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Women in Tech reflete sobre o Dia das Meninas na Ciência e sobre os avanços do programa

Coordenadoras de diversidade e da iniciativa, criada pelo Hub de Inovação do Insper, também falam sobre análise e planejamento para 2023

Coordenadoras de diversidade e da iniciativa, criada pelo Hub de Inovação do Insper, também falam sobre análise e planejamento para 2023

Bruna Arruda de Oliveira e Carolina Fouad Kamhawy
Bruna Arruda de Oliveira e Carolina Fouad Kamhawy

 

 

Desde 2015, comemora-se todos os anos o Dia Internacional das Meninas e Mulheres na Ciência. Celebrada no dia 11 de fevereiro, a data, criada pela ONU, tem como um dos seus principais objetivos promover a visibilidade da participação feminina na criação científica.

“Podemos e devemos agir, com políticas que encham as salas de aula com meninas que estudam tecnologia, física, engenharia, matemática, e medidas direcionadas para garantir oportunidades para as mulheres crescerem e liderarem em laboratórios, instituições de pesquisa e universidades”, disse António Guterres, secretário-geral da ONU, em seu discurso, em 10 de fevereiro, sobre a data.

Hoje, no mundo, apenas um em cada três profissionais de ciência e tecnologia é mulher. No Brasil, as mulheres representam somente 33% dos bolsistas de Produtividade em Pesquisa pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). “É importante lembrar que elas também recebem menos por suas pesquisas”, diz Bruna Arruda de Oliveira, professora de engenharia do Insper e coordenadora da Comissão de Diversidade, Equidade e Inclusão.

A percepção de que é preciso promover a diversidade e a inclusão especialmente nas áreas relativas à tecnologia e em postos de liderança levou profissionais como Bruna a participar ativamente do Women in Tech, iniciativa encabeçada pelo Hub de Inovação do Insper. Um dos principais objetivos é ampliar a presença feminina em cursos de tecnologia e em cargos de comando das organizações.

“A ideia é alavancar a participação e o empoderamento das mulheres no ambiente profissional, o que acaba refletindo positivamente também na vida pessoal”, afirma Carolina Fouad Kamhawy, gerente de projetos do Hub de Inovação. “Saber se posicionar é algo fundamental.”

Em áreas relacionadas às ciências exatas, a presença das mulheres ainda é reduzida. No setor de tecnologia, os postos de trabalho são ocupados bem mais pelos homens (63%) do que pelas mulheres (37%), segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom). Em engenharia, não é muito diferente. Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia aponta que, dos pouco mais de 1 milhão de profissionais registrados na área, pouco mais de 200.000 são mulheres, o que corresponde a 19% do total.

“É preciso mostrar às meninas que elas podem, sim, seguir carreira em áreas relacionadas à ciência e à matemática”, diz Bruna, que foi a primeira mulher mestra em engenharia mecânica da Universidade de Maringá, no Paraná.

É justamente aí que entra o Women in Tech. Criado em dezembro de 2021, o programa envolve uma série de iniciativas voltadas para atingir desde alunas do ensino médio a mulheres que já estão inseridas no mercado de trabalho. “Pretendemos mostrar como elas podem expandir sua capacidade e seu papel de atuação para exercer todo o seu potencial”, afirma Kamhawy.

Ao longo do ano passado, foram implementadas uma série de ações. Os programas desenvolvidos, entre cursos de capacitação e a oferta de bolsas de estudo a alunas do ensino médio para o programa de inovação tecnológica realizado em julho, alcançaram 768 pessoas – 360 mulheres foram impactadas diretamente.

A equipe do Hub de Inovação se prepara agora para finalizar o planejamento de 2023. “Fizemos uma análise SWOT e usamos ferramentas de design thinking para identificar oportunidades e ameaças”, explica Carolina. “A partir daí, desenvolvemos um conjunto de ações focadas em oportunidades, levando em consideração também a experiência que adquirimos ao longo do primeiro ano do programa.”

Nesse sentido, as rodadas de conversa com mulheres que são lideranças no setor de tecnologia foram fundamentais, assim como a participação de empresas parceiras e da comunidade Insper.

Outras iniciativas de destaque foram a parceria com o British Council para a realização de treinamentos e com a Aalto University, da Finlândia, para a oferta de 30 bolsas de estudo para mulheres interessadas em participar de um bootcamp de transformação digital. Para este ano, vem mais novidade. “Todas as nossas ações endereçam alguma dor e agora, tendo como base tudo o que já foi realizado e uma análise aprofundada de oportunidades, o programa deve chegar ainda mais forte neste ano”, diz Carolina.

 

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