Bernardo Vianna
A área de tecnologia da informação e comunicação (TIC) já representa 6,6% do PIB brasileiro e dá sinais de que deverá continuar crescendo nos próximos anos, de acordo com a mais recente edição do Relatório Setorial – Macrossetor de TIC, publicado em maio pela Brasscom, a associação das empresas brasileiras de tecnologia. Ao longo dos últimos cinco anos, essa área apresentou um crescimento consistente de 6,9% ao ano.
Com produção de R$ 653,7 bilhões em 2022, o macrossetor de TIC abrange diversos subsetores relacionados à tecnologia, como criação de software, telecomunicações, serviços de internet, produção de hardware e outros segmentos que compõem a indústria. Seu desenvolvimento, portanto, é fundamental para impulsionar a inovação e a produtividade em diferentes setores da economia nacional.
Olhando para o futuro, o relatório projeta investimentos expressivos em tecnologias de transformação digital ao longo dos próximos três anos, um montante que, segundo as estimativas da Brasscom, deverá ultrapassar R$ 660 bilhões, distribuídos em diferentes segmentos. O investimento em software, segundo o relatório, atingirá cerca de R$ 341 bilhões; em telecomunicações, aproximadamente R$ 40 bilhões; em serviços, quase R$ 140 bilhões; e, em hardware, R$ 146,9 bilhões.
O estudo prevê, também, investimentos significativos em diferentes tecnologias, em especial na área de computação em nuvem, que deverá receber R$ 308 bilhões até 2026. Além disso, são previstos R$ 81 bilhões de investimentos em big data e analytics ao longo dos próximos três anos, R$ 69,1 bilhões em inteligência artificial, R$ 68,4 bilhões em segurança da informação, R$ 45,7 bilhões em robótica, R$ 37,5 bilhões em internet das coisas (IoT) e R$ 38,7 bilhões em redes sociais, além de outros investimentos que somam R$ 10 bilhões.
O impacto das tecnologias de informação e comunicação no mercado de trabalho também é digno de nota, uma vez que o macrossetor emprega aproximadamente 2 milhões de profissionais, o que representa 4% dos empregos no país. Somente em 2022, foram criados 117 mil novos postos de trabalho, consolidando o setor como um dos principais geradores de emprego no Brasil.
O macrossetor se destaca, também, no que diz respeito à média salarial — mais de duas vezes a média nacional, demonstrando a demanda e a valorização dos profissionais que atuam nesse mercado.