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Os desafios evolutivos de empresas familiares e de outros negócios

A importância de fazer boas perguntas para alcançar o pleno potencial de algumas tecnologias que aumentam a velocidade e a eficiência na busca de resultados

A importância de fazer boas perguntas para alcançar o pleno potencial de algumas tecnologias que aumentam a velocidade e a eficiência na busca de resultados

 

Henrique Mariano*

 

Imagine-se ao volante do carro esportivo com que sempre sonhou. Ao girar a chave na ignição, ecoa aquele ronco do motor que evoca velocidade, eficiência e liberdade. Você se considera um privilegiado por poder ir à padaria, que fica a 500 metros de distância, com esse possante e chamativo automóvel. Ao mesmo tempo, acha uma pena não poder ir mais longe, já que só sabe usar a primeira marcha e, por isso, não consegue aproveitar todo o potencial dessa supermáquina.

Muitas empresas familiares e outros negócios ainda estão “presos” a esta analogia, pois não conseguem “destravar” todo o potencial de algumas tecnologias, gerando resultados superficiais. Isso ocorre especialmente com as recentes e polêmicas ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa, como Openai ChatGPT e Microsoft Bing.

O interessante dessa inovadora tecnologia é que, de alguma forma, ela faz referência ao milenar método socrático, que gera questionamentos e reflexões por meio de perguntas e respostas entre o mestre e o discípulo. Esse modelo, desenvolvido por Sócrates há mais de 2.400 anos na Grécia Antiga, é a base da interação entre o homem e a máquina. Aqui, vale destacar a alternância de papéis, pois ora o homem ensina a máquina, ora é ela que vira professor.

Para que os resultados sejam alcançados de forma objetiva e efetiva, este modelo exige que sejam feitas boas perguntas em qualquer situação. Recentemente, essa necessidade se tornou ainda mais evidente, já que temos mais abundância do que escassez no acesso ao conhecimento — existe mais ruído, que dificulta identificar o que realmente importa. Já na interação com a IA generativa, essa demanda se torna ainda mais crítica, devido à capacidade absurda dessas tecnologias de consolidar informações armazenadas de várias fontes.

E a sugestão de fazer boas perguntas não se refere somente ao seu conteúdo, mas também às pequenas variações que podem fazer uma grande diferença no seu entendimento, especialmente com a IA generativa. Por exemplo, o tom (formal, casual, informativo…), formato (texto, lista de tópicos, diálogo…), objetivo (informar, persuadir, divertir…) e limitações (quantidade de palavras ou caracteres), entre vários outros detalhes. Além disso, a conversa é feita com múltiplas interações. Ou seja, todas essas variações são consideradas e ajudam na elaboração das melhores respostas.

Um bom exemplo da importância de gerar boas interações com a IA generativa pode ser observado na recente valorização, nos Estados Unidos, da profissão do engenheiro que ensina IA (“AI prompt engineer”). Seus salários médios passam de 1,5 milhão de reais por ano.

Recorrendo a outra analogia, desta vez a história do gênio da lâmpada, é importante fazer pedidos inteligentes para não ser mal interpretado na sua execução, gerando resultados não esperados e, às vezes, até mesmo desastrosos.

Em conclusão, as boas perguntas ajudam a alcançar mais velocidade e eficiência na resposta, e também liberdade para usufruir melhor as tecnologias disponíveis, de modo a alcançar o pleno potencial.

Quer saber mais sobre colaboração e interação com IA generativa? Procure em sites de busca, pergunte a algum consultor que entenda de IA generativa ou fale com um consultor humano.

A propósito, é importante destacar que este artigo foi gerado de forma tradicional, como “produto orgânico”, ou seja, sem “adição (conhecida) de inteligência artificial”.

Ótima jornada ao Homo sapiens e também na convivência com o “Homo artificialis”, essa nova espécie em evolução.

 


Henrique Mariano (alumnus Insper)

*Henrique Mariano é graduado em Análise de Sistemas, com MBA em Gestão Empresarial pelo Insper. É fundador da Creatinsights, consultoria especializada em gerar colaboração e melhores insights sobre dados. Tem mais de 25 anos de experiência em projetos de tecnologia e inovação, é líder de operações de M&A, com um total de R$ 100 milhões, e palestrante em mais de 25 cidades em 10 países da América Latina. É líder da comunidade TransformLatam, que reúne mais de mil participantes de vários países, e integra o Insper Angels e o Angels Investor Club.

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