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A primeira reunião do novo Conselho do Laboratório Arq.Futuro e as questões mais urgentes

Com membros do Brasil e do exterior que atuam em diferentes áreas, o grupo se posiciona para manter um diálogo ativo com as iniciativas do Insper diante dos maiores desafios urbanos

Com membros do Brasil e do exterior que atuam em diferentes áreas, o grupo se posiciona para manter um diálogo ativo com as iniciativas do Insper diante dos maiores desafios urbanos

 

Tiago Cordeiro

 

Alejandro Echeverri, arquiteto colombiano, um dos responsáveis pelo advento do Urbanismo Social, cofundador e diretor do Centro de Estudios Urbanos y Ambientales de La Universidad de EAFIT, de Medellín. Edward Glaeser, economista americano, formado pela Harvard University, onde leciona, PhD pela University of Chicago e autor de O Triunfo da Cidade.

Hashim Sarkis, arquiteto libanês e reitor, desde 2015, da Escola de Arquitetura e Planejamento do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Marisa Moreira Salles, fundadora da BEĨ Editora e cofundadora do Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper.

Marta Grostein, professora titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). E Rodrigo R. Soares, professor titular do Insper com graduação em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais, mestrado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e doutorado pela University of Chicago.

Estes são os integrantes do novo Conselho do Laboratório Arq.Futuro de Cidades, cujo objetivo é contribuir com insights e análises globais relevantes capazes de nortear as ações da instituição. “Toda organização precisa de um olhar crítico e diferente, capaz de trazer uma perspectiva diferente e apontar novos caminhos”, aponta Paulo Saldiva, coordenador do Núcleo de Saúde Urbana do Laboratório e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. “O Insper foi muito feliz. Formou uma equipe de altíssimo padrão, com foco na aplicação da ciência, na busca por fazer o que é desejável e necessário.”

“O conselho é formado por pessoas de grande destaque em suas áreas de atuação, e em nível mundial, abertos não apenas para dialogar, mas também para colaborar conosco”, concorda Paulina Achurra, professora de engenharia no Insper e coordenadora acadêmica do laboratório. “São lideranças de enorme prestígio nacional e internacional, de diferentes setores de atuação, incluindo academia, governos e iniciativa privada, comprometidas com nossa proposta. A partir dessa interação, conseguimos enxergar com maior clareza onde estamos agora e onde queremos estar nos próximos cinco ou dez anos.”

 

Diálogo produtivo

“A primeira reunião do conselho aconteceu no último dia 3 de maio e foi muito produtiva”, relata Tomas Alvim, cofundador e coordenador geral do Laboratório, editor e sócio da BEĨ Editora e coautor do livro Aprendendo a Viver na Cidade. “Apresentamos o Laboratório e detalhamos como ele se diferencia entre outros que existem no mundo.”

Os encontros serão semestrais. “O primeiro foi muito proveitoso. Os conselheiros nos conheceram melhor. E com eles aprendemos lições que não tínhamos pensado, foi um fluxo bidirecional”, diz Saldiva. “Todo compartilhamento pressupõe uma certa dose de generosidade, e foi o que aconteceu.”

Os conselheiros (com exceção de Sarkis e Soares, que não puderam participar) apresentaram temas que consideram relevantes e urgentes. Cinco deles se destacam, segundo Alvim:

 

  1. Importância do Sul global: As cidades onde os maiores desafios vão se manifestar ao longo das próximas décadas estão no hemisfério onde se concentram grandes gargalos de gestão urbana e ambiental. Nesse sentido, o Laboratório tem muitas lições a oferecer. “São Paulo é uma metrópole desigual, mas que gera muitos dados. Temos a possibilidade de contribuir para desenvolver processos estratégias para superar desafios que, passados 150 anos da Revolução Industrial, ainda não superamos”, observa Alvim.

 

  1. Impacto das mudanças climáticas: Outro tema mencionado ao longo da reunião considera que a elevação da temperatura média do planeta provocará disrupções com enormes impactos sobre as populações de grande metrópoles, especialmente as localizadas em áreas costeiras ou em locais que possam sofrer com os efeitos do fim de ecossistemas cruciais localizados no entorno.

 

  1. Olhar comparativo para a América Latina: México, Colômbia e Brasil, em especial, compartilham desafios urbanos semelhantes, que podem ser atacados com um olhar comparativo sobre políticas bem-sucedidas — esse intercâmbio produtivo em busca de soluções promissoras para desafios em comum também foi abordado durante a reunião. “O desenvolvimento das cidades não está desacoplado do cuidado com o meio ambiente. Temos estratégias para o futuro que conciliam esses dois aspectos”, aponta Achurra.

 

  1. Urbanismo nas cidades amazônicas: Falta de saneamento urbano, dificuldade no acesso a serviços públicos, altos indicadores de incidência de doenças tropicais, evasão escolar e índices de violência. Os centros urbanos instalados em meio à maior floresta tropical do mundo encaram desafios estruturais importantes, que o Laboratório pode ajudar a encarar.

 

  1. Urbanismo social: “O setor privado pensa muito no lote e pouco na cidade”, resume Alvim, detalhando o desafio de aplicar políticas sociais efetivas em ambientes marcados pela desigualdade — mais um aspecto em que a interação com líderes com experiência em práticas internacionais bem-sucedidas pode contribuir para a proposição de uma nova agenda.

 

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