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Bolsas de intercâmbio contemplaram 47 alunos bolsistas nos últimos quatro anos

Vivências fora do país são importantes para o desenvolvimento acadêmico e pessoal dos estudantes do Insper

Vivências fora do país são importantes para o desenvolvimento acadêmico e pessoal dos estudantes do Insper

Nayani Marcelino Pinto
A aluna bolsista Nayani Marcelino, em Paris

 

Michele Loureiro

 

Desde 2018, 47 alunos bolsistas do Insper foram contemplados com bolsas de intercâmbio. Apenas em 2022, 16 deles participaram do programa bilateral que permite a mobilidade de alunos para universidades no exterior. Os bolsistas contemplados já realizaram parte de seus estudos em dez países, em instituições como o Politécnico de Coimbra (Portugal), a Universidade de Mannheim (Alemanha) e o Polo Universitário Leonardo da Vinci (França). Além dos estudos, a parceria internacional oferece uma bolsa cultural que pode ser utilizada para viagens a países vizinhos e passeios de imersão.

Para Andreia Ribeiro, responsável pela mobilidade de alunos no Insper, o programa de bolsas de intercâmbio tem o intuito de reforçar a missão do Insper de promover a transformação do Brasil por meio da formação de líderes inovadores e da pesquisa aplicada. “A iniciativa é um dos pilares da escola, que promove a internacionalização como um todo. O intercâmbio possibilita um impacto muito grande na vida do aluno, que sai completamente do ambiente em que vive para ter uma experiência fora da caixa, longe da rotina. Não somente de distância geográfica, mas distante da realidade em que vive”, diz.

Segundo ela, realizar um intercâmbio possibilita aos alunos vivenciar atividades diferentes da rotina, desenvolver competências e habilidades que vão muito além do que é oferecido dentro de uma sala de aula. Os alunos vão cursar disciplinas em outras instituições e podem escolher temas que não estão disponíveis no Insper, por exemplo.

“Dentro das habilidades e competências que o aluno pode desenvolver durante o programa de intercâmbio, podemos destacar questões acadêmicas, principalmente, mas também de cunho profissional, pessoal e cultural. Tanto em relação ao idioma, quanto vivenciar outra cultura, como se desafiar em um ambiente fora do seu”, afirma Andreia, que também fez intercâmbio na adolescência. “Ganhei o intercâmbio do meu avô e mudou completamente a minha vida. A minha visão de mundo, como me relaciono com as pessoas. Aprendi muito sobre tolerância, um novo idioma, entendi questões de autoconhecimento e, principalmente, em relação a minha vida profissional”, conta.

Recentemente, Nayani Marcelino, estudante de Economia do Insper, também vivenciou uma experiência que transformou sua vida. Ela é bolsista integral da escola e teve a oportunidade de realizar um intercâmbio em Paris, na França. Estudou na ESCP Business School, que na época estava ranqueada como a terceira melhor escola de negócios da Europa.

“Com a bolsa cultural, pude ir muito além de minhas possibilidades. Conheci 10 países na Europa, visitei muitos museus, locais históricos e turísticos. Com a bolsa, tive a oportunidade de ter muito mais do que conhecimento acadêmico na universidade. Pude ter contato com várias culturas, obras, pessoas e lugares, que me fizeram crescer muito pessoalmente. Ampliei não só minha visão de mundo, mas também meus horizontes e ambições”, diz Nayani.

Para ela, a bolsa do Insper foi definitiva para a experiência, mas houve desafio com os gastos extras fora do país. “No geral, os bolsistas fazem campanhas e vaquinhas para angariar fundos que ajudam na estadia no exterior. Utilizei meu network e todas as formas possíveis de divulgação para alcançar pessoas e recursos. Pude reconhecer nesse processo a importância de ter uma boa relação com as pessoas e uma boa reputação também como aluna”, afirma.

A experiência internacional já se reflete na carreira de Nayani. “Agora, procurando e participando de processos seletivos de estágio, pude perceber a valorização do intercâmbio. Lembro-me de uma entrevista em grupo em que todos os concorrentes que estavam na sala comigo tinham feito algum tipo de intercâmbio. Sem falar que voltei com o inglês bem mais afiado e com a vontade de aprender mais línguas, como francês”, diz. Entre os próximos passos, a aluna, de 20 anos, afirma que espera retribuir a oportunidade no futuro. “Desejo ajudar para que outros bolsistas tenham a mesma chance que tive.”

 

Os aprendizados do intercâmbio

Andreia destaca que, entre os aprendizados da experiência internacional, está o poder de negociação. “No contexto internacional, há técnicas de negociação que nenhuma aula vai ensinar. Por exemplo, negociar com alguém que não é da sua família, da sua cultura, não compreende a sua realidade. É sobre negociar o dia a dia, que é um aprendizado muito valioso”, afirma. “A gente aprende muito, mas também ensina sobre o nosso país, nossa cultura.”

Andreia ressalta que também há desafios no processo. “Todo aprendizado vem de algo que precisamos construir dentro de nós. É preciso nos adaptar à nova cultura, aos horários das aulas, às expectativas nos estudos, ficar longe da nossa cultura, dos amigos e da família. Tudo isso tem um peso”, ressalta. Por isso, o Insper mantém um departamento de acolhimento, dentro do Student Life, e fornece suporte para os alunos.

 

Intercâmbio na prática

O programa de intercâmbio do Insper é semestral e tem dois momentos de entrada: no começo e no meio do ano. A data depende do calendário acadêmico de cada escola internacional. Os alunos precisam fazer uma inscrição, que também é semestral, e observar como está sendo feita a seleção do processo anterior ao que querem participar. Por exemplo, quem deseja fazer intercâmbio no segundo semestre de 2024 deve pesquisar os processos de quem vai viajar no começo de 2024 para entender quais as instituições disponíveis, os requisitos exigidos pela escola, o nível necessário de inglês, os exames de proficiência aceitos.

“Essas regras podem mudar, mas é interessante tomar como base. Sempre publicamos com antecedência para que os alunos possam se programar, fazer os testes necessários, conversar com os familiares, conhecer os destinos, pesquisar sobre eles. Conversar com quem já foi também é uma boa dica”, diz Andreia.

Ela também aconselha que os alunos procurem informações sobre o país e a cidade, não apenas sobre o custo de vida das localidades. Muitas cidades ficam em lugares perto de fronteiras e isso pode ser interessante para complementar a vivência. “Há uma cidade na França chamada Lille, por exemplo, que fica perto da fronteira. Basta pegar o trem e rapidamente já está em outro país. Quem estuda na Holanda, por exemplo, em poucas horas está na Bélgica, é fácil se locomover. Isso também é importante ao escolher o destino e o programa.”

É fundamental também ficar atento aos prazos, pois o programa tem grande concorrência entre os alunos. “É importante se planejar e ficar ligado no portal do aluno na escola e no Instagram. Além das bolsas, o Insper tem investido bastante em programas de curta e longa duração voltados para pesquisa e intercâmbio e há muitas oportunidades para quem deseja ter uma experiência internacional”, finaliza.

 

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