Alunos das Engenharias e da Ciência da Computação do Insper competiram com um robô de resgate na RoboCup, disputada na cidade de Bordeaux

 

Leandro Steiw

 

A entidade Insper Dynamics, formada por alunos dos cursos de Engenharias e de Ciência da Computação do Insper, chegou novamente à final da RoboCup, uma das principais competições mundiais de robótica e inteligência artificial. Eles conquistaram o 4º lugar na categoria Rapidly Manufactured Robot Challenge (RMRC) da liga RoboCupRescue, dedicada a robôs de manufatura e resgate. O mundial foi realizado em Bordeaux, na França, de 4 a 10 de julho. Em 2022, a equipe da Insper Dynamics havia conquistado a mesma colocação na RoboCup disputada em Bangcoc, capital da Tailândia.

Nesta segunda participação no torneio da RoboCup Federation, a Dynamics foi representada por Enricco Gemha, Felipe Catapano e Rafael Katri, de Engenharia de Computação, Paola Friedel, de Engenharia Mecatrônica, e Eduardo Vaz, de Ciência da Computação. Instituições de ensino de 10 países enviaram robôs construídos para lidar com situações adversas causadas por desastres naturais ou para atuar em missões em ambientes perigosos para seres humanos.

Presidente da entidade, Catapano conta que o nível da competição aumentou em relação ao de 2022 e que foram introduzidos novos obstáculos e outras tarefas para os robôs. A Dynamics estava preparada. “Nosso robô foi redesenhado do zero, corrigindo quase todos os problemas observados no ano passado”, diz Catapano. “Usamos esteiras com flippers em vez de rodas, uma estrutura de metal muito mais robusta para não quebrar e uma garra de ferro emprestada pelo Laboratório de Informática do Insper.”

Os estudantes também fizeram melhorias de software, como no de mapeamento, que rendeu o prêmio Best-in-Class Exploration. A Dynamics foi a única equipe a gerar um mapa da arena da competição de forma autônoma. Na bagagem, eles trazem ainda o prêmio Best Team Challenge, por vencerem um desafio em grupo, com outras duas equipes, ao final da competição.

Uma das regras da liga de resgate é que os robôs sejam de porte médio e manufatura rápida, feitos com impressoras 3D, corte a laser, placas de desenvolvimento, sensores e webcams, entre outros componentes eletrônicos — disponíveis nos laboratórios do Insper. Para encerrar a temporada na Europa, o “Chair”, como é chamado o diretor da categoria, convidou o grupo da Dynamics para competir em outubro, na Alemanha, na RoboCup German Open.