Os agora engenheiros Jadson Silva Oliveira de Jesus e Vitória de Almeida Oliveira vão atrás de seus novos sonhos
Terminar uma faculdade significa a conclusão de um importante ciclo de aprendizado e a conquista de um grau acadêmico que reconhece o domínio de uma determinada área de estudo. É uma conquista significativa que pode abrir portas para oportunidades de carreira. Mais do que isso: representa um momento de grande orgulho e realização pessoal para o estudante, que enfrentou desafios e superou vários obstáculos até receber o diploma de graduação.
No Insper, 28 alunos bolsistas puderam comemorar essa importante conquista no segundo semestre de 2022. Todos eles já conseguiram se colocar no mercado de trabalho, aproveitando as oportunidades que surgiram quando ainda cursavam a faculdade.
É o caso de Vitória de Almeida Oliveira, que se formou em Engenharia Mecatrônica e já está trabalhando em uma área considerada promissora. Ela é engenheira da Ubiratã, uma spin-off da indústria de aços Gerdau especializada em tecnologia e robótica. A empresa é especializada em alta tecnologia e na criação de plataformas que se integram ao cotidiano industrial por meio de inteligência artificial.
Vitória atua no time de robótica, formado por três mulheres — as duas outras profissionais, aliás, também se formaram no Insper. “O curso do Insper, além de ser muito forte, abre portas”, diz Vitória. “Ter a oportunidade de fazer essa faculdade foi algo que mudou minha vida.”
Ela diz que planeja seguir carreira na Ubiratã e que sente orgulho por ter-se tornado engenheira, uma profissão ainda predominantemente masculina — de acordo com os dados do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea), as mulheres representam menos de 20% do total de pouco mais de 1 milhão de engenheiros no Brasil.
Vitória cresceu e vive em Osasco, na Grande São Paulo, onde conseguiu uma bolsa de estudos em uma escola particular. Ela logo se destacou na área de Exatas e chegou a participar de Olimpíadas de Física. “Foi natural escolher Engenharia”, diz. “Prestei vestibular apenas para o Insper. Era a faculdade que eu queria, por conhecer o nível do ensino”, lembra. Ela destaca também o networking e as amizades que fez durante o curso como outro ponto forte.
Durante sua formação no Insper, Vitória conviveu com outro aluno bolsista, Jadson Silva Oliveira de Jesus, que se formou em Engenharia Mecânica. Jadson fez estágio na consultoria McKinsey, uma das maiores do mundo, e acabou sendo contratado como analista de negócios. “Sem o Insper, dificilmente isso teria sido possível. A bolsa integral a que tive acesso e o curso abriram perspectivas transformadoras”, diz Jadson.
Jadson começou a trabalhar aos 11 anos para ajudar a família. Ele foi ajudante de mecânica em uma oficina de automóveis na periferia de sua cidade, Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador. “Isso é muito comum nos bairros populares”, conta.
Ele lembra, no entanto, que nunca deixou de estudar. Pelo contrário. Jadson cursou, ao mesmo tempo, a escola técnica em mecânica e o ensino médio no Instituto Federal da Bahia, em Salvador. A mãe lhe ensinou a ler aos 3 anos de idade. “Minha família sempre deu uma importância muito grande aos estudos”, afirma. Quando começou a pensar sobre o vestibular, descobriu o curso de Engenharia do Insper ao pesquisar sobre o tema. Uma amiga falou sobre o programa de bolsas. Bem colocado no vestibular do Insper, recebeu uma bolsa integral.
Durante o curso, morou no residencial Toca da Raposa, para alunos bolsistas do Insper que são de outras cidades. Quando se formou, fez questão de trazer a família toda para a colação de grau e formatura. “Foi a primeira vez que meus pais e meus irmãos entraram em um aeroporto”, lembra. Ele conseguiu bancar quase toda a viagem graças ao estágio na McKinsey.
Animado, Jadson tem planos de cursar um MBA nos Estados Unidos. Ele também já planejou os próximos passos de sua vida profissional. “O MBA é importante para quem pretende se tornar gerente e trilhar novos passos na profissão”, diz Jadson.
Ele também se dedica a iniciativas sociais com o intuito de promover a ascensão socioeconômica de camadas da população menos favorecidas. “É possível quebrar ciclos de pobreza. A oportunidade que tive no Insper deixou isso claro”, reflete. Com esse objetivo, ele é mentor da Soul Bilíngue, uma ONG que oferece aulas de inglês para jovens de baixa renda.
Em sua convivência com jovens e crianças de condição social mais baixa, Jadson também costuma enfatizar a importância do estudo e das oportunidades disponíveis em relação a bolsas de estudo. “Estudar em uma boa escola ou faculdade é transformador não só pelo nível de ensino, mas também pelas demandas sobre novos conhecimentos e o networking”, diz Jadson. “E quando um indivíduo é afetado positivamente, a família também se transforma.”