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Laboratório Arq.Futuro e MIT Senseable City Lab promoveram sessão de Data Slot

Encontro foi conduzido por Fabio Duarte, professor do MIT, e colocou 12 participantes para conhecer o jogo sobre tradeoffs entre preocupações com privacidade e benefícios de soluções baseada em dados

Encontro foi conduzido por Fabio Duarte, professor do MIT, e colocou 12 participantes para conhecer o jogo sobre tradeoffs entre preocupações com privacidade e benefícios de soluções baseada em dados

 

Tiago Cordeiro

 

Todos os dias, a humanidade gera 2,5 quintilhões de bytes de dados, segundo uma estimativa da empresa de inteligência de mercado IDC. Boa parte dessas informações é produzida em cidades: desde 2008, pela primeira vez na história, mais de metade dos habitantes do planeta habita ambientes urbanos. Atualmente são 56%, segundo a Organização das Nações Unidas, que prevê que, em 2050, serão 68% dos 9,7 bilhões de habitantes do planeta.

Essas informações apontam para um cenário importante: o imenso volume de dados gerados diariamente oferece uma oportunidade única para as cidades proporem soluções baseadas em evidências e orientadas por dados. Sem levar em conta as informações produzidas pela população, não será possível modelar o desenvolvimento urbano, criando espaços públicos mais eficientes.

Não é um processo simples, uma vez que as aplicações de dados para implementar soluções urbanas envolvem compensações entre os benefícios e as preocupações com a privacidade, que variam de acordo com diferentes contextos sociodemográficos e culturais. Foi pensando neste desafio que o Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveu o Data Slot.

Trata-se de um jogo sobre tradeoffs entre preocupações com privacidade e benefícios de soluções baseada em dados. É uma atividade participativa na forma de um jogo de cartas com base em slots de dados. No último dia 17 de abril, 12 estudantes do Insper participaram de uma sessão, organizada pelo Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper e conduzida por Fabio Duarte, professor do Departamento de Estudos Urbanos do MIT e pesquisador principal do Senseable City Lab, que desenvolveu o jogo.

Duarte foi convidado por Adriano Borges Costa, professor de Mobilidade e Dados Urbanos no Insper. A colaboração entre os dois docentes também se materializou no curso Transportation Shaping Sustainable Urbanization: Connections with Urban Economics and Planning, ministrado por Costa em 2022 no Insper e, posteriormente, também no MIT.

“O DataSlot é uma atividade em forma de um jogo de cartas desenvolvido pelo MIT Senseable City Lab para medir como pessoas avaliam os benefícios e riscos para privacidade de soluções baseadas em dados, tanto por empresas privadas como públicas”, diz Duarte. “Já jogamos DataSlots mais de 700 vezes em cerca de 15 países. Temos uma parceria estratégica com o Insper. Então é um parceiro-chave para jogarmos DataSlots em São Paulo.”

 

Mercado de dados

O objetivo do DataSlot é gamificar o processo de escuta dos cidadãos. No lugar de enquetes ou pesquisas tradicionais nas quais os gestores municipais ou desenvolvedores propõem soluções e os moradores apenas expressam suas opiniões, ou mesmo workshops com moradores, que geralmente são orientados por especialistas, o DataSlot remove as abordagens conduzidas de cima para baixo.

E assim os moradores podem apresentar suas próprias ideias entre si, opinando sobre as propostas uns dos outros em termos de benefícios e questões de privacidade, e até mesmo decidir em quais ideias eles investiriam. E mais: durante todo o processo, os slots de dados servem como uma ferramenta de coleta de dados.

Em outras palavras, o jogo simula um mercado de dados: os jogadores passam por rodadas rápidas de troca de cartões de dados para obter o que consideram os melhores ativos, que usam para propor soluções para um dos três cenários diferentes: espaços públicos, casa e ambiente de trabalho.

Cada jogador lança sua ideia para o grupo, e os participantes avaliam as ideias em termos de questões de privacidade e benefícios de cada solução. Por fim, os participantes “investem” nas ideias de seus pares, simulando destinar fundos privados ou votar em um processo de orçamento participativo.

 

Sessão bem-sucedida

Desta forma, os slots de dados não só podem ser usados ​​para revelar as compensações dos residentes entre as preocupações com a privacidade e os benefícios da solução baseada em dados, mas também se tornar uma ferramenta de envolvimento da comunidade que a cidade pode usar durante seu processo de planejamento, envolvendo residentes, pessoas da academia e autoridades municipais.

As inscrições para a sessão com alunos do Insper foram realizadas online e, entre todos os candidatos a participar, 12 foram sorteados. “Em cada sessão sempre há perguntas sobre o jogo em si as suas implicações”, explicou o professor Duarte, que é cientista pesquisador principal no MIT Senseable City Lab, onde gerencia projetos como Underworlds, Roboat e City Scanner, bem como a equipe de visualização de dados. “É importante, no caso do Insper, ver como estudantes estão incorporando preocupações com privacidade de dados em suas propostas.”

 

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