia digital. 

“Digitalização, novos concorrentes, a necessidade de velocidade e agilidade e uma força de trabalho cada vez mais diversificada e exigente demandam mais dos líderes do que a maioria pode oferecer”, escreveram os pesquisadores.

Essa conclusão surgiu depois que eles entrevistaram 4.394 líderes globais, de mais de 120 países, e ouviram deles que, embora 82% acreditem que os novos líderes deverão ser digitalmente experientes, menos de 10% disseram ter em suas organizações “líderes com habilidades certas para prosperar na economia digital”.

Estamos falando de um gap em 90% das organizações globais. Ou, sob outro ponto de vista, um espaço de oportunidades para líderes globais que tenham boas competências de gestão.

Como obter o conhecimento necessário para cargos de gestão global?

Esse tipo de cargo demanda uma visão global das lideranças. Um passo para obter isso é viajar, conhecer de perto os principais centros de inovação, desenvolvimento, produção de conhecimento e mercado de trabalho do mundo.

Uma forma de adquirir conhecimento de gestão com esse olhar global é fazer um MBA no Exterior.

MBA é a sigla de Master in Business Administration. Trata-se de uma pós-graduação lato sensu em administração de negócios.

Essa especialização é voltada principalmente para administradores ou executivos de algum negócio, ou para quem deseja empreender.

Existem cursos desse tipo em universidades do exterior, abertos para executivos brasileiros que queiram ampliar seu olhar para as culturas e desafios de outros países, construindo as habilidades para se tornar um líder global.

Outra possibilidade é cursar um MBA Executivo Internacional em alguma instituição brasileira.

Ao mesmo tempo em que o aluno vai ampliar seus aprendizados de gestão e liderança, e outras habilidades cada vez mais demandadas, como o pensamento computacional, esse tipo de curso também costuma oferecer parcerias com universidades estrangeiras, ou viagens internacionais complementares ao ensino local.

Em qualquer um dos dois casos, existe ainda o benefício extra de os alunos criarem laços com executivos de outros países, fortalecendo um networking que costuma abrir muitas portas no mercado.

Conheça as learning journeys criadas pelo Insper, que levam os alunos do MBA Executivo Internacional para lugares como o Vale do Silício e a Universidade de Tel Aviv.

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