Essas linguagens são usadas para criar programas de computador, que podem variar de pequenos scripts a aplicativos complexos e sistemas operacionais completos
Bruno Toranzo
As linguagens de programação deixaram de ser um conhecimento exclusivo de programadores. A transformação digital das empresas tem levado profissionais de diferentes áreas a estudar ou pelo menos conhecer as linguagens de programação. Há também excelentes e abundantes oportunidades em tecnologia, o que faz com que muitos profissionais mudem de área.
Enquanto a Índia forma um profissional de tecnologia para cada três administradores ou advogados, os Estados Unidos formam um para cinco — e o Brasil, um para 11, de acordo com um estudo da consultoria McKinsey. Outra pesquisa, da Brasscom, associação que reúne empresas de tecnologia da informação e comunicação, verificou que, até o fim de 2021, o Brasil tinha 159 mil postos de trabalho em aberto, mas só formou 53 mil profissionais na área de tecnologia. Isso significa que havia naquele momento um déficit superior a 100 mil profissionais, e essa escassez deve continuar nos próximos anos.
Trata-se basicamente de um conjunto de regras e instruções criado por um programador para gerar aplicações, como programas e softwares, que serão processadas por um computador, dispositivo móvel (como smartphones) ou outro equipamento.
A estruturação dessa linguagem resulta no código-fonte de um software, com instruções de como esse programa deve operar. As linguagens de programação são formadas por símbolos, palavras-chave, entre outros elementos, e são classificadas por níveis. Elas permitem o entendimento entre o programador e a máquina. Por meio dessas linguagens, o programador e a máquina se comunicam, definindo aspectos como quais dados um software deve operar; como esses dados devem ser armazenados e transmitidos; e quais ações o software deve executar.
As linguagens de programação podem ser de nível alto ou de nível baixo. As de nível alto são parecidas com a forma humana de se comunicar. Comandos como “delete” são utilizados para indicar que o programa deve apagar determinada informação.
Já as de baixo nível usam comandos complexos e o famoso código binário — aquelas sequências combinadas e intermináveis dos números zero e um. A vantagem desse tipo de linguagem está na otimização da comunicação com a máquina, tornando o processo ágil.
Existem muitas linguagens de programação disponíveis atualmente, cada uma com seus próprios recursos, finalidades e comunidades de desenvolvimento. Algumas das linguagens de programação mais importantes para os programadores são JavaScript, Python, Java, PHP e CSS. Essas são indispensáveis para quem quer seguir carreira em TI.
Está entre as mais usadas. Sua tecnologia é moderna, com foco nas seguintes áreas: desenvolvimento web, criação de jogos e aplicativos para dispositivos móveis. É a linguagem de programação ideal para quem entrou há pouco na área da programação. A tecnologia é executada geralmente no próprio navegador, o que facilita o aprendizado.
Foi criada em 1989 pelo matemático e programador holandês Guido van Rossum e se mantém até hoje entre as mais populares. Essa linguagem de programação é open source (código aberto, ou seja, código-fonte que pode ser adaptado para diferentes fins) e de fácil aprendizado. Tem como característica o uso de palavras-chave em inglês. Saiba aqui como aluno do curso de direito do Insper utilizou essa linguagem para otimizar atividade de escritório de advocacia.
Apesar de terem praticamente o mesmo nome, Java e JavaScript são linguagens de programação bem diferentes. O foco da Java está na criação de aplicativos Android. Além disso, é talvez a mais utilizada no ambiente corporativo, podendo rodar em qualquer plataforma.
Essa linguagem de programação é de uso geral. Isso porque utiliza o código aberto, o que permite aos desenvolvedores de qualquer parte do mundo mexer nela para que seja aprimorada. Os programadores costumam usá-la para criar sistemas disponíveis na web.
É uma linguagem que atua na apresentação visual de um documento escrito em HTML ou em XML. Por meio da CSS (Cascading Style Sheets ou, em português, Folhas de Estilo em Cascata), é possível determinar como serão exibidos os elementos contidos no código de uma página da internet, além de efetuar a separação entre o formato e o conteúdo de um documento.